domingo, 23 de novembro de 2008

Sugestões Liturgicas para o mês de Dezembro


Advento 2008: “A Palavra se fez carne e habitou entre nós!”.
Campanha para a Evangelização: “Acolhamos o Príncipe da paz”
Essa campanha, além de estar em perfeita harmonia com o espírito do tempo do advento, tem também a finalidade de angariar fundos que garantam a continuidade da obra evangelizadora em nosso país. É importante termos sempre em mente o fato de que, somente por meio do trabalho evangelizador, poderemos levar todas as pessoas a celebrar conscientemente o mistério do natal!

1º Domingo do Advento
29-30 de Novembro de 2008

Leituras: Isaias 63; Salmo 79(80); I Cor. 1 ;
Marcos 13, 33-37 (Parábola do homem que pede vigilância).

A vossa libertação está próxima!
Mais um final de ano se aproxima. Como comunidade cristã iniciamos hoje nosso tempo de preparação para o Natal; a esse tempo chamamos Advento: tempo de espera, de expectativa e de esperança. Como nos aproximamos também do final do ano civil, o Advento torna-se um tempo propicio para fazermos um balanço e retomarmos o nosso compromisso com o projeto de Deus.

Sugestões para a Celebração:

- O ensaio dos cantos com a assembléia ajuda a criar um clima alegre e orante para a celebração, além de ser uma forma de o povo aprender os cantos e assim participar melhor da celebração.
- Os instrumentos musicais devem ser usados com a moderação própria deste tempo, de modo a não antecipar a plena alegria do Natal do Senhor. O mesmo vale para as ornamentações com flores: Discrição e moderação expressando o tempo de espera por algo bom que vai chegar. A cor roxa expressa exatamente isso.
- A coroa do Advento pode ser posta próximo do altar ou do ambão, mas não deve “roubar a cena”, ou seja, deve ser discreta. É acesa uma vela a cada domingo e elas poder ser de cores diferentes (Roxo, Verde, Vermelho e Branca: Acendidas nessa ordem de cores). A vela pode vir junto com a procissão de entrada. Estão presentes na coroa do Advento três simbologias significativas: A luz como salvação, o verde como a vida que esperamos e a forma arredondada como símbolo da eternidade.
- Como ritual de penitencia podem ser feitas celebrações penitenciais (fora da celebração da Palavra) como, por exemplo, a Via-Sacra. Essas celebrações ajudam a educar a consciência dos fiéis a buscar o perdão não apenas no sacramento da confissão (especialmente recomendado para esse tempo), mas também na oração da Igreja.

Lembrete importante: Ornamentar a Igreja com muitas flores, pisca-pisca, arvore de natal etc., no tempo do Advento não fica bem! Não entremos na onda consumista própria desse tempo de festas natalinas e evitemos enfeitar a Igreja com motivos natalinos já no advento. Deixemos o advento ser advento e o natal ser natal. Enfeites natalinos dentro da Igreja só quando o natal chegar!
Obs.: O presépio pode ser montado aos poucos, por exemplo, no 1º domingo preparar o local, no 2º colocar os animais, no 3º os personagens, etc. deixando o menino Jesus para a noite do dia 24 para o dia 25.


2º Domingo do Advento
06-07 de Dezembro de 2008

Leituras: Isaias 40; Salmo 84(85); II Pedro 3 ;
Marcos 1, 1-8. (Genealogia de Jesus).

Todas as pessoas verão a salvação de Deus !
A segunda vela que acendemos na coroa do Advento nos ilumina e ajuda a perceber que estamos a caminho, peregrinando a um futuro bom que nos espera. Mas até lá, temos ainda muito que fazer, pois estamos caminhando em meio a um mundo de muitas contradições e injustiças, entretanto temos também que aprender a ver no mundo os sinais de vida. João Batista, a quem somos convidados a olhar neste domingo, foi um grande sinal que nos indicou a vida plena, ou seja, Cristo, o Cordeiro salvador.

Sugestões para a Celebração:

- Acender a segunda vela do advento.
- Se possível lembra a figura de João Batista com um cartaz com sua imagem, ou com seu nome, ou ainda com uma frase dita por ele.
- No inicio da celebração seria bom que se fizesse uma recordação da vida, trazendo à memória os sinais de vida e de morte, de justiça e de injustiças deste ano na nossa comunidade, cidade ou país.

Lembretes: Amanhã dia 8 de dezembro solenidade da Imaculada Conceição, padroeira de nossa Diocese.
Lembrar ainda o sentido da coleta nacional da campanha para a evangelização (vide introdução acima) e distribuir os envelopes para serem entregues no ofertório do próximo domingo.

3º Domingo do Advento
13-14 de Dezembro de 2008
Domingo Gaudete (alegrai-vos)

Leituras: Isaias 61; Cântico do Magnificat (Lucas 1, 46-54); I Tessalonicenses 5;
João 1, 6-8. 19-28 (Prólogo. Diferença entre João e Jesus).

Que devemos fazer?
A terceira vela que acendemos na coroa do Advento nos faz sentir que já percorremos um bom caminho de preparação para a vinda do Senhor. A grande festa se aproxima, por isso este domingo é chamado “Domingo da alegria” por causa do prazer que começamos sentir devido a proximidade do Natal. Mas como sentir alegria em um mundo com tantas tristezas, dores, escândalos, corrupção, violência, fome, etc.? O importante é lembrar que nossa alegria não é simples festa, diversão ou euforia. É a alegria da certeza de que o Reino de Deus está no meio de nós.

Sugestões para a Celebração:

- Acender a terceira vela do advento.
- Por ser este um dia de esperançosa alegria sugere-se que se usem paramentos com cores rosadas.
- Toda a celebração deve ser marcada por um toque de esperança e alegria, por isso seria recomendável expressar isso desde o início da celebração. Por exemplo, nos ritos iniciais, as pessoas podem saudar umas às outras com um cumprimento fraterno como um abraço e um desejo de boa tarde ou boa noite etc.
- As recomendações quanto a ornamentação do espaço celebrativo e quanto aos cânticos continuam valendo para este domingo. A única diferença é quanto a cor litúrgica.

Lembrete: neste terceiro domingo do advento realiza-se a coleta nacional para a evangelização.
Lembrar da importância da novena de preparação para o natal e os dias e locais determinados.

Obs.: O nome Gaudete (alegrai-vos) vem da antífona de entrada, tirada de Fl 4,4.5b: “Alegrai-vos sempre no Senhor! De novo eu vos digo: alegrai-vos! Pois o Senhor está perto”.


4º Domingo do Advento
20-21 de Dezembro de 2008

Leituras: II Samuel 2; Salmo 88 (89); Romanos 16;
Lucas 1, 26-38.(Anunciação do anjo à Maria).

