terça-feira, 25 de agosto de 2009

Sugestoes liturgicas para o mes de Setembro 2009

MÊS DA BIBLIA

- Fazer a entrada da bíblia todos os Domingos no início da Liturgia da Palavra (depois da Oração do Dia). A bíblia pode entrar acompanhada de flores (simbolizando que a Palavra de Deus é viva) e velas (simbolizando que a Palavra é luz em nossas vidas, ilumina nosso caminhar).

- A pessoa que vai entrar com a bíblia pode usar uma veste litúrgica.

- No dia da Bíblia (Último Domingo) no momento da profissão de fé a assembléia estende a mão direita em direção à mesa da Palavra e renova sua adesão à Palavra proclamada, meditada e aceita. Uma pessoa pode erguer a Bíblia neste momento.

- No dia da bíblia vestir as crianças de anjinhos e pode-se fazer a entrada de várias e diferentes bíblias.

- Um pouco antes do início de cada celebração entrar um cartaz com uma palavra a ser meditada. Essas palavras formarão a frase de destaque para esse mês: “A Palavra de Deus é viva e eficaz”. De acordo com as leituras de cada domingo (veja abaixo) elaborar um texto para a meditação.

23º Domingo Comum (5-6 de setembro)

Cartaz: “A Palavra”. (Tema das reflexões: A Palavra [de Deus]).

I Leitura (Is 35, 4-7): A palavra nos dá animo, transforma a nossa vida.

II Leitura (Tg 2, 1-5): É para todos, não faz distinção.

Evangelho (Mc 7, 31-37) Aos surdos faz ouvir e aos mudos faz falar. A palavra é para ser divulgada.

24º Domingo Comum (12-13 de setembro).

Cartaz: “de Deus”. (Tema: Deus)

I Leitura (Is 50, 5-9): Deus abre os nossos ouvidos e é o nosso auxiliador.

II Leitura (Tg 2, 14-18): Quer que tenhamos fé Nele e colocamos a Palavra em pratica.

Evangelho (Mc 8, 27-35): Nos envia o seu Filho, o Messias.

25º Domingo Comum (19-20 de setembro).

Cartaz: “é viva”. (Tema: Vida)

I Leitura (Sb 2, 12.17-20): A Palavra nos leva a viver uma vida justa.

Salmo (53): É o Senhor quem sustenta a minha vida.

II Leitura (Tg 3, 16- 4, 3): viver sabiamente, na sabedoria que vem do alto.

Evangelho (Mc 9, 30-37): Jesus dá a sua vida para a nossa salvação.

26º Domingo Comum (26-27 de setembro).

Cartaz: “e Eficaz”. (Tema: Eficácia)

I Leitura (Nm 11, 25-29): o Espírito garante a eficácia da Palavra de Deus em nossas vidas.

Salmo (18): A Palavra é eficaz quando nos traz alegria ao coração.

II Leitura (Tg 5, 1-6): É eficaz quando nos traz a riqueza verdadeira.

Evangelho (Mc 9, 38-48): quando expulsa os nossos “demônios” e quando nos leva a viver a radicalidade do evangelho.

Pastoral de Conjunto





Não é uma nova pastoral a ser implantada na comunidade.

Trata-se de uma mentalidade, um espírito que norteia a ação evangelizadora da Igreja.

Nasceu na trilha de renovação eclesial efetuada pelo Concílio Vaticano II, a partir da compreensão de que a Igreja é uma rede de comunidades de irmãos e irmãs, cuja ação pastoral se dá de forma global, orgânica e articulada.

Devemos entendê-la como um esforço de aglutinação e articulação de metas e princípios de ação.

À Pastoral de Conjunto cabe a tarefa de promover a unidade na Igreja e estabelecer o alicerce da estrutura pastoral calcada numa espiritualidade de comunhão.

O objetivo da Pastoral de Conjunto não é padronizar as pastorais nem desfigurar a variedade dos dons, carismas e serviços presentes na comunidade. A busca da unidade não abafa a criatividade nem a ação do Espírito Santo. Cada grupo ou movimento eclesial pode e deve continuar com sua espiritualidade e objetivos específicos.

