quarta-feira, 20 de abril de 2011

Símbolos da Semana Santa e Símbolos pascais


A Semana Santa começa com o Domingo de Ramos.


A simbologia da palma refere-se à vitoria, ao renascimento e à imortalidade. Ou seja, os ramos de palma desse domingo, aludindo à entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, prefiguram a ressurreição.

Porém o momento forte da Semana Santa é o Tríduo Pascal. Nele está interligada a lembrança da Paixão e da Ressurreição de Jesus.

O Tríduo começa na Quinta-feira Santa e termina no Sábado Santo com a Vigília Pascal. A Semana Santa só termina com a Segunda Vésperas do Primeiro Domingo da Páscoa.

Na Quinta-feira Santa o símbolo por excelência é a Eucaristia. O pão e o vinho, a mesa e o altar nos reportam para a última ceia de Jesus que, antes de morrer, quis ter este momento particular com seus discípulos e, hoje, com todos nós. 
 
O pão e o vinho, sobretudo na antiguidade, eram a comida e a bebida mais comum para muitos povos. Cristo ao instituir a Santa Ceia se serviu dos alimentos mais comuns para simbolizar sua presença constante.

O pão e o vinho na Santa Ceia são mais que um símbolo. É a presença real e verdadeira de Cristo junto do seu povo.

Outro rito da Quinta-Feira Santa é o lava-pés.

O lava-pés é, em sua essência, um costume tipicamente judaico, que está ligado à purificação.

A importância do ato não estava em se colocar água numa bacia e lavar os pés daqueles homens, mas em QUEM estava fazendo aquilo. Jesus, com grande humildade, colocou-se na condição de servo e nisso devemos imitá-Lo. "Porque eu vos dei o exemplo, para que, COMO EU FIZ (e não o que eu fiz), façais vós também." (Jo 13.15).

Na Sexta-feira Santa temos o grande símbolo que é a Cruz. Ela representa a dor, o sofrimento, a entrega e a morte de Jesus, que não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida por todos nós.

Jesus celebrou sua páscoa, “passando” através de uma morte dolorosa e humilhante, para chegar à ressurreição gloriosa. Honrando sua cruz nessa celebração da Sexta-feira Santa, adoramos e agradecemos a Jesus por seu amor.

No Sábado Santo, noite da Vigília pascal, temos importantes símbolos da nossa fé.

Em primeiro lugar o Círio Pascal, que está intimamente ligado ao simbolismo da luz e do fogo. É a luz de Cristo que rompe as trevas e ilumina a assembléia, a Igreja e toda a escuridão do mundo. 

A palavra Círio vem de cera. Assim como a cera, ao doar-se, alimenta a chama luminosa, do mesmo modo Cristo, como luz do mundo, brota da oferta de sua vida na cruz.

O segundo símbolo é a Palavra proclamada. São nove leituras previstas para essa noite que recorda a toda a comunidade cristã os fatos mais importantes da nossa salvação. Escutamos, através das leituras, como Deus, ao longo da história, foi se manifestando no meio de seu povo. 

O terceiro símbolo é a água, um elemento da natureza profundamente ligado à Páscoa. O povo de Israel é um povo salvo das águas e o novo povo de Deus, que é a Igreja, é um povo nascido das águas do batismo.

Nesta Vigília é abençoada a água na qual serão batizadas as crianças, os jovens e os adultos. E para nós, que já fomos batizados, logo depois de renovarmos a nossa fé batismal, a água é aspergida sobre nós, gesto que recorda precisamente o nosso batismo. 

Quarto símbolo é novamente a Eucaristia. Que é a conclusão dessa celebração. O momento alto desse Tríduo Pascal. 

A celebração da Vigília já é a festa pascal, por isso esse dia também é chamado de Sábado do Aleluia. Palavra que significa literalmente “Louvai a Javé”, ou louvai a Deus, ou louvai ao Senhor. Louvor que nasce do pasmo e da admiração pela presença de Deus.

O Aleluia se tornou a exultação pascal por excelência. A Igreja faz jejum desse júbilo na quaresma exatamente para que possa prorromper no louvor ao Cristo ressuscitado na noite da Vigília pascal.

Todos esses símbolos são importantíssimos em todas as celebrações pascais, pois elas nos dão o sentido da morte e ressurreição do Senhor. Eles criam em nós uma mística que deve envolver toda a nossa vida de cristãos. 

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