sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Como o Pai me enviou, também Eu vos envio!


 O que é missão? E qual o seu objetivo?
Segundo o dicionário missão é um encargo, é um dever, é uma tarefa que se confere para alguém realizar.  Para a Igreja essa tarefa consiste no anúncio da Boa nova da salvação a todos os povos. Ou seja, missão é sinônimo de evangelização.
O objetivo da missão é que cada pessoa reconheça seu lugar na caminhada rumo ao Reino de Deus. Que cada um possa acolher o Evangelho e colaborar com seu agir pessoal ou em comunidade, no crescimento do Reino de Deus neste mundo.
Evangelização é missão, porém missão não é somente evangelização. Ela é também encontro com o outro, diálogo, partilha, testemunho, promoção humana, libertação das nossas “escravidões” frente ao Reino vindouro, etc. Essa missão tem sua origem no Pai, porém quem a realiza é o Filho.

Todos somos discípulos-missionários
Jesus é o missionário do Pai, ele foi enviado ao mundo para anunciar a chegada do Reino de Deus. Essa mesma missão Jesus transmite aos seus discípulos: “Como o Pai me enviou, também Eu vos envio” (Jo 20, 21). Não quer dizer que Jesus abandona a sua missão, ele a realiza valendo-se de seus discípulos. Esta delegação da missão dirige-se ao povo inteiro, ou seja, todos nós que somos discípulos de Jesus, somos também missionários.
Desde o Concílio Vaticano II, o povo de Deus tomou consciência de que a Igreja toda é missionária e que ela não tem outra razão de ser que não seja a missão, isto é, o envio a todos os povos e a evangelização do mundo todo.
Consciente disso a 5ª Conferência do Episcopado Latino Americano e Caribenho realizado no ano de 2007 em Aparecida-SP deu um novo olhar ao tema da missão. Os bispos entenderam que todos nós que somos discípulos de Jesus, isto é, que estamos próximos dele aprendendo a viver como o Mestre viveu, também somos missionários, ou seja, devemos levar a Boa Nova da salvação para aqueles que estão longe do Mestre, longe de Deus e afastados da Igreja. Não há mais separação, todos nós somos discípulos-missionários. Ou somos missionários, ou não somos discípulos daquele que veio “para que todos tenham vida e vida em abundancia” (Jo 10,10).
O Documento de Aparecida aponta ainda para a necessidade de uma conversão pastoral e uma renovação missionária (DA 365-372). Isso quer dizer que cada paróquia deve modificar suas estruturas tornando todas as pastorais e movimentos decididamente missionárias, isto é, que toda a nossa comunidade paroquial esteja imbuída do espírito da missão. A partir disso “nasce a atitude de abertura, diálogo e disponibilidade para promover a co-responsabilidade e a participação efetiva de todos na vida da comunidade” (DA 368).

Campanha Missionária e Dia Mundial das Missões
Visando esse ideal missionário a Igreja realiza todo ano a Campanha Missionária. Ela é sempre realizada no mês de outubro e consiste numa jornada de fé em favor da missão universal da Igreja. Em sintonia com a Campanha da Fraternidade a Campanha Missionária deste ano tem como tema “Missão e Ecologia” e como lema “A misericórdia de Deus é para todo ser vivo” (Eclo 18, 12b). A Campanha vive seu ponto alto no Dia Mundial das Missões.
Esse Dia Mundial iniciou-se com Pio XI, papa que deu um grande impulso à missionariedade da Igreja ao publicar, em 1925, a encíclica sobre a missão Rerum Ecclesiae. No ano seguinte o pontífice instituiu o Dia Mundial das Missões a ser celebrado em toda a Igreja no penúltimo domingo de outubro.
O Dia das Missões, que esse ano celebraremos em 23 de outubro, deve ser o grande dia da catolicidade, no qual todo fiel vive a universalidade da fé. Esse dia é, portanto, um olhar aberto sobre o mundo, um grande abraço das Igrejas entre si. Essa comunhão universal é demonstrada concretamente com a realização de uma coleta. No Dia Mundial das Missões todas as igrejas católicas de todos os países dão sua colaboração para um fundo de caridade que é repartido conforme a necessidade de cada Igreja pobre e usado também em iniciativas de socorro aos missionários espelhados pelo mundo.
Na Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial das Missões 2011 o papa lembra que a evangelização é uma dimensão essencial da Igreja e uma tarefa urgente hoje, pois a secularização faz com que muitas pessoas vivam como se Deus não existisse.
Esse Dia das Missões é uma oportunidade de renovar o compromisso de anunciar o Evangelho e dar às atividades pastorais de nossas paróquias um amplo fôlego missionário.