Com a Pastoral de conjunto:

Desmontam-se os esquemas internos de competição e concorrência pastorais;

Renunciam-se as interpretações pessoais, do subjetivismo e do espontaneismo e

Abandonam-se o espírito de “grupismo”.

O estabelecimento de metas comuns na evangelização, aplicadas com criatividade, senso de comunhão e pertença à Igreja concretiza o ideal da “unidade na diversidade”.

Mas só planejamento e organização não são suficientes. Cumprir o que se planeja é um bom começo, mas não é tudo. Nem tudo que planejamos e colocamos no papel produz os frutos esperados. O Espírito Santo nos reserva surpresas e é bom que estejamos preparados para acolhê-las. O plano pastoral mais perfeito do mundo pode resultar em nada, se o espírito que o anima não nascer da caridade pastoral de Cristo, Bom Pastor. Ele é o nosso “programa”. Ainda estamos bem distantes da transparência e vigor que impregnavam cada palavra e gesto de Jesus Cristo. Ele era o que anunciava. Sua pastoral era organizada e articulada de acordo com os planos e a vontade do Pai, sem mediações. Nós precisamos de reuniões, assembléias, planejamentos, consultas e assessorias.

Outros planos de pastoral de conjunto deverão surgir. Inspirações e estratégias serão aperfeiçoadas e falhas corrigidas nas assembléias e reuniões. O que está afixado no papel caducará, mas a chama do desejo de levar as pessoas à plena comunhão de vida com Deus não poderá se extinguir.

PISTAS DE AÇÃO:

Conhecimento recíproco: Para que possa haver a integração entre as Pastorais, Movimentos, Associações e etc. é preciso que cada um procure conhecer o outro, seus objetivos e suas atividades específicas, já que não se ama aquilo que não se conhece. Conhecendo-se mutuamente, descobrirão que muito mais poderão fazer pela evangelização somando forças, trabalhando em parceria.

Conhecimento de fazer acontecer a integração: A integração só será possível se houver, da parte dos envolvidos real interesse pelo trabalho de parceria. Não basta a vontade do pároco e do animador da comunidade. A integração precisa ser desejada por todos os membros ou ao menos, pela maioria. Portanto, antes de pensar na integração, faz-se necessário um trabalho de conscientização e de motivação sobre sua importância com os envolvidos na proposta.

Integração não é fusão: A integração pressupõe a existência de grupos bem organizados, com sua coordenação, com seus agentes/membros e com sua própria programação.

Encontros com os agentes/membros: Esses encontros servirão para estreitar os laços de amizade, fraternidade, conhecimento recíprocos e para discutir atividades que poderão ser realizadas juntas. Serão encontros para rezar, meditar a Palavra de Deus, estudar a doutrina da Igreja e conviver.

Preocupar-se com a formação permanente de seus agentes: Com certeza, agentes/membros bem formados, conscientes de sua missão e conhecedores da missão dos outros grupos favorecerão enormemente a integração e oferecerão um serviço pastoral de qualidade. A formação permanente permite ver a realidade de maneira bem mais criteriosa e objetiva. Ela favorece a criatividade na fidelidade aos valores essenciais que não passam.

Fazer tudo por amor e em espírito de serviço: Todos podem fazer muitas coisas, individualmente ou em parceria, mas, se não for por amor, de nada valerá (cf. I Cor 13). Se não fizermos tudo por amor, corremos o risco de nos cansarmos e de abandonarmos tudo. Todos devem aprender de Jesus que tudo o que fazemos na Igreja deve ser com espírito de serviço (cf. Mc 10,42-45) e de gratuidade (cf. Lc 17,10). Se trabalharmos para servir e não para receber aplausos, resistiremos com mais facilidade aos desafios. Essa compreensão do trabalho pastoral na Igreja ajuda a superar o espírito de competição, de rivalidade, e criará um espírito de comunhão e participação, encarnando o pensamento Paulino de que “eu plantei, Apolo regou, mas era Deus que fazia crescer” (I Cor 3,6). Paulo ainda afirma que “aquele que plante e aquele que rega são iguais” (I Cor 3,8). Todos são importantes para o cumprimento da missão da Igreja.