Bendito o fruto do teu ventre!
É o 4º domingo do Advento. Neste domingo, já se forma um clima de expectativa e preparação final para o Natal. Estamos reunidos com Maria, a “mulher cheia de graça”. Com Maria ouvimos a Palavra e com ela celebramos a Eucaristia que é memória da Páscoa de Jesus. Se não fosse a Páscoa o Natal não seria tão importante para nós. Nem mesmo Maria seria tão importante para a humanidade. Como mãe do salvador ela é também nossa mãe, por isso somos convidados, neste 4º domingo do Advento, a olhar com carinho para ela.

Sugestões para a Celebração:

- Acender de uma forma especial a quarta vela do advento, por exemplo, uma gestante, ou uma criança vestida de anjo, ou ainda uma jovem vestida de Maria pode acender a vela.
- A liturgia da palavra seja muito bem preparada e proclamada, pois através de escuta da Palavra, nós nos deixamos “engravidar” pela novidade trazida pelo mistério da encarnação.
- No final da celebração, lembrando a gravidez de Maria pode-se dar uma benção especial às gestantes presentes na celebração.
- O presépio já deve estar quase totalmente pronto, só faltando o menino Jesus. Ele deve ser simples como foi simples e pobre a manjedoura de Jesus. Se houver arvore de natal podem-se colocar nela símbolos que representem nossos sonhos e esperanças.

Lembretes: Avisar sobre o horário da celebração de natal na matriz.



Sagrada Família
27-28 de Dezembro de 2008

Leituras: Eclesiástico 3; Salmo 127 (128); Colossenses 3;
Lucas 2, 22.39-40.(Simeão e Ana).

Meus olhos viram a tua salvação!
A festa que hoje celebramos leva-nos a contemplar a família de Jesus e, nela, a nossa família e todas as famílias cristãs. Nosso salvador nasceu numa família justamente para valorizar e dignificar esta pequena comunidade humana. Ao olharmos a família de Nazaré encontramos os elementos que inspiram a constituição de nossas comunidades familiares: amor, respeito, humildade, paciência, compreensão mutua, doação, perdão entre outros.

Sugestões para a Celebração:

- No dia de hoje dar especial destaque à família. Na procissão de entrada uma família pode trazer as imagens de Jesus, Maria e José e recoloca-las no presépio ou em um lugar de destaque previamente preparado.
- Convidar as famílias para exercerem diferentes ministérios: uma família pode participar da procissão de entrada, outra pode proclamar as leituras, outra as preces, outra ajuda no ofertório etc.
- Pode-se preparar uma mensagem final e/ou uma homenagem às famílias, como cantar a oração da família do Pe. Zezinho.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

31º Domingo do Tempo Comum.
01-02 de Novembro
Fiéis Defuntos

(As leituras podem ser outras) Leituras: Sabedoria 3; Salmo 41(42); Apocalipse 21; Mateus 5, 33-43 (Sermão da montanha).

Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu.
Celebramos, de modo especial, os nossos mortos, pois todos os que pelo batismo são incorporados a Cristo, com Ele ressuscitarão dentre os mortos à semelhança de sua ressurreição.
Já nos aproximamos dos últimos domingos do ano litúrgico e por isso celebramos a vocação escatológica de toda a humanidade, chamada à vida plena e à felicidade completa na Jerusalém Celeste, onde não haverá morte, nem luto, nem dor.

Sugestões para a Celebração:

- Para lembrar que a liturgia dos finados é uma mistura de alegria e dor, de presença e ausência, de festa e de saudade. Podem se enfeitar a Igreja com flores e as cores: Roxa, Preta, Lilás e Amarela; que dão ao conjunto da celebração um caráter de sobriedade e esperança.
- A Luz é um importante símbolo a ser valorizado hoje na celebração. Pode se reservar um lugar para os fiéis acenderem velas na lembrança de seus mortos.
- O Ato Penitencial pode ser por aspersão, lembrando o nosso batismo pelo qual com Cristo morremos e ressurgimos.
- No momento das preces pode se cantar a Ladainha de todos os santos, ou então pedir para que a assembléia proclame em voz alta os nomes dos seus parentes, amigos e conhecidos falecidos.


32º Domingo do Tempo Comum.
08-09 de Novembro
Dedicação da Basílica do Latrão
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Leituras: Ezequiel 47; Salmo 45(46); I Cor. 3; João 2, 13-22 (Expulsão dos vendilhões do Templo).

Não transformem a casa de meu Pai em mercado.
A Basílica do Latrão é a primeira catedral dedicada a São João Batista e São João Evangelista, no morro do Latrão e Roma no século IV; Ela foi durante muito tempo a Igreja do bispo de Roma, ou seja, do Papa. Para nós esta festa quer ser sinal da comunhão entre todas as Igrejas Católicas no mundo. Sob a presidência do Papa, gerada na comunhão trinitária, a Igreja é destinada a ser no mundo sinal e instrumento, tendo como ideal a Comunhão e a Participação.

Sugestões para a Celebração:

- Como “Santuário de Deus”, templo de pedras vivas, sacramento do Ressuscitado; toda a comunidade pode reunir-se fora da Igreja, onde se entoa o refrão: Onde reina o amor, fraterno amor, Deus aí está... Em seguida todos entram em procissão.
- Os cantos para a Dedicação de uma Igreja (Hinário Litúrgico 4, pg. 157-165) podem ser aproveitados, ou outros cantos que falem da Igreja-Templo, Igreja-Povo, etc.
- Nas preces lembrar as necessidades concretas da Igreja local: comunidade, paróquia, diocese, Brasil, América Latina.
- Valorizar o Abraço da paz, rito que expressa a comunhão de todos no Corpo do Senhor.


33º Domingo do Tempo Comum.
15-16 de Novembro
Leituras: Provérbios 31; Salmo 127(128); I Tess. 5; Mateus 25, 14-30 (Parábola dos talentos).

Muito bem, empregado bom e fiel!
Aproximando o final do ano a liturgia, com forte tom de esperança, nos propõe a assumir nossa vocação de peregrinos, nossa missão escatológica e a realização definitiva do Reino.
Recebemos do Senhor, neste “domingo dos talentos”, a força para vencermos o medo, a covardia e a acomodação para produzirmos boas obras enquanto esperamos sua vinda. “a morte já foi vencida e carregamos em nós a semente da imortalidade”.

Sugestões para a Celebração:

- A acolhida fraterna e o ensaio de cantos com a assembléia ou o canto de um refrão meditativo antes do início da celebração ajudam a criar um clima orante, simples e alegre para que se possa realizar um encontro amoroso tanto entre Deus e a comunidade como das pessoas entre si.
- Valorizar os talentos que a comunidade recebeu de Deus em cada pessoa que se dedica, faz crescer e produzir frutos na comunidade e na sociedade. Isso pode ser feito através de testemunho pessoal depois da reflexão ou no momento dos avisos, também pode ser feito em forma de preces ou de motivos de louvor na adoração ou na louvação.



34º Domingo do Tempo Comum.
22-23 de Novembro
Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.
Leituras: Ezequiel 34; Salmo 22(23); I Cor. 15; Mateus 25, 31-46 ().