Missões no seminário
         Como a Igreja é por natureza missionária (Ad gentes, 2), a formação dos novos sacerdotes não pode ficar alheia a esse tema. Por isso anualmente acontece a Semana Missionária dos Seminaristas que é realizada em alguma paróquia de nossa diocese, sempre no período das férias de janeiro.
Nesse ano de 2011 a Semana Missionária foi realizada na paróquia Sagrado Coração de Jesus em Francisco Morato e em 2012 já está sendo organizada na paróquia Santa Rita de Cássia na cidade de Itatiba.
Nessa Semana os seminaristas levam a Boa Nova de Jesus às famílias e realizam momentos de formação e celebração com a comunidade. Além de dar um novo impulso missionário à paróquia visitada, a Semana Missionária é um momento forte de encontro e espiritualidade dos seminaristas com o povo de sua diocese.
        
Para refletir
Como ser discípulos-missionários a ponto de atrair os que estão afastados de Deus? E qual o papel de cada pastoral ou movimento nessa renovação missionária?
Que a Campanha Missionária desse ano renove o espírito de missão em todas as nossas comunidades paroquiais e com isso sejamos verdadeiros discípulos-missionários de Jesus Cristo levando a Boa Nova a todos aqueles que estão afastados do coração misericordioso de Deus.
Um forte abraço a todos!
seminarista do 3º ano de teologia.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

São Miguel, São Gabriel, São Rafael


A palavra anjo indica o ofício, não a natureza


É preciso saber que a palavra anjo indica o ofício, não a natureza. Pois estes santos espíritos da pátria celeste são sempre espíritos, mas nem sempre podem ser chamados anjos, porque somente são anjos quando por eles é feito algum anúncio. Aqueles que anunciam fatos menores são ditos anjos; os que levam as maiores notícias, arcanjos.  
Foi por isto que à Virgem Maria não foi enviado um anjo qualquer, mas o arcanjo Gabriel; para esta missão, era justo que viesse o máximo anjo para anunciar a máxima notícia.
Por este motivo também a eles são dados nomes especiais para designar, pelo vocábulo, seu poder na ação. Naquela santa cidade, onde há plenitude da ciência pela visão do Deus onipotente, não precisam de nomes próprios para se distinguirem uns dos outros. Mas quando vêm até nós para cumprir uma missão, trazem também entre nós um nome derivado desta missão. Assim Miguel significa: “Quem como Deus?”; Gabriel, “Força de Deus”; e Rafael, “Deus cura”.
Todas as vezes que se trata de grandes feitos, diz-se que Miguel é enviado, porque pelo próprio nome e ação dá-se a entender que ninguém pode por si mesmo fazer o que Deus quer destacar. Por isto, o antigo inimigo, que por soberba cobiçou ser igual a Deus, dizendo: Subirei ao céu, acima dos astros do céu erguerei meu trono, serei semelhante ao Altíssimo ( cf. Is 14,13-14), no fim do mundo, quando será abandonado às próprias forças para ser destruído no extremo suplício, pelejará com o arcanjo Miguel, como diz João: Houve uma luta com Miguel arcanjo (Ap 12,7).
A Maria é enviado Gabriel, que significa “Força de Deus”. Vinha anunciar aquele que se dignou aparecer humilde para combater as potestades do ar. Portanto devia ser anunciado pela força de Deus o Senhor dos exércitos que vinha poderoso no combate.
Rafael, como dissemos, significa “Deus cura”, porque ao tocar nos olhos de Tobias como que num ato de cura, lavou as trevas de sua cegueira. Quem foi enviado a curar, com justiça se chamou “Deus cura”.

