terça-feira, 18 de setembro de 2012

Orientações para se fazer uma boa leitura na Missa


     
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O ministério de Leitor é um dos mais importantes na celebração eucarística. Antes de tudo, é bom, lembrar que é um ministério, isto é, um serviço à Igreja. Ao proclamar a Palavra de Deus, você não é um simples repetidor de palavras, mas é transmissor de uma mensagem de vida. Você torna-se um instrumento que Deus usa para comunicar-se com as pessoas que estão ali, celebrando. Você empresta sua boca, voz e todo o seu ser para que a mensagem de Deus possa chegar àquelas pessoas. Quando você diz “Palavra do Senhor”. A leitura será tanto mais bem feita quanto melhor você deixar Deus falar por você.
           
Procure tratar com muito respeito o livro santo da Palavra de Deus e tê-lo com fé e alegria. Você é um verdadeiro profeta e evangelizador.

            Nervos – Mais ou menos todo mundo tem. O que fazer? Prepare bem, respire antes de começar, encoste a mão na estante para não tremer. O nervosismo só desaparece com o tempo. Mas perder o nervo ainda não quer dizer que a leitura melhora. Se você entrar em pânico, respire devagar e fundo. “Calma e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”.

            Ler o texto antes – Leia antes o texto em voz alta e várias vezes, ouvindo a própria voz. Assim, você entenderá bem o seu sentido e poderá dar a devida entonação a cada frase. Saber com antecedência quais deve ressaltar, onde estão os pontos, as vírgulas, em quais palavras poderá equivocar-se. Eventualmente, marque intervalos, respiração, palavras difíceis, acentos... A única maneira de aprender a ler bem é ensaiar, de preferência ouvindo a si mesmo num gravador. Você deve entender o que está lendo. Se nem você entender... e o povo, percebe!.

            Convicção – O fundamental para uma boa leitura é a convicção. O leitor precisa passar a convicção de que acredita naquilo que está lendo. Para isso, ele precisa rezar o texto antes. Se quiser, faça antes esta oração: “Senhor, tome conta de mim, para que eu seja um instrumento seu na transmissão de sua Palavra viva. Nossa Senhora Aparecida, fique ao meu lado. Amém”.
            Ao aproximar-se do ambão – Faça-o com respeito e calma, caminhando lentamente e sem chamar a atenção para si. Se passar pela frente do altar, faça reverência a ele. É importante a maneira como você se veste para esse ministério. Faça tudo com humildade. Você não vai lá para se projetar.

            Postura digna – Quando você está diante do ambão, tome cuidado com a posição do corpo. Não se trata de ficar rígido como uma estátua, mas também você não deve ler, por exemplo, com a mão no bolso. Se você faz gestos fora, diferente, vai distrair a assembléia. É o que a gente chama de “ruído” litúrgico. Evite coçar o nariz. Se o pé está doendo, deixe doer. Se não houver ambão, escolha um lugar bem visível. Não se esconda.

            Observe a acústica - Dependendo da acústica da igreja, o som ressoa muito alto e confuso. Faz eco.  Para que todos entendam, leia devagar e pausadamente.

            O bom uso do microfone – Logo ao chegar, verifique com calma se seu microfone está ligado (a chavinha deve estar para cima). Segure o microfone uns cinco centímetros abaixo da boca. Não na frente da boca, para não sair o ruído do sopro e não encostar o microfone na boca. Regule o microfone antes da celebração.  Nunca bata nem sopre no microfone para experimentar. Use somente a voz para testar. Se o microfone parar de funcionar, continue normalmente a leitura, apenas fale mais alto.

            Leia com boa velocidade – Não leia rápido demais. Se a sua dicção for diferente, será ainda mais grave, já que dificilmente alguém conseguirá entendê-lo. Também não leia muito lentamente, com pausas prolongadas, para não entediar os ouvintes. O principal defeito dos leitores é de ler muito depressa. Se pronunciarmos bem, a pessoa pode entender tudo. Ao chegar ao ambão, respire bem antes de começar a ler, contemple a assembléia e a acolha com o olhar e com um suave sorriso.

            Pronuncie bem as palavras – Pronuncie completamente todas as palavras. Principalmente não omita a pronúncia dos “s” e “r” finais e dos “i” intermediários. Por exemplo: fale primeiro, janeiro, terceiro, precisar, trazer, levamos, e não janero, tercero, precisa, traze, levamo... Pronunciando todos os sons corretamente, a mensagem será melhor compreendida pelos ouvintes e haverá maior valorização da imagem de quem lê.

            Leia com boa intensidade – Se ler muito baixo, as pessoas que estiverem distantes não entenderão as palavras e deixarão de prestar atenção. Também não deverá ler muito alto porque, além de se cansar rapidamente, poderá irritar os ouvintes. Leia numa altura adequada para cada ambiente ou serviço de som. Nunca deixe, entretanto, de ler com entusiasmo e vibração. Se não demonstrar interesse por aquilo que transmite, não conseguirá também interessar os ouvintes.

            Leia com bom ritmo – Alterne a altura e a velocidade da leitura para construir um ritmo agradável de comunicação. Quem lê com velocidade e altura constantes acaba por desinteressar os ouvintes.

            Expressividade – Colocar expressão e sentimento na leitura. Observe que o tom de voz é diferente quando se está narrando alguma coisa e quando se está pronunciando a palavra de alguém.  Por exemplo, ao ler Lc 10, 38-42, a assembléia deve sentir a afobação de Marta e a serenidade de Jesus. Leia de acordo com o tipo de texto: poesia, comentário, história, oração, salmo... A leitura deve ter ritmo! Mais que ler, procure proclamar a Palavra de Deus.

            Olhar para o povo – Os olhos não devem estar o tempo todo fixos no livro, mas de vez em quando, levantá-los e dirigi-los com tranqüilidade aos que o escutam. Isso prende a atenção dos ouvintes e ajuda-os a destacar as frases mais importantes. Olhar os ouvintes em uma frase importante fá-los penetrar mais. Além disso, ajuda o clima da leitura, faça uma pausa, fite as pessoas para então dizer: “Palavra do Senhor”. E não saia do ambão antes da resposta do povo.

            O começo da leitura – Você começa dizendo: “Leitura dos Atos dos Apóstolos”. Não precisa dizer Capitulo e Versículos e nem ler a epígrafe. 


LEITURA NA LITURGIA

1.      O Leitor é o porta-voz de Deus e ministro da Igreja;

2.       Leitor integra uma equipe de Celebração e “mastiga” a Palavra;

3.      Ler é para si, em silêncio e proclamar é para os outros;

4.      O Leitor personaliza o texto e proclama a Palavra na sua interpretação;

5.      Evitar proclamação teatral (falsa), impessoal e monótona;

6.      Ler olhando para a assembléia, com ritmo, expressão e ênfase;

7.      Tenha o mínimo de técnica, dicção, articulação, pausa e ritmo.
  

DICAS

DICÇÃO: Pronunciar com clareza e precisão.

ARTICULAÇÃO: Pronúncia nítida da silaba, consoantes e vogais.

ACENTUAÇÃO: Levantar ou abaixar a voz para dar maior sentido à palavra ou frase.

ENTONAÇÃO: Subindo ou descendo para dar ênfase à idéia.

PAUSA: É o intervalo de uma palavra à outra para dar sentido ou para respirar, conforme a acentuação gráfica.

RITMO: É a velocidade com que se lê. Cria interesse, chama a atenção ou dispersa os ouvintes.

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