Todos os povos da terra serão reunidos diante Dele.
Esta festa do último Domingo do Tempo Comum, em sintonia com a perspectiva própria do final do ano, sublinha a dimensão mais transcendente e escatológica do reinado de Cristo. Imediatamente antes do Advento, esta solenidade encerra o ano litúrgico.
Proclamamos Cristo centro e Senhor da história, desde o começo até sua consumação, ou seja, “O Alfa e o Omega, o primeiro e o último, o princípio e o fim”. Com isso podemos dizer que o sentido da liturgia desta festa está presente em cada celebração dominical no decorrer de todo o ano litúrgico, pois ao proclamar Jesus como ressuscitado, exaltamos seu senhorio e sua soberania, que são demonstrados no ato supremo de amor ao dar sua vida por todos nós.

Sugestões para a Celebração:

- Na procissão de entrada trazer um cartaz recordando os acontecimentos que marcaram o ano litúrgico que hoje termina, ligando-os com o mistério celebrado e identificando neles os sinais do reinado de Cristo sempre presentes entre nós.
- Nas preces podem ser apresentadas as perspectivas para o novo ano litúrgico.
- Cantar de mãos dadas o Pai-Nosso e erguendo-as durante o pedido: “Venha a nós o vosso reino”.
- Pode-se fazer a coroação de uma imagem de Cristo, ou expor no altar uma imagem de Cristo Rei.
- Motivar o abraço da paz como um sentido de reconciliação e comunhão, ou seja como expressão do Reino.

O que é ética?

Gosto desse tema, tanto que me motivou a desenvolver minha monografia em moral em Sâo Tomás. Leia abaixo o trabalho que despertou minha atenção para este tema:

Tanto o termo ética quanto o termo moral se referem ao domínio comum dos costumes. O conceito de moral podemos designá-lo como normas, ou seja, aquilo que é permitido ou proibido. O conceito de ética podemos dividi-lo em ética anterior, designando o que está a montante das normas e em ética posterior, designando o que esta jusante no reino das normas.
Aristóteles foi o primeiro a dar características filosóficas ao conceito de Ethos, que pode ser traduzido como “costume” ou “comportamento habitual”. No século IV esse conceito começou a ser associado a juízos de valores. Analisando esses juízos Aristóteles cria a ética como disciplina filosófica.
Para Kant a moral deve ser universal e objetiva. Segundo ele a moral deve ter uma lei a priori universal cujo critério deve ser o imperativo categórico. O imperativo categórico diz que o todo agir moral é agir pelo dever.
A grande problemática moral, discutida até então, consiste na escolha do que se deve priorizar, pois há as coisas que devem ser feitas e há aquelas que são preferíveis fazer em vez de outras. A moral kantiana, universalizando as máximas das ações, possibilitou um novo horizonte à problemática moral, pois agora devemos “Agir unicamente segundo a máxima que faz que possas querer ao mesmo tempo em que ela se torne uma lei universal”, é essa a máxima que define o imperativo categórico kantiano.
O Empirismo, o Racionalismo e o Historicismo inserem um novo problema ético, agora fundamentado no agir humano. Com isso surgem três tendências éticas contemporâneas: A ética hermenêutica, com Heidegger, Gadamer Ricoeur; a ética fenomenológica, com Scheler, Hartmainn e Lévinas e a ética existencialista, com Sartre, Jaspers, Gabriel Marcel e Kierkgaars. A ética contemporânea é uma tentativa de encontrar respostas aos desafios atuais e tem como problemática a fundamentação da própria ética.
Portanto ética pode ser definida como um conjunto de normas que regulamentam as nossas ações, determinando aquilo que convêm ou não ao nosso agir humano. Problemática esta que foi debatida por vários filósofos ao longo da história.

Oficio da Imaculada Conceiçao

OFÍCIO DA IMACULADA CONCEIÇÃO


Deus vos salve,/ Virgem, filha de Deus Pai!
Deus vos salve,/ Virgem, mãe de Deus Filho!
Deus vos salve,/ Virgem, esposa do Espírito Santo!
Deus vos salve,/ Virgem, sacrário da Santíssima Trindade!

Agora, lábios meus,/ dizei e anunciai/ os grandes louvores/ da Virgem Mãe de Deus.

Sede em meu favor,/ Virgem soberana,/ livrai-me do inimigo/ com vosso valor.
Glória seja ao Pai,/ ao Filho e ao Amor também,/ que é um só Deus/ em pessoas três, agora e sempre/ e sem fim. Amém.

Deus vos salve, Virgem/ Senhora do mundo,/ rainha dos céus/ e das virgens, virgem.
Estrela da manhã,/ Deus vos salve, cheia/ de graça divina,/ formosa e louçã.
Daí pressa, Senhora/ em favor do mundo,/ pois vos reconhece/ como defensora.
Deus vos nomeou/ desde a eternidade/ para mãe do Verbo/ com o qual criou
Terra, mar e céus./ e vos escolheu,/ quando Adão pecou,/ por esposa de Deus.
Deus a escolheu/ e, já muito antes,/ em seu tabernáculo/ morada lhe deu.
Ouvi, mãe de Deus,/ minha oração./ toquem vosso peito/ os clamores meus.

ORAÇÃO
Santa Maria, rainha dos céus,/ mãe de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhora do mundo,/ que a nenhum pecador desamparais e nem desprezais,/ ponde, Senhora, em mim os olhos de vossa piedade/ e alcançai-me de vosso amado filho o perdão de todos os meus pecados,/ para que eu,/ que agora venero com devoção vossa Santa e Imaculada Conceição,/ mereça na outra vida alcançar o prêmio da bem-aventurança,/ pelo merecimento de vosso benditíssimo filho Jesus Cristo, nosso Senhor,/ que, com o Pai e o Espírito Santo,/ vive e reina para sempre. Amém.

Sede em meu favor ...
Deus vos salve, mesa/ para Deus ornada,/ coluna sagrada,/ de grande firmeza.
Casa dedicada/ a Deus sempiterno/ sempre preservada,/ virgem do pecado.
Antes que nascida,/ fostes, Virgem Santa,/ no ventre ditoso/ de Ana concebida.
Sois mãe criadora/ dos mortais viventes./ sois dos santos porta,/ dos anjos, Senhora.
Sois forte esquadrão/ contra o inimigo./ estrela de Jacó,/ refugio do cristão.
A Virgem criou,/ Deus, no Espírito Santo,/ e todas as suas obras,/ com ela as ornou.
Ouvi, mãe de Deus,/ minha oração./ toquem vosso peito/ os clamores meus.