Das Homilias sobre os Evangelhos, de São Gregório Magno, papa

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Sugestões Liturgicas para dinamizar as celebrações do mes de Outubro de 2011

OUTUBRO 2011 – TEMPO COMUM – ANO A

Mês das missões

27º Domingo do Tempo Comum – A (01-02 Outubro 2011)

1ª Leitura: Isaias 5, 1-7: “parábola” da vinha.

Salmo 76: A vinha do Senhor é a casa de Israel.

2ª Leitura: Filipenses 4, 6-9: Praticai o que aprendestes.

Evangelho: Mateus 21, 33-34: Parábola da vinha.





- Frases temáticas

Sejamos vinhateiros que dêem frutos a seu tempo.

Implantar o reinado de Deus nesta terra.

Sem frutos, nada feito.

Bem cuidados para produzir frutos.



- Espaço celebrativo

Espalhar pela Igreja os cartazes do mês missionário e entregar, na entrada, o material que anualmente é preparado pela POM para essa ocasião, como o folder com as preces e a oração missionária.

Sugestão de ilustração: uma pessoa contente recolhendo frutos de uma arvore carregada e outra decepcionada com um ponto de interrogação sobre a cabeça diante de uma arvore seca e sem frutos.

É bom fazer um breve ensaio, antes da celebração, dos cantos e refrões do dia.



- Procissão de entrada

Cartazes com os dizeres: “A eucaristia é a mais forte expressão de comunidade”. “Construir a Igreja é estar em comunhão”. Ou uma das frases temáticas acima sugeridas.

À frente pode ir o cartaz do mês missionário.



- Liturgia da Palavra

Pelo estilo das leituras seria bom que uma jovem proclamasse a 1ª leitura, um senhor o salmo responsorial e uma senhora a 2ª leitura.



- Ofertório

Realizar a procissão do ofertório como de costume, acrescentando uma bandeja cheia de uvas, que ao final da celebração serão partilhadas com toda a comunidade.



- Pai nosso

Rezar de braços unidos e levantados.



- Canto final

Pode-se cantar o Cântico das Criaturas, lembrando o Dia da Ecologia e a festa de São Francisco de Assis dia 4 de outubro.



Referência:

PEREIRA, José Carlos. Liturgia: sugestões para dinamizar as celebrações. Petrópolis: Vozes, 2009.





28º Domingo do Tempo Comum – A (08-09 Outubro 2011)
1ª Leitura: Isaias 25, 6-10: O Senhor enxugará as lagrimas de todas as faces.

Salmo 22: Na cada do Senhor habitarei, eternamente.

2ª Leitura: Filipenses 4, 12-14.19-20: Tudo posso naquele que me fortalece.

Evangelho: Mateus 22, 1-14: Parábola do rei e seus convidados.



- Frases temáticas

Felizes os convidados!

Igreja: assembléia de todas as nações.

O banquete da salvação é para todos os povos.

Escolhemos a festa de Deus?



- Espaço celebrativo

Criar um clima festivo, alegre e acolhedor desde o inicio da celebração.

A equipe de celebração procure acolher e saudar afetuosamente as pessoas que vão chegando para a celebração cerca de 20 a 15 minutos antes.



- Procissão de entrada

Trazer na procissão de entrada a bíblia enfeitada com fitas coloridas, lembrando os cinco continentes.

À frente pode ir o cartaz do mês missionário.



- Ritos iniciais

O abraço da paz ou o gesto de acolhida das pessoas seja realizado no inicio da celebração.



- Liturgia da Palavra

Enfeitar a mesa da Palavra com as cores dos cincos continentes: verde, azul, vermelho, amarelo, branco.



- Liturgia eucarística

Toda a liturgia eucarística, especialmente a Comunhão, é o sinal visível do banquete que o Senhor nos prepara e oferece. Neste dia seria bom usar pão ázimo e o vinho seja também repartido entre os participantes.

Nas celebrações da Palavra haja a benção e a partilha do pão entre todos.

Sempre que possível procure-se cantar as respostas da Oração Eucarística, o Santo, o Amém da doxologia e o Cordeiro de Deus.



- Pai-nosso

O Pai-nosso pode ser rezado ou cantado de mãos dadas, ligando a altar a toda a assembléia.