Envolver toda comunidade: Nesse trabalho de integração devemos buscar ampliar sempre mais as parcerias com outras pastorais, movimentos, associações, grupos... Para isso, precisamos formar/renovar a comunidade a fim de que todos se sintam responsáveis pelo serviço de animação vocacional, pois todos os membros da Igreja, sem exceção, têm a graça e a responsabilidade do cuidado pelas vocações.

Urgência da integração: Essa integração é mais que necessária e urgente para o bem da Igreja. Onde ela ainda não acontece deveremos buscar fazê-la acontecer. Acontecendo a integração todos ganham. Ganham as pessoas, que saberão assumir melhor o seu batismo, escutar o chamado de Deus e responder a ele. Ganha a Igreja, porque será enriquecida de muitos servidores e servidoras, “cada um no seu lugar” (I Cor 12,27), conforme os dons recebidos do Espírito Santo (cf. I Cor 12,7. 11). Ganha o Reino de Deus com o crescimento dos trabalhadores e trabalhadoras da messe.

CONTAMOS COM TODOS VOCÊS!

Resumo da Constituição Sacrosanctum Concilium Edição Didática Popular.

Capitulo 1: O que levar em conta.

Ø A liturgia de Cristo (SC 5).

Veio ao mundo para ser o Mediador entre Deus e a humanidade.

Pelo Mistério Pascal realizou a perfeita glorificação de Deus e a redenção da humanidade.

Do seu lado aberto pela lança nasce a Igreja como sacramento admirável.

Ø A liturgia dos cristãos (SC 6).

Cristo, enviado pelo Pai, envia os apóstolos para pregarem o evangelho e para anunciarem a libertação e o Reino de Deus.

Concretizam o que anunciam ao celebrarem o Sacrifício e os Sacramentos.

Toda a liturgia dos cristãos gira em torno do Sacrifício e dos Sacramentos.

Ø Presença de Cristo na celebração litúrgica (SC 7).

Para que estas coisas tão importantes se realizem é que Cristo está presente.

Na Missa: tanto na pessoa do ministro quanto nas espécies eucarísticas.

Nos sacramentos: pela sua força, de tal forma que, quando alguém batiza, é Cristo mesmo que batiza.

Quando se lêem as Escrituras na Igreja: é Ele mesmo quem fala.

Quando a Igreja reza ou canta o Oficio Divino: onde dois ou mais estiverem reunidos, aí estou no meio deles. (Cf. Mateus 18, 20).

- Em todas estas ações Deus é perfeitamente glorificado e a humanidade santificada.

Ø O que é liturgia? (SC 7)

A liturgia é, portanto, o exercício do sacerdócio de Cristo através de sinais sensíveis que, de acordo com a especificidade de cada sinal, se realiza a santificação da humanidade.

Toda ação litúrgica é ação de Cristo sacerdote e do seu corpo, que é a Igreja.

É a ação mais sagrada e a mais eficaz; nenhuma outra ação da Igreja se iguala a ação litúrgica em eficácia.

Ø A liturgia não é tudo (SC 8-9).

A liturgia não esgota toda a capacidade de ação da Igreja.

Porque, para se celebrar eficazmente a liturgia, o cristão precisa primeiro ser evangelizado, precisa crer e precisa mudar de vida (conversão).

Aos que já crêem faz-se necessário um contínuo processo de evangelização e de conversão, precisa prepará-los para bem celebrar os sacramentos e precisa ensiná-los e incentivá-los a observar tudo quanto Cristo mandou. (Cf. Mateus 28, 20).

Ø Liturgia é cume e fonte (SC 10).

É o cume para onde converge toda a ação da Igreja.

E a fonte de onde brota toda a sua força.

Ø Frutos da ação litúrgica.

A própria liturgia nos incentiva a sermos concordes na piedade, isto é, que compartilhemos a mesma atitude filial para com o Pai e a mesma atitude fraternal para com os irmãos e irmãs.