ORAÇÃO

Sede em meu favor...
Deus vos salve, trono/ do grão Salomão,/ arca do concerto,/ velo de Gedeão,
Íris do céu clara,/ sarça da visão,/ favo de Sansão/ florescente vara,
A qual escolheu/ para ser mãe sua,/ e de vós nasceu/ o filho de Deus.
Assim vos livrou/ da culpa original./ de nenhum pecado/ há em vós sinal.
Vós que habitais/ lá nas alturas,/ e tendes vosso trono/ sobre as nuvens puras,
Ouvi, mãe de Deus,/ minha oração./ toquem vosso peito/ os clamores meus.


ORAÇÃO

Santa Maria, rainha dos céus,/ mãe de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhora do mundo,/ que a nenhum pecador desamparais e nem desprezais,/ ponde, Senhora, em mim os olhos de vossa piedade/ e alcançai-me de vosso amado filho o perdão de todos os meus pecados,/ para que eu,/ que agora venero com devoção vossa Santa e Imaculada Conceição,/ mereça na outra vida alcançar o prêmio da bem-aventurança,/ pelo merecimento de vosso benditíssimo filho Jesus Cristo, nosso Senhor,/ que, com o Pai e o Espírito Santo,/ vive e reina para sempre. Amém.

Sede em meu favor...
Deus vos salve, Virgem,/ da Trindade templo,/ alegria dos anjos,/ da pureza exemplo.
Que alegrais os tristes/ com vossa clemência,/ horto de deleites,/ palma de paciência.
Sois da terra bendita/ e sacerdotal./ sois da castidade/ símbolo real.
Cidade do Altíssimo,/ porta oriental./ sois a mesma graça,/ Virgem singular.
Qual lírio cheiroso/ entre espinhas duras/ tal sois vós, Senhora,/ entre as criaturas.
Ouvi, mãe de Deus,/ minha oração/ toquem vosso peito/ os clamores meus.

ORAÇÃO

Sede em meu favor...
Deus vos salve, cidade,/ de torres guarnecida,/ de Davi com armas/ bem fortalecida.
De suma caridade/ sempre abrasada./ do dragão a força/ foi por vós prostrada.
Ó mulher tão forte!/ ó invicta Judite!/ que vós alentastes/ o sumo Davi!
Do Egito o curador/ de Raquel nasceu,/ do mundo o Salvador/ Maria no-lo deu.
Toda é formosa/ minha companheira;/ nela não há macula/ da culpa primeira.
Ouvi, mãe de Deus,/ minha oração./ toquem vosso peito/ os clamores meus.

ORAÇÃO

Sede em meu favor...
Deus vos salve, relógio/ que andando atrasado/ serviu de sinal/ ao Verbo encarnado.
Para que o homem/ suba às sumas alturas,/ desce Deus do céu/ para as criaturas.
Com os raios claros/ do sol da justiça,/ resplandece a Virgem/ dando ao sol cobiça.
Sois lírio formoso/ que cheiro respira/ entre os espinhos./ da serpente a ira
Vós aquebrantais/ com vosso poder./ os cegos errados/ vós alumiais.
Fizeste nascer/ sol tão fecundo,/ e como com nuvens/ cobristes o mundo.
Ouvi, mãe de Deus,/ minha oração./ toquem vosso peito/ os clamores meus.

ORAÇÃO

Rogai a Deus, vós,/ Virgem nos converta./ que sua ira/ se aparte de nós.
Sede em meu favor...
Deus vos salve, Virgem,/ Mãe Imaculada,/ rainha de clemência/ de estrelas coroada.
Vós, acima dos anjos/ sois purificada;/ de Deus à mão direita/ estais de ouro ornada.
Por vós, mãe de graça,/ mereçamos ver/ a Deus nas alturas/ com todo o prazer.
Pois sois esperança/ dos pobres errantes/ e seguro porto/ aos navegantes.
Estrela do mar/ e saúde certa/ e porta que estais/ para o céu aberta.
É óleo derramado,/ Virgem, vosso nome,/ e os servos vossos/ vos hão sempre amado.
Ouvi, mãe de Deus,/ minha oração./ toquem vosso peito/ os clamores meus.

ORAÇÃO

Humildes, oferecemos/ a vós, Virgem pia,/ estas orações,/ para que, em nossa guia,
Vade vós adiante/ e na agonia,/ vós nos animeis,/ ó doce Maria! Amém.

Roterio para Celebração das exequias

Em nome do Pai...

Nós nos reunimos neste momento por causa de nossa fé na ressurreição de Jesus. Estamos reunidos para rezar por N., que terminou sua caminhada na terra.
Com nossas preces suplicamos ao Senhor sua misericórdia por este(a) nosso(a) irmão(ã). Que o Senhor venha em seu auxilio e lhe conceda a paz eterna.

Rezemos com fé e esperança o salmo 22:
- O Senhor é o meu pastor e nada me faltará.
Ele me leva até águas tranqüilas e refaz as minhas forças. Pelos bons caminhos me conduz, por amor de seu nome. Ainda que eu passe pelo vale da morte, nenhum mal temerei, pois estais comigo. Vosso bastão e vosso cajado me dão segurança.
- O Senhor é o meu pastor e nada me faltará.
Preparais a mesa para mim na presença do inimigo, sobre minha cabeça derramai perfume e minha taça me enche de alegria. Graça e amor me acompanham todos os dias de minha vida e habitarei na casa do Senhor enquanto durarem os meus dias.
- O Senhor é o meu pastor e nada me faltará.

Oração: Ouvi, ó Pai, as nossas preces e sede misericordioso para com o(a) vosso(a) servo(a) N., que chamastes deste mundo. Concedei-lhe a luz e a paz no convívio dos vossos santos e santas. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Ouçamos com atenção as palavras do evangelho de nosso Senhor Jesus. C. segundo...
- João 11, 25-27: Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em mim, não morrerá para sempre”.
- João 12, 24-25: Eu garanto a vocês: se o grão de trigo não cai na terra e não morre, fica sozinho. Mas se morre, produz muito fruto. Quem tem apego à sua vida, vai perdê-la; quem despreza a sua vida neste mundo, vai conservá-la para a vida eterna.
- João 6, 40: Esta é a vontade do meu Pai: que todo aquele que vê o Filho e nele acredita, tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.


Preces dos fiéis.

Rezemos com toda a Igreja por este(a) nosso(a) irmão(ã), para que alcance a bondade e a misericórdia do Pai. Nossa resposta será:
Nós vos pedimos, Senhor.
- Vós que chorastes sobre Lázaro, enxugai as nossas lágrimas.
- Vós que ressuscitastes os mortos, daí a vida eterna a este(a) nosso(a) irmão(ã).
- Vós que prometestes o paraíso ao bom ladrão arrependido, recebei no céu este(a) nosso(a) irmão(ã).
- Fortalecei, pela consolação da fé e pela esperança na vida eterna, a família entristecida, e receba também o apoio da família e da comunidade cristã.
Acolhei, Senhor, nosso Deus, as preces que vos fizemos e, em vossa misericórdia, ajudai-nos a viver conforme vossa vontade. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Encomendação.