- Ritos finais

Cuidar para que os Ritos finais levem a assembléia a ser enviada em missão, vivendo e testemunhando no dia-a-dia o que acaba de celebrar. Um bom comentário, ou mensagem final, pode ser preparado com essa finalidade.



Solenidade de Nossa Senhora Aparecida (12 Outubro 2011)

1ª Leitura: Ester 5, 1b-2; 7, 2b-3: Concede-me a vida do meu povo – eis o meu desejo!

Salmo 44: : Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: que o rei se encante com vossa beleza! Na

2ª Leitura: Apocalipse 12, 1.5.13a.15-16a: Um grande sinal apareceu no céu.

Evangelho: João 2, 1-11: Fazei tudo o que ele vos disser.



- Frases temáticas

Alegria que não acaba mais!

Maria nos ensina a ter sensibilidade diante da aflição do povo.

Maria: Modelo original dos seres humanos.

Fazei tudo o que ele vos disser.

- Espaço celebrativo

A cor litúrgica para o dia de hoje é o Branco.

Em local de destaque e acessível preparar um suporte para a imagem da Virgem Mãe Aparecida. Esse local pode ser ornamentado com flores brancas ou coloridas e ainda a bandeira do Brasil.

- Acolhida

A equipe de celebração procure acolher e saudar afetuosamente as pessoas que vão chegando para a celebração cerca de 20 a 15 minutos antes.

Entregar um bandeirinha azul da cor do manto de Nossa Senhora orientando-os a agitarem na hora do hino de louvor.

- Procissão de entrada.

A imagem de Nossa senhora pode ser trazida pelas crianças, além das velas, flores, fitas coloridas.

Outra sugestão: a imagem pode ser trazida por mulheres que tenham o nome de Maria, Aparecida, ou Maria Aparecida. Todas as mulheres com esses nomes podem participar de procissão de entrada.

Observação: Colocar a imagem num local devidamente preparado e nunca sobre o altar.

- Hino de louvor

Durante o hino convidar a assembléia a agitar as bandeirinhas com muita alegria.

- Liturgia da palavra

O evangelho pode ser cantado.

Se possível colocar algumas jarras ou talhas de barro próximo a mesa da Palavra para ajudar a lembrar o Evangelho

- Preces

Após cada prece colocar um pouco de água nas talhas próximas a mesa da palavra como sinal de nosso compromisso e esforço. A resposta pode ser: Transformai em alegria nossos esforços de cada dia!

- Ofertório

As “Marias” podem participar da procissão do ofertório e as crianças da procissão de entrada, ou ao contrário.

Trazer “vinho em abundancia” para que a comunhão seja distribuída sob duas espécies.

Ou ainda, todos da assembléia podem ofertar flores para Nossa Senhora. Para isso é necessário, no final de semana anterior, fazer o convite para que eles tragam as flores.

- Liturgia eucarística

Utilizar o prefacio sugerido pelo missal para essa celebração intitulado “Maria e a Igreja”.


- Ritos finais

Sugerimos uma homenagem à Mãe do Senhor e às crianças a critério da equipe de liturgia.

Bênção final própria para as festas de Nossa Senhora como está no Missal.



29º Domingo do Tempo Comum – A (15-16 Outubro 2011)

1ª Leitura: Isaias 45, 1.4-6: Isto diz o Senhor sobre Ciro.

Salmo 95: Ó família das nações, dai ao Senhor poder e glória!

2ª Leitura: I tessalonicenses 1, 1-5: Recordamos da vossa fé, da caridade e da esperança.

Evangelho: Mateus 22, 15-21: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.



- Frases temáticas

Soberania espiritual ou senhorio temporal?

O poder de Deus. Um poder diferente.

Escolher entre César e Deus.



- Procissão de entrada

Trazer na procissão de entrada a bíblia enfeitada com fitas coloridas, lembrando os cinco continentes: verde (África), vermelho (America), branco (Europa), azul (Oceania) e amarelo (Ásia).

À frente pode ir o cartaz do mês missionário.



- Liturgia da Palavra

Em lugar do comentário antes das leituras o coral pode cantar suavemente um mantra ou refrão meditativo que ajude a criar um ambiente de escuta e atenção a Palavra que vai ser proclamada.

Fazer um breve momento de silencio após o salmo e as leituras para melhor interiorizá-los.