A liturgia também pede a Deus que conservem em nossas vidas o que recebemos pela fé, isto é, que assimilemos e traduzamos em atitudes de vida, jeito de ser e vivência prática todo o mistério celebrado.

Ø Eficácia da liturgia (SC 11).

É preciso que os fiéis celebrem com boa disposição e intenção.

Sintonizem seu coração com as palavras que escutam, dizem ou cantam.

Não recebam em vão a graça que vem do alto.

A liturgia deve levar o cristão a cultivar uma vida espiritual, que não se limita somente a participação na celebração, mas a uma vivência comunitária.

Ø Participação (SC 14).

O Povo cristão, por força do batismo e pela própria natureza da liturgia, tem o direito e o dever de participar plena, consciente e ativamente das celebrações litúrgicas.

Pois a Sagrada liturgia é a primeira e necessária fonte da verdadeira espiritualidade.

Para que haja essa participação é necessária uma adequada formação do povo e do clero.

Ø Ministério litúrgico (SC 29).

Os ajudantes, os leitores, os animadores e os cantores, todos eles, desempenham um verdadeiro ministério litúrgico.

Cuide-se, então, de cumprir sua função com aquela piedade e ordem que convém a tão importante ministério.

Cuide-se cada um, no exercício do seu ministério, de fazer tudo e só aquilo que lhe compete (SC 28).

Ø Incentivar a participação ativa (SC 30).

As aclamações, as respostas, as salmodias, as antífonas ou refrões, os cantos, bem como as ações, os gestos, o porte do corpo e sem esquecer-se dos momentos do sagrado silêncio são oportunidades de se incentivar a participação ativa dos fiéis.

Ø Caráter didático e pastoral da liturgia (SC 33).

Nos cantos, nas orações e nos sinais sensíveis usados na liturgia os fiéis encontram uma grande oportunidade de aprendizado e ensinamento.

Quando a Igreja reza, canta ou age na liturgia a fé dos participantes se alimenta, suas mentes são despertadas para Deus, presta-se a Ele um culto racional e recebe-se com mais abundância a sua graça.

Ø Breves normas para os ritos (SC 34).

Brilhem pela sua nobre simplicidade, pela sua transparência e brevidade.

Evitem-se repetições inúteis.

Sejam acomodados a compreensão dos fiéis, sem precisar de muita explicação.

Ø A Sagrada Escritura na liturgia (SC 24).

Dela são proclamadas as leituras, cantados os salmos e explicadas nas homilias.

É de sua inspiração que surgiram as orações, os hinos litúrgicos e as preces.

É dela também que as ações, os gestos e os sinais litúrgicos tiram sua significação.

Capítulo 2: O sagrado mistério da Eucaristia.

Ø Grande presente do Esposo para a Esposa (SC 47)

Na Última Ceia nosso Salvador institui o Sacrifício Eucarístico do seu corpo e do seu sangue. E confiou à Comunidade Cristã o Memorial (Cf. I Cor. 11,24-25), isto é, a lembrança viva, capaz de tornar presente em todos os tempos e lugares o Sacrifício (“Ação Sagrada”) da cruz, isto é, o Mistério da sua morte e ressurreição.

Santo Agostinho já o chamava de sacramento de piedade, sinal da unidade e vinculo de caridade, isto é, sinal privilegiado da comunhão entre nós e Deus, em Jesus Cristo.

Ø Como participar (SC 48).

Que os fiéis não se comportem nessa celebração como estranhos e nem como mudos espectadores.

Pelo contrário, bem motivados pelos ritos e orações, participem consciente, piedosa e ativamente dessa ação sagrada.

Sejam instruídos pela Palavra de Deus e alimentados pela Mesa do Corpo do Senhor, dando graças a Deus.

Aprendam a oferecerem-se a si próprios, juntamente com o sacerdote ao apresentar a hóstia imaculada.

- E assim, tendo Cristo como único Mediador, dia após dia, os fiéis vão se aperfeiçoando na união com Deus para que, finalmente, Deus chegue a ser tudo em todos.

Ø Importância da Palavra (SC 51-53).

Que a mesa da Palavra de Deus seja mais generosamente bem preparada e assim os tesouros da bíblia sejam abertos com mais largueza para os fiéis.