Deus chamou para si o(a) nosso(a) irmão(ã) N., e nós entregamos seu corpo à terra de onde veio. Mas Cristo, que ressurgiu dos mortos, o transformará num corpo glorificado, como o seu. Recomendamos, pois, conforme nossa fé cristã, este(a) nosso(a) irmão(ã), para que Jesus o(a) receba em sua paz e lhe conceda a ressurreição do corpo no último dia.

Neste momento o corpo pode ser aspergido com água benta.

Oração: Recebei, ó Pai, N. que tanto amastes nesta vida. Em vossa misericórdia, concedei-lhe o perdão de suas faltas, e alcance hoje o repouso eterno, onde não há mais dor, mas a paz e a alegria para sempre. Por Cristo, nosso Senhor.

Rezemos com amor e confiança a oração que Jesus nos ensinou: Pai nosso...

- Dai-lhe, Senhor, a felicidade eterna!
- E brilhe para ele(a) a vossa luz!

Salve Rainha, mãe de misericórdia...

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Sugestões Liturgicas para o mês de Outubro



Neste mês a Igreja procura redescobrir a missão que o Senhor está lhe dando no campo e na cidade, dentro e fora do país, “para que todos tenham vida”. Discipulado e missão são como duas faces da mesma moeda.

27º Domingo do Tempo Comum.
04-05 de Outubro


Leituras: Isaias 5; Salmo 79(80); Filipenses 4; Mateus 21, 33-43 (Parábola dos vinhateiros).

Eles vão respeitar o meu filho.
Celebrando nossa páscoa semanal fazemos memória do Senhor, a videira verdadeira e fecunda, parceiro fiel do Pai no cuidado de seu povo. Mesmo percebendo nossas infidelidades ele nos convida para renovar com ele a Aliança. O “proprietário” ama a vinha e espera dela frutos de fidelidade à Aliança. A vinha designa, então, o Reino de Deus; os vinhateiros, todo o povo infiel. O Reino será tirado dos vinhateiros homicidas e confiado a um povo que produza frutos, que para Mateus devem ser frutos de justiça.

Sugestões para a Celebração:

- O ensaio dos cantos com a assembléia ajuda a criar um clima alegre e orante para a celebração, além de ser uma forma de o povo aprender os cantos e assim participar melhor da celebração.
- Na procissão de entrada pode-se trazer o cartaz do mês missionário.
- Fazer a oração missionária após as preces.
- A vinha, símbolo do povo de Deus nos leva a dar atenção especial para a comunidade reunida em assembléia, como Corpo de Cristo, e a vinha do Pai chamada a produzir frutos de justiça, santidade e paz.

28º Domingo do Tempo Comum.
11-12 de Outubro
Solenidade de Nossa Senhora Aparecida

Leituras: Ester 5; Salmo 44(45); Apocalipse 12; João 2, 1-11. (Bodas de Caná)

Façam tudo o que Ele vos disser.
Celebramos Nossa Senhora Aparecida, que em 1930 foi proclamada, pelo Papa Pio XI, a padroeira do Brasil, por isso hoje rezamos pela nossa pátria pedindo, pela intercessão de Maria, as bênçãos para que tenhamos uma nação mais justa, fraterna e feliz conforme o projeto de Deus.
Lembramos hoje também todas as crianças, para que elas cresçam com saúde e possam cumprir a vontade de Deus em suas vidas. Que Nossa Senhora interceda por todas elas nesse dia a elas dedicado.

Sugestões para a Celebração:

- Colocar em destaque, no espaço celebrativo, a imagem de Nossa Senhora Aparecida e o cartaz da Campanha Missionária.
- Fazer a procissão de entrada com pessoas que tenham os nomes com que costumamos invocar Maria, e eleger um representante para trazer a imagem de N. Senhora Aparecida.
- Trazer na procissão do ofertório (Onde houver Missa) Vinho numa jarra grande, com uvas e pão, no final distribuir para toda a assembléia. Se for celebração da palavra, no final a comunidade pode receber um suco de uva abençoado.
- Fazer a oração missionária após as preces.
- As crianças podem fazer a coroação de Nossa Senhora depois da comunhão.
- Os cantos podem ser os dedicados a Maria e também aqueles propostos para esse mês.

Lembretes:
Semana que vem haverá a coleta para as missões, distribuir os envelopes hoje.




29º Domingo do Tempo Comum.
18-19 de Outubro

Dia das missões.

Leituras: Isaias 45; Salmo 95(96); I Tessalonicenses 1;
Mateus 22, 15-21. (O que é de César e o que é de Deus)

Mestre, sabemos que tu és verdadeiro.
Neste dia mundial das missões louvamos ao Pai que deu forças a Jesus e hoje nos dá a mesma coragem para sermos capazes de vencer as armadilhas maldosas, os planos falsos e enganosos que ameaçam a nossa vida e contrariam o projeto de Deus. Peçamos ao Pai sabedoria e coragem para os missionários, que deixando sua pátria abre-se para a missão evangelizadora em tantas partes do mundo. E pedimos sabedoria também para nós para que não percamos de vista nosso lugar e nossa missão na comunidade.

Sugestões para a Celebração:

- Entrar com o cartaz da campanha missionária na procissão de entrada colocando-o num lugar de destaque.
- Preparar a mesa da palavra com fitas nas cores dos cinco continentes: Verde (África), Vermelho (Américas), Amarelo (Ásia), Azul (Oceania) e o Branco (Europa).
- No ofertório pode entrar um cartaz com os nomes ou fotos de missionários da Igreja e daqueles missionários que conhecemos.
- Lembrar que hoje é o dia da coleta missionária: Da qual uma porcentagem adequada será destinada às missões na África e 10% para a Infância Missionária.
- Lembrar dos missionários também nas preces e fazer a oração missionária.
- No final invocar uma benção especial de envio para motivar toda a comunidade a assumir com maior entusiasmo sua vocação missionária.

Lembretes:
Convidar especialmente os jovens para participar da celebração da semana que vem.



30º Domingo do Tempo Comum.
25-26 de Outubro

Leituras: Êxodo 22; Salmo 17(18); I Tessalonicenses 1; Mateus 22, 34-40. (O maior mandamento)

Ame ao Senhor seu Deus e o próximo.
Jesus nos confia hoje seu único mandamento, que é a síntese da Lei e dos profetas e que se expressa de duas maneiras interdependentes: na comunhão amorosa com Deus e na alegria da comunhão fraterna. Celebramos hoje também o Dia Nacional da Juventude (DNJ) “Torna-se urgente renovar a opção afetiva e efetiva de toda a Igreja pela juventude na busca conjunta de propostas concretas, entre elas: a educação e o amadurecimento da fé, com atenção à espiritualidade, formando os jovens para a missão, a ação política e para a transformação do mundo” (Doc. Evangelização da juventude e Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora, nº. 123.).