Preparar bem a proclamação dos textos bíblicos tornando-os vivos e proclamados com unção, para que sejam bem compreendidos pela comunidade. Certamente, a assembléia será motivada a manter o olhar fixo na mesa da Palavra.

Motivar a assembléia para que a Profissão de fé deixe de ser a repetição decorada de uma fórmula e se torne expressão comunitária do compromisso de fé, feito a partir da Palavra ouvida, entendida e aceita.



- Preces

Lembrar, nas motivações da celebração e nas preces comunitárias, dos missionários e missionárias que a comunidade conhece e que deixaram sua terra, para se dedicarem aos mais necessitados de outros países ou em nosso país.

Também pode ser rezado a oração missionária.



- Liturgia Eucarística

O centro da celebração é a Ação de graças, expressa pela Oração Eucarística que deve receber, por isso, um maior destaque: valorize-se o canto, os gestos, a voz, etc. convidar a assembléia a voltar sua atenção para a mesa do altar, principalmente, no momento do Relato da Instituição.



- Ritos finais

Cuidar para que os avisos finais sejam transmitidos com clareza e objetividade. Que eles sejam dados com ênfase e não apenas lidos.

Cuidar para que os Ritos finais levem a assembléia a ser enviada em missão, vivendo e testemunhando no dia-a-dia o que acaba de celebrar. Um bom comentário, ou mensagem final, pode ser preparado com essa finalidade.



Referência:

PEREIRA, José Carlos. Liturgia: sugestões para dinamizar as celebrações. Petrópolis: Vozes, 2009.



30º Domingo do Tempo Comum – A (22-23 Outubro 2011)

1ª Leitura: Êxodo 22, 20-26: Se fizerdes algum mal à viúva e ao órfão, minha cólera se inflamará contra vós.

Salmo 17: Eu vos amo, ó Senhor, sois minha força e salvação.

2ª Leitura: I tessalonicenses 1, 5-10: Abandonar os falsos deuses para servir a Deus.

Evangelho: Mateus 22, 34-40: Amarás o Senhor teu Deus, ao teu próximo como a ti mesmo.



- Frases temáticas

Amar o ser humano para amar a Deus.

Amando sem reservas.

Amar a Deus é comprometer-se com os irmãos.

O maior mandamento da Lei.

Amar o Pai, servir aos filhos.



- Procissão de entrada

Trazer um ou mais cartazes com os dizeres: “Ame quem está perto, aproxime-se de quem está longe, somos todos irmãos”, “Quem não ama seu irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê”, ou uma das frases temáticas acima sugeridas. Afixar em lugar bem visível, próximo da mesa da Palavra.



- Canto de entrada

Escolher um canto relacionado com o mandamento do amor. Por exemplo “Eu vos dou um novo mandamento...”.



- Ato penitencial

O presidente celebrante introduz o exame de consciência com base no mandamento do amor.

Todos cantam “Senhor, tende piedade de nós”.



- Liturgia da Palavra

O Evangelho pode ser a três vozes: narrador, fariseu, Jesus.



- Liturgia Eucarística

Ressaltar a Liturgia eucarística como memorial do gesto maior de Jesus, vivendo até o fim a entrega de sua vida por amor à humanidade, em obediência amorosa ao Pai.

Sempre que possível procure-se cantar as respostas da Oração Eucarística, o Santo, o Amém da doxologia e o Cordeiro de Deus.



- Abraço da paz

Pode ser acompanhado pelo canto: “Onde reina o amor...”.



- Comunhão

Pode ser acompanhada pelo canto: “Prova de amor maior não há...” ou outro que retome o conteúdo do Evangelho.

Acentuar os momentos de silêncio, principalmente, após a comunhão.



- Ritos finais

Antes da bênção que preside “envia” a assembléia, para que cada um testemunhe, por palavras e obras, o amor a Deus e o amor ao próximo.



31º Domingo do Tempo Comum – A (29-30 Outubro 2011)

1ª Leitura: Malaquias 1, 14b-2,1-2.8-10: Abandonastes o caminho e fostes para muitos pedra de tropeço na observância da lei.

Salmo 130: Guardai-me, ó Senhor, convosco, em vossa paz.