Insista-se no valor da homilia, pois a partir dela os fiéis adquirem um conhecimento mais atualizado das leituras bíblicas, dos Mistérios da fé e de orientações práticas para a vida cristã.

Ø Importância da Comunhão (SC 55).

Os fiéis sejam vivamente incentivados a participar da Missa de maneira perfeita, isto é, comungando o Corpo do Senhor.

Pode-se distribuir a comunhão sob as duas espécies, isto é, do pão e do vinho.

Ø Importância de toda a celebração (SC 56).

As duas partes da Missa, a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística, estão interligadas de maneira tão estreita que ambas formam um só e mesmo ato de culto, ou seja, uma só celebração.

Capítulo 3: Os demais sacramentos e os sacramentais.

Ø Sacramentos (SC 59).

Sacramentum: É o ato de consagração com que o soldado, por meio de um ‘sinal-selo’ impresso no seu corpo, se compromete a total fidelidade ao seu imperador.

Participando da celebração dos sacramentos e compreendendo os sinais sacramentais alimentamos nossa vida cristã.

Os sinais sacramentais alimentam, fortalecem e exprimem a fé, por isso são chamados de Sacramentos da fé.

Ø Sacramentais (SC 60).

Por eles as diversas circunstâncias da vida são santificadas.

Os bens materiais, santificados, se tornam meio de santificação das pessoas e expressão do louvor a Deus.

Tanto os sacramentos como os sacramentais existem para a santificação do ser humano, para a edificação do Corpo de Cristo e para o culto a Deus.

- Seguem-se uma série de pedidos de revisão dos ritos, das fórmulas e das rubricas para que os sacramentos e os sacramentais exprimam mais claramente sua natureza e seu efeito (Cf. SC 60-82).

Capítulo 4: Ofício Divino.

Ø O que é? (SC 83-84).

Por antiga tradição cristã, o Oficio Divino está organizado de tal maneira que todas as horas do dia e da noite são consagradas ao louvor de Deus.

-Matinas (Oficio das leituras), Laudes (Oração da manhã), Terça (9 horas), Sexta (meio dia), Noa (15 horas), Vésperas (Oração da tarde) e Completas (Oração da noite). Prioridade para as Laudes e a Vésperas, os dois esteios do Oficio de cada dia.

Ø A quem compete? (SC 86).

A voz da Esposa (Igreja) ressoa para o Esposo (Cristo) quando este admirável Oficio é religiosamente executado pelos sacerdotes, por outras pessoas especialmente delegadas e pelos fiéis unidos aos sacerdotes.

Ø Qual a finalidade? (SC 88).

Ao recitar ou cantar o Oficio Divino a Igreja louva ao Pai, santifica os vários momentos do dia e intercede pela salvação do mundo inteiro.

Põe-se em pratica o que Paulo disse: “Orai sem cessar” (I Tess 5, 17) e o que Jesus disse: “Sem mim nada podeis fazer” (João 15, 5).

Capítulo 5: Ano Litúrgico.

Ø Tesouros do poder santificador (SC 102).

Celebrando todo domingo a ressurreição do Senhor e ao longo do ano os Mistérios da Redenção (desde a Encarnação até a Ascenção), a Igreja torna presente os tesouros do poder santificador do seu Senhor. Para que assim os fiéis possam entrar em contato com esses tesouros e se abastecer da graça libertadora.

O objetivo maior do Ano Litúrgico é alimentar uma espiritualidade enraizada no Mistério Pascal (SC 107).

Ø Memória da Mãe do Senhor (SC 103).

A Igreja recorda ao longo do Ano litúrgico a bem-aventurada Mãe de Deus porque ela esteve indissoluvelmente associada à ação libertadora do Filho.

Como o fruto mais excelente da Redenção ela é a perfeita imagem daquilo que a Igreja deseja ser.

Ø Memória dos santos e mártires (SC 104 e 111).

Fazemos de sua lembrança uma inspiração permanente, pois foram exemplares.

A Igreja propõe seu exemplo aos fiéis, pois, pela graça de Deus, eles chegaram à perfeição e foram recompensados com a salvação eterna.