Sugestões para a Celebração:

- Valorizar a participação dos jovens na celebração de hoje.
- Pode-se cantar um refrão meditativo para se criar um clima orante antes do início da celebração. Exemplo: Deus é amor, arrisquemos viver por amor. Deus é amor, ele afasta o medo.
- Escrever num cartaz o mandamento de Jesus, dado por ele no evangelho de hoje, que pode entrar na procissão de entrada, e coloca-lo num lugar de destaque.
- Fazer a procissão de entrada com a participação dos jovens.
- Em sinal de acolhida o abraço da paz pode ser feito já no início da celebração (antes do Ato Penitencial).
- Fazer a oração missionária após as preces. Que pode ser feita de forma dialogada entre dois jovens.

Lembretes:
Sábado que vem: Solenidade de Todos os Santos e no domingo: Dia de Finados.

Dicas de Portugues

A Língua Portuguesa agradece (e nossos ouvidos também!).
Mesmo que você saiba de todas essas formas corretas, passe adiante, pode ser útil para outras pessoas. Nunca diga:- Menas (sempre menos) - Iorgute (iogurte) - Mortandela (mortadela) - Mendingo (mendigo) - Trabisseiro (travesseiro) - essa é de doer, hein!- Cardaço (cadarço) - Asterístico (asterisco) - Meia cansada (meio cansada) lembre-se:- Mal - Bem- Mau - Bom

- Trezentas gramas (a grama pode ser de um pasto). Se você quer falar de peso, então é O grama: Trezentos gramas.- Di menor, di maior (é simplesmente maior ou menor de idade).- Beneficente (lembre-se de Beneficência Portuguesa) - O certo é BASCULANTE e não VASCULHANTE, aquela janela do banheiro ou da cozinha.
- Se você estiver com muito calor, poderá dizer que está "suando" (com u) e não "soando", pois quem "soa" é sino!- O peixe tem ESPINHA (espinha dorsal) e não ESPINHO. Plantas têm espinhos. - Homens dizem OBRIGADO e mulheres OBRIGADA.

- "FAZ dois anos que não o vejo“ e não “FAZEM dois anos” - "HAVIA muitas pessoas no local" e não "HAVIAM” - "PODE HAVER problemas" e não "PODEM HAVER..." (os verbos fazer e haver são impessoais!)

- PROBLEMA e não POBLEMA ou POBREMA
- A PARTIR e não A PARTIR

- Para EU fazer, para EU comprar, para EU comer e não para MIM fazer, para mim comprar ou para mim comer... (mim não conjuga verbo, apenas “eu, tu, eles, nós, vós, eles")

- Você pode ficar com dó (ou com um dó) de alguém, mas nunca com "uma dó"; a palavra dó no feminino é só a nota musical (do, ré, mi, etc.etc.) - As pronúncias: CD-ROM é igual a ROMA sem o A. Não é CD-RUM (nem CD - pinga, CD - vodka etc.). ROM é abreviatura de Read Only Memory - memória apenas para leitura.


- Ao telefone não use: Quem gostaria? (É de matar...)
- É incorreto perguntar: COM QUEM VOCÊ QUER ESTAR FALANDO? Veja como é o correto e mais simples: COM QUEM VOCÊ QUER FALAR? - Não use: peraí, agüenta aí, só um pouquinho (prefira: Aguarde um momento, por favor)

- Não é elegante você tratar ao telefone, pessoas que não conhece, utilizando termos como: querido (a), meu filho (a), meu bem, amigo (a)... (a não ser que você esteja ironizando-a (o)). Utilize o nome da pessoa ou senhor (a).

- Por último, e talvez a pior de todas: Por favor, arranquem os malditos SEJE e ESTEJE do seu vocabulário (estas palavras não existem!).

Poema de Madre Tereza de Calcutá

Muitas vezes as pessoas são
Egocêntricas, ilógicas e insensatas.
Perdoa-as assim mesmo.

Se você é gentil, as pessoas
Podem acusá-lo de egoísta, interesseiro...
Seja gentil assim mesmo.

Se você é um vencedor,
Terá alguns falsos amigos
E alguns inimigos verdadeiros.
Vença assim mesmo.

Se você levou anos para construir,
Alguém pode destruir,
De uma hora para outra.
Construa assim mesmo.

Se você tem paz e é feliz,
As pessoas podem sentir inveja.
Seja feliz assim mesmo.

O bem que você faz hoje
Pode ser esquecido amanhã.
Faça o bem assim mesmo.

Dê ao mundo o melhor de você,
Mas isso pode nunca ser o bastante.
Dê o melhor de você assim mesmo.

Veja você, que no final das contas...
A vida é entre você e Deus.
Nunca foi entre você e os outros!

Poema de Madre Tereza de Calcutá.

Como fazer uma rezenha

ALGUMAS OBSERVAÇÕES SOBRE COMO FAZER RESENHA

Resenha é um trabalho de síntese. Não se trata de um simples resumo.
O resumo deve se limitar ao conteúdo do trabalho, sem qualquer julgamento de valor. Já a resenha vai além, resume a obra e faz uma avaliação sobre ela, apresentando suas linhas básicas, deve avaliá-la, mostrando seus pontos fortes e fracos.
A resenha pode ser de um ou mais capítulos, duma coleção ou mesmo dum filme. Apresenta falhas, lacunas e virtudes, explora o contexto histórico em que a obra fora elaborada e faz comparações com outros autores.
Conhecida como resumo crítico, a resenha só pode ser elaborada por alguém com conhecimentos na área, pois sua elaboração exige opinião formada, pois além de resumir, o resenhista avalia a obra, sustentando suas considerações, deve embasá-las seja com evidências extraídas da própria obra ou de outras de que se valeu para elaborar a resenha.
"Se o resumo do conteúdo da obra não está bem feito, o leitor que não a conhece encontrará dificuldades em acompanhar a análise crítica. Se, por outro lado, o recensor se limita a relatar o conteúdo, sem julgá-lo criticamente, ele estará escrevendo um resumo e não uma recensão crítica. Finalmente, se ele não sustenta ou ilustra seus julgamentos com dados extraídos da obra recenseada, ele não dá ao leitor a oportunidade de formar seus próprios julgamentos".
De uma boa resenha devem constar:
a referência bibliográfica da obra, preferencialmente seguindo a ABNT;
alguns dados biográficos relevantes do autor (titulação, vínculo acadêmico e outras obras, por exemplo);
o resumo da obra, ou síntese do conteúdo, destacando a área do conhecimento, o tema, as idéias principais e, opcionalmente, as partes ou capítulos em que se divide o trabalho. Deve-se deter no essencial, mostrando qual é o objetivo do autor, evitando recorrer a detalhes e exemplos, com máxima concisão. Este momento é mais informativo que crítico, embora a crítica já possa estar presente;
as categorias ou termos teóricos principais de que o autor se utiliza, precisando seu sentido, o que ajuda evidenciar seu approach teórico, situando-o no debate acadêmico e permitindo sua comparação com outros autores. Aqui não só se deve expor claramente como o autor conceitua ou define determinado termo teórico, mas já se deve introduzir críticas, seja à utilização ou à própria conceituação feita pelo autor;
a avaliação crítica, nos termos já referidos anteriormente no item 1. Este é o ponto alto da resenha, onde o recensor mostra seu conhecimento, dialoga com o autor e/ou com leitor, dá-se ao direito de proceder a um julgamento.
Há vários tipos de críticas, mas destacam-se: (a) a interna, quando se avalia o conteúdo da obra em si, a coerência diante de seus objetivos, se não apresenta falhas lógicas ou de conteúdo; e (b) a externa, quando se contextualiza o autor e a obra, inserindo-os em um quadro referencial mais amplo, seja histórico ou intelectual, mostrando sua contribuição diante de outros autores e sua originalidade.
Atualmente quase todas as revistas científicas trazem boas seções de resenhas. Sempre é aconselhável ir a uma biblioteca e consultar alguns destes periódicos para observar atentamente como os mais destacados profissionais e pesquisadores da área as elaboram.
Finalmente, deve-se lembrar que o recensor deve preocupar-se com a obra em sua totalidade, sem perder-se em detalhes e em passagens isoladas que podem distorcer idéias.
Deve-se certamente apresentar e comentar pontos específicos, fortes ou fracos do trabalho, mas estes devem ser relevantes. Nada mais deplorável do que uma crítica vazia de conteúdo, sem base teórica ou empírica, que lembre preconceito. Ou elogios gratuitos, que podem parecer corporativismo ou "puxa-saquismo".