2ª Leitura: I tessalonicenses 2, 7b-9.13: Desejávamos dar-vos não somente o evangelho de Deus, mas até a própria vida.

Evangelho: Mateus 23, 1-12: fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros.





- Frases temáticas

A autenticidade cristã.

O maior dentre vós deve ser aquele que serve.

Quem se humilha será exaltado.

Nenhum mestre, todos irmãos, sem exibição.

Ser verdadeiro com as pessoas.



- Espaço celebrativo

Um cartaz com os dizeres: “As palavras comovem, mas os exemplos arrastam”. Ou as frases temáticas acima sugeridas.



- Acolhida

Criar um ambiente acolhedor e fraterno, sobretudo na chegada dos irmãos e irmãs que vêm à celebração. Um grupo de jovens, com violão, poderia estar na porta recebendo as pessoas com cantos de acolhida.



- Ato penitencial

Pode ser por aspersão.



- Liturgia da Palavra

O Evangelho seja bem proclamado ou cantado. Acompanhado de uma dramatização.



- Preces

Lembrar daquelas pessoas que lutam contra todo e qualquer tipo de hipocrisia, corrupção e dos diversos modos de mentira e enganação.



- Liturgia Eucarística

Poderá ser rezada a Oração Eucarística intitulada “Jesus que passa fazendo o bem”, (para as diversas circunstâncias IV).



- Pai-nosso

O Pai-nosso pode ser rezado ou cantado de mãos dadas, permanecendo assim até o Abraço da paz.



- Comunhão

Viver com especial fervor e devoção o Rito da comunhão com um cântico que retome o conteúdo do Evangelho.



Referência:

PEREIRA, José Carlos. Liturgia: sugestões para dinamizar as celebrações. Petrópolis: Vozes, 2009.







sexta-feira, 23 de setembro de 2011

São Jerônimo, tradutor da bíblia vulgata


Jerônimo nasceu em Strídon, hoje Croácia, no ano de 347 e morreu em Belém no dia 30 de Setembro de 420.
Tendo herdado dos pais uma pequena fortuna, aproveitou para realizar sua vocação de amante dos estudos. Para este fim, viajou para Roma, onde procurou os melhores mestres.
Estudou o hebraico e aperfeiçoou seus conhecimentos do grego para poder compreender melhor as Escrituras nas línguas originais.
No ano de 382 o Papa Dâmaso I o escolheu como secretário particular e lhe deu a tarefa de traduzir a Bíblia para o latim.
O papa, de fato, desejava uma tradução da Bíblia mais fiel aos textos originais, que pudesse servir de texto único e uniforme na liturgia. Pois até aquele tempo existiam traduções populares muito imperfeitas e diversificadas, que criavam confusão.
O trabalho de São Jerônimo começado em Roma durou praticamente toda sua vida.
Graças a São Jerônimo a Palavra de Deus escrita tornou-se acessível a todos os pobres e simples que só falavam latim e não sabiam o grego, e muito menos o hebraico. Jerônimo a traduziu justamente para a lingua do povo/vulgo, por isso sua tradução da Bíblia chama-se "Vulgata".
Esta versão latina da Bíblia foi usada pela Igreja Católica Romana durante muitos séculos e ainda hoje é fonte para diversas traduções.
São Jerônimo foi declarado padroeiro dos estudos bíblicos e o "Dia da Bíblia" foi colocado exatamente no último domingo de setembro, coincidindo com a data de sua morte.
Ele deixou escrito: "Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus, e quem ignora as Escrituras ignora o poder e a sabedoria de Deus; portanto ignorar as Escrituras Sagradas é ignorar a Cristo".