Estão no céu cantando o louvor perfeito e intercedendo por nós.

São celebrados no dia do seu nascimento para a eternidade.

Suas festas proclamam as maravilhas que Cristo opera em seus servos e servas.

Ø Exercícios de piedade (SC 105).

Ao longo do ano a Igreja cuida do crescimento espiritual de seus filhos e filhas retomando praticas consagradas pela Tradição como, exercícios piedosos tantos espirituais como corporais, reflexões, orações, praticas penitenciais e praticas de solidariedade e fraternidade.

Ø Importância do Domingo (SC 106).

É o dia mesmo em que aconteceu a ressurreição de Cristo.

Segue o costume de se celebrar, a cada oitavo dia, o Mistério Pascal, pelo que, justamente, esse dia passou a chamar-se “Dia do Senhor” ou “Domingo”.

Neste dia os cristãos devem reunir-se para ouvir a Palavra de Deus, participar da Eucaristia, recordar a paixão, ressurreição e glória do Senhor Jesus e dar graças a Deus.

Como fundamento e núcleo do Ano litúrgico o Domingo tem primazia sobre todas as demais celebrações.

Deve ser incentivado à devoção dos fiéis como um dia de festa, de alegria e de descanso do trabalho.

Capítulo 6: Musica Sacra.

Ø Importância da música na liturgia (SC 112-113).

Exprime com mais suavidade a oração.

Favorece a unanimidade, isto é, o consenso dos corações.

Dá maior solenidade aos ritos sagrados, isto é, maior brilho e expressividade.

Sua finalidade é a gloria de Deus e a santificação dos fiéis.

Quando conta com a participação ativa do povo o canto dá uma maior relevância à celebração dos ritos sagrados.

Ø Os cantores (SC 114).

Os pastores cuidem que nas celebrações toda a comunidade dos fiéis participe cantando.

O rico acervo da Música Sacra seja conservado e cuidadosamente promovido.

Ø O canto religioso popular (SC 118).

Seja inteligentemente incentivado, sobretudo nos momentos de reza, de devoção e nas próprias celebrações litúrgicas.

Ø Os instrumentos musicais (SC 120).

Sejam adequados ao uso litúrgico.

Condigam com a dignidade do templo.

Realmente favoreçam a edificação dos fiéis, acrescentem esplendor aos ritos e elevem as mentes a Deus e às coisas divinas.

Ø A letra dos cânticos (SC 121).

Os textos destinados aos cantos litúrgicos estejam de acordo com a doutrina católica e sejam tirados das fontes litúrgicas e, principalmente, da Sagrada Escritura.

Capítulo 7: A Arte Sacra e as Sagradas Alfaias.

Ø Importância (SC 122).

A arte deve estar a serviço da glorificação de Deus e da conversão dos corações humanos a Deus.

O artista sacro, através de sua obra, quer expressar a infinita beleza de Deus.

As obras de arte devem estar a favor da liturgia católica, da devoção, da edificação e também da instrução religiosa do povo cristão.

A Igreja sempre recorreu à arte para que os objetos utilizados nas celebrações fossem dignos, decentes e belos; pois, são sinais e símbolos das coisas do alto.

Ø Não se confunda arte com luxo (SC 123).

A arte sacra não deve ser ostentação de riqueza e vaidade, ela deve visar à nobre beleza, mais que à mera suntuosidade.

Ø Funcionalidade (SC 124).

Que a arte aplicada nas vestes, nos objetos e na construção dos templos, seja, sobretudo, funcional. Levando-se em conta as exigências específicas das ações litúrgicas e o incentivo à participação ativa dos fiéis.

Ø As imagens (SC 125).

A veneração das sagradas imagens pelos fiéis é costume que deve ser mantido.

Que haja moderação quanto ao número e respeito à hierarquia que deve haver entre elas.

A disposição das imagens não deve induzir o povo ao erro.

Fonte: A Sagrada Liturgia – Constituição Sacrosanctum Concilium. Edição didática popular comemorativa dos 40 anos do 1º documento do Concílio Vaticano II. CNBB.