A resenha
A resenha nada mais é que um trabalho de síntese, uma apreciação e análise resumida de produções científicas ou não. É um resumo crítico. Na resenha se elabora um julgamento da obra. Para tanto se deve fazer dois tipos de crítica:

Externa – ressalta a importância da obra no seu contexto histórico cultura, social e filosófico;
Interna – se dedica ao exame do conteúdo da obra, julgando-o.

Aqui, portanto, vão algumas dicas para que você escreva suas resenhas de textos, artigos e livros. Os pontos mais importantes que devem estar contidos em uma resenha são:
1. Referência bibliográfica – em algum lugar da resenha você deve registrar o(s) autor(es) da obra, e se for o caso subtítulo, da obra e a referência completa, inclusive o número de páginas. Algumas pessoas colocam logo na primeira frase da resenha, outros chamam uma nota de rodapé. Não importa o lugar, mas esse é um dado indispensável.
2. Credenciais do(s) autor(es) – é interessante oferecer ao leitor da resenha informações gerais sobre o(s) autor(es) da obra que você está resenhando, como também, se possível, as circunstâncias em que ele fez o estudo (quando, onde e porque).
3. Conteúdo da obra – aqui é o momento do resumo crítico das principais idéias, sempre lembrando que elas são idéias do autor da obra que você está resenhando. Não deixe o leitor esquecer disso, não tome a obra para você. Pergunte-se o que diz a obra, se ela tem alguma característica especial a forma como foi abordado o tema, se exige conhecimentos prévios para compreendê-la, que teoria serviu de referência, qual o método utilizado.
4. Conclusões da obra – é importante registrar se o autor conclui, se sim, em que momento e, finalmente, qual foi a conclusão.
5. Apreciação – esse é o momento mais trabalhoso, já que, exige mais de quem está elaborando uma resenha porque se refere ao julgamento da obra. Você pode se perguntar sobre o mérito da obra (qual a contribuição dada, se as idéias são criativas, se desenvolve novos conhecimentos, se propõe uma abordagem diferente), sobre o estilo (claro, conciso, objetivo, coerente), sobre a forma (lógica, sistematizada, se há equilíbrio entre as partes, se há originalidade), sobre o fundamento teórico de onde fala o autor (onde se situa em relação as diferentes correntes científicas, filosóficas). Nesse momento, também são feitas considerações sobre uma possível indicação da obra. Você aconselha a obra? É dirigida a que público?


Mais dicas:
1. Ler a obra com cuidado. Faça anotações com cuidado e com caneta especial para grifar as principais idéias e conceitos do autor. Faça anotações na lateral pensando em núcleos do tipo “passagens profundas”, “pontos obscuros”, “novidade”, “repetição”, etc.
2. Destaque com cuidado a tese central que o autor está desenvolvendo. Acompanhe sua argumentação. Essa apreciação tornará o seu julgamento mais denso e criterioso.
3. Faça uma lista (podendo ser desordenada) dos conceitos e das palavras chaves que deverão constar na resenha;
4. Depois, refletindo sobre as principais idéias do autor, dividir o artigo em partes e assim colocar a lista acima na ordem que você deseja escrever sua resenha.
5. Tente compor frases pequenas, mas não meteóricas, que contenham uma só idéia colocada claramente. A cada troca total de assunto (não de idéia – várias idéias juntas compõem um assunto) mude de parágrafo.
6. Na verdade todo este trabalho que você faz é, nada mais nada menos que, um resumo crítico (sintético) das principais idéias do artigo, comentando o que mais chamou atenção e porque.
7. Não se esqueça de, em sua resenha, escrever o objetivo do trabalho de pesquisa relatado no artigo foco de sua resenha, e também a justificativa e importância dada pelo autor para o artigo.
8. Escreva para que a pessoa que vir a ler a sua resenha tenha uma boa idéia sobre o que versa a obra.
9. Lembre-se que resenhas são escritas para serem lidas por pessoas que não leram a obra que está sendo resenhada. Então, dê para outra pessoa ler. Pergunte o que ele e/ou ela entenderam. Verifique se o que foi entendido está de acordo com o que você queria dizer. Se não estiver como você quer, re-escreva e repita este processo até que tudo esteja como você deseja.
10. Fique atento às concordâncias verbais. Procure o sujeito (singular ou plural) e procure o verbo (atento para a concordância singular ou plural) de cada uma das suas frases para ter certeza que há concordância verbal.
11. Após escrever uma frase pense no seu objetivo. Não escreva nenhuma frase que nada acrescente ao que já foi dito e/ou que não tenha nada a haver com o assunto. Seja objetivo.
12. Para que você escreva cada vez melhor tente ler mais e escrever muito, quanto mais lemos mais melhoramos nosso texto escrito.


O que escrever na resenha sobre:
O Conteúdo da Obra
Escreve-se o resumo das principais idéias da obra. Para isto, pergunte-se:

O que diz a obra?
A obra tem alguma característica especial?
Como foi abordado o tema? (a forma com que foi abordado o tema)
São necessários conhecimentos prévios para compreendê-la?
Que teoria serviu de fundamentação (referência)?
Se a obra é um relato de pesquisa, qual o método de pesquisa utilizado?

Conclusões do autor
É importante ficar atento às conclusões da obra. Para escrever sobre as conclusões da obra, pergunte-se:
Quais as conclusões?
Em que momento são feitas?