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Exaltação da Santa Cruz


A Cruz recorda o Cristo crucificado, o seu sacrifício, o seu martírio que nos trouxe a salvação.
No dia 14 deste mês, a liturgia de nossa Igreja celebra a festa da Exaltação da Santa Cruz.
Esta festividade está ligada à dedicação de duas importantes basílicas construídas em Jerusalém por ordem de Constantino.
Uma construída sobre o Monte do Gólgota e outra, no lugar em que Cristo Jesus foi sepultado e ressuscitado pelo poder de Deus.
A dedicação destas duas basílicas remonta ao ano 335, quando a Santa Cruz foi exaltada e apresentada aos fiéis.
A cruz era instrumento de suplício, escândalo para os judeus, loucura para os pagãos, mas se tornou, depois da morte de Cristo, para nós cristãos, motivo de glória.
Se por um lado a Cruz demonstra a maldade do ser humano, por outro, demonstra a grandiosidade do amor do Pai “que não poupou seu próprio Filho” (Rm 8,32) e do amor de Cristo, que demonstra ali seu amor pelos amigos, “morrendo por eles” (Jo 15,13).
Deus não parou, evidentemente, na cruz. A Paixão conduziu Jesus à ressurreição, à vitória final sobre a morte e o pecado. 
Portanto, na Cruz se defrontam o ódio máximo e o amor maior; o aparente fracasso e a vitória final; a justiça e a misericórdia; as luzes e as trevas; a tristeza da morte e o borbulhar das “fontes da alegria de salvação” (Is, 12,3).
O caminho da cruz, da humilhação e da obediência, foi o que Deus escolheu para nos salvar. 
Cada um tem a sua cruz. É o próprio Jesus quem nos diz isso muito claramente: “Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e siga-me” (Lc 9,23) e diz ainda que “se o grão de trigo, caído na terra, não morrer, fica só; mas, se morrer, produz muito fruto” (Jo 12,24b).
É preciso lutar contra o medo que temos da cruz e do sofrimento. São João da Cruz dizia que o que mais nos faz sofrer é o medo que temos da cruz.
Já Santa Teresa dizia que, quando abraçamos nossa cruz com coragem e vontade, ela se torna leve.
Enfim, precisamos levar a cruz e não arrastá-la…

Olhando para a Santa Cruz Oremos:

Salve, cruz bendita, fostes e és para muitos motivo de escândalo, para nós cristãos é memória da nossa redenção.
Em ti fomos redimidos de todos os pecados, de todas as escravidões.
Contemplando-te, assumimos a missão de entregar também a nossa vida como fez Jesus, para que todos, no Senhor, tenham vida em plenitude.
Em ti, vemos o sofrimento de Cristo e de todos os homens e mulheres do mundo.
Dai-nos, Jesus, a graça de um dia, após a nossa peregrinação terrestre, ter a glória da ressurreição.
Assim seja

sábado, 3 de setembro de 2011

Setembro, mês da Bíblia



Estamos em setembro, e no Brasil já é uma tradição que este mês seja lembrado como o “Mês da Bíblia”.  Setembro foi escolhido pelos Bispos do Brasil como o mês da Bíblia, em razão da festa de São Jerônimo, celebrada no dia 30.
Ao celebrar o mês da Bíblia, a Igreja nos convida a conhecer mais a  fundo a Palavra de Deus, a amá-la, cada vez mais, e a fazer dela, cada dia, uma leitura meditada e rezada.
A Bíblia contém tudo aquilo que Deus quis nos comunicar em relação a nossa salvação. Jesus é  o centro e o coração da Bíblia. Em Jesus se cumprem todas as promessas feitas  no Antigo Testamento para o Povo de Deus.

Também já é uma bonita a CNBB, através da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética, oferecer um tema para o Mês da Bíblia para o estudo, a reflexão, a oração e a vivência da Palavra de Deus.
O tema pode girar ou em torno de trechos bíblicos, ou de um Livro bíblico, ou até de um conjunto de Livros bíblicos.
A escolha do tema para o Mês da Bíblia deste ano de 2011 concentrou-se no trecho do Livro do Êxodo, capítulos 15,22 a 18,27, que é conhecido como o “Livro da Travessia”.
É necessário olharmos as etapas da travessia desértica do Povo de Deus, saindo do Egito e buscando a Terra Prometida: as dificuldades enfrentadas pelo Povo de Deus, tanto os problemas da natureza, quanto os desafios da convivência humana, criaram a necessidade de enraizar e vivenciar a fé, a esperança e o amor em Deus.
Queremos aprender com o Povo de Deus no deserto a realizarmos a nossa travessia de discipulado e missão.
Eis, pois, o tema para o Mês da Bíblia de 2011: “Travessia, passo a passo, o caminho se faz”. E o lema: “Aproximai-vos do Senhor”.

Fonte: Site da CNBB