Apreciação (julgamento)
Para apreciar (julgar) a obra, pergunte-se:
Quais as contribuições da obra?
O que a obra acrescentou?
As idéias foram criativas?
Foram desenvolvidos novos conhecimentos?
O autor se apoiou bem na literatura (fundamentação teórica e filosófica)?
A obra propôs abordagens diferentes?
Como é o estilo? Claro? Conciso? Objetivo? Coerente?
Como é a forma da obra? Lógica? Sistematizada? Há equilíbrio entre as partes?
A obra é original?
A obra se dirige a que público? (Isto é a indicação da obra)





Resumo

O resumo é um pequeno texto que destaca as idéias essenciais do artigo, procurando guardar uma fidelidade ao texto original. O resumo é, portanto, uma apresentação concisa e seletiva de um artigo, obra ou outro documento que põe em relevo aspectos de maior interesse e importância.
Três tipos de resumo:
Ø Indicativo – que não dispensa leitura pormenorizada do texto completo, faz uma referência às partes mais importantes do texto, descrevendo a natureza, forma e objetivo do texto-base, utilizando-se de frases curtas;
Ø Informativo – que contém todas as informações mais importantes apresentadas no texto-base e pode ser feita uma leitura “por cima”. O objetivo deste resumo é informar o conteúdo e as principais idéias do autor, a metodologia adotada e as conclusões obtidas. O resumo informativo possui, no final, um conjunto de palavras-chave;
Ø Crítico – é um resumo informativo que formula um julgamento sobre o texto base. Trata-se de uma resenha.

Qualquer que seja o tipo de resumo que você pretenda fazer, atente para as seguintes dicas:

Ø Não se esqueça de escrever no seu resumo a referência bibliográfica completa do texto-base. Isto pode ser feito no cabeçalho ou no final;
Ø Procure ser fiel ao texto original, buscando reproduzir as idéias do autor;
Ø Tente usar suas próprias palavras, quando não o fizer e usar frases ou mesmo partes de frases do autor do texto-base, sempre use aspas;
Ø Destaque a idéia principal do texto e os detalhes mais importantes. Preste atenção na estrutura do texto, identificando idéias de conseqüências, adição, oposição, incorporação de novas questões e complementação do raciocínio. Atente para os exemplos oferecidos, geralmente eles compõem um detalhe importante;
Ø Sublinhe. Lembre-se que você deve sublinhar numa segunda leitura, quando tem condições de tudo novamente já tendo uma idéia do geral para poder pontuar as idéias mais importantes. Não precisa sublinhar orações inteiras, aprenda sublinhar só os termos essenciais;
Ø Organize um esquema lógico. Visualizar o texto pode ajudar muito, facilitando uma consulta, a explicitação da relação entre as partes, dentre outros.

Uma resenha nada mais é que um resumo crítico.

Beatitude

Estou escrevendo minha monografia em São Tomás de Aquino, sobre a origem e a finalidade da moral. O Aquinate diz que o fim ultimo de todas as nossas açoes é a Beatitude, ou seja Deus.
Aqui vai um trecho do meu TCC para voces conferirem:
A beatitude com fim último das ações humanas

Para ser boa a vontade humana há de se conformar com a divina, pois a bondade da vontade depende do fim intencional. Entretanto o fim último da vontade humana é o Sumo Bem, logo e necessariamente a bondade da vontade humana há de se ordenar para Deus, o Sumo Bem.
Falamos que a bondade depende do fim, todavia para o Aquinate “O fim último do homem é a Beatitude” [1] ela versa no último ato do homem. A beatitude consiste essencialmente na união do homem com o Bem incriado, que é o fim último. “Só há um Sumo Bem, que é Deus, por cuja fruição nós somos felizes” [2]. São Tomás estabelece Deus como único objeto beatífico por meio de uma série de eliminações sucessivas: A beatitude não é incriada, não é substância, mas operação espiritual. Logo a beatitude não é uma operação sensível, ou seja, ela é um ato da inteligência e não da vontade. “A beatitude não consiste num ato da vontade, pois querer possuí-la não é tê-la” [3].
A beatitude significa a obtenção do Bem perfeito, logo quem quer que seja capaz de tal bem, pode alcançá-la. O homem pela atividade do intelecto pode inteligir que existe algo superior e que o beatifica, ele acredita que quando alcançar perfeitamente esse supino será feliz. Assim como o intelecto pode apreender o Bem universal e perfeito e a sua vontade pode apetecê-lo, conclui-se que o homem é capaz do Bem perfeito, logo pode alcançar a beatitude.
Porém a natureza intelectual excede a racional quanto ao modo de conhecer o universal, pois aquela apreende imediatamente a verdade, que a natureza racional alcança pela perquirição da razão. [...] Por onde, como a razão pode, movendo-se, alcançar aquilo que o intelecto apreende, conclui-se que a natureza racional pode alcançar a beatitude, que é a perfeição da natureza intelectual[4].
São Tomás de Aquilo expõe que a beatitude se manifesta de modo duplo no homem: Ela é perfeita e imperfeita. A beatitude é perfeita quando realiza a sua verdadeira essência. “A beatitude última e perfeita não pode estar senão na visão da Divina Essência” [5]. A beatitude verdadeira e perfeita se cumpre na comunhão da felicidade divina, compartilhada por aqueles que são animados por essa caridade-amizade.
O Aquinate diz que a beatitude como fim último é a passagem de um amor de cobiça a um amor de amizade (caritas), amor em que eu amo o bem mais que a mim mesmo e no qual se acha o desinteresse necessário a uma atitude moral. “A caridade torna-se, assim, a grande mola da moral tomista” [6].
A beatitude é imperfeita quando não realiza a sua verdadeira essência, mas apenas participa dela. Resumindo: A beatitude perfeita consiste na visão de Deus, e a imperfeita é aquela que conseguimos nesta vida. Com isso podemos afirmar que a beatitude imperfeita pode ser perdida, já a perfeita não, pois, diz São Tomás que, o homem pode passar da miséria (vida terrena) para a felicidade (vida eterna), mas não pode passar da felicidade à miséria [7].
Quanto aos bens externos São Tomás expõe que para a beatitude imperfeita eles servem como instrumentos para que a beatitude possa ser alcançada. Todavia para a beatitude perfeita esses bens não são necessários, já que na visão da essência divina esses instrumentos de nada serviriam.
Quem busca algo deve ter compreensão daquilo que está sendo buscado, senão não há motivação para buscá-lo. Logo a Beatitude exige que o homem tenha apreensão sobre ela. Todavia sabemos que a essência divina não pode ser compreendida pelo intelecto humano, pois o finito não engloba aquilo que é infinito. Porém a Beatitude, fim último no qual o homem se ordena, é um fim inteligível. São Tomás afirma que ela é inteligível em parte pelo intelecto e em parte pela vontade: Pelo intelecto enquanto nele preexiste um conhecimento imperfeito do fim e pela vontade, antes de tudo pelo amor (caritas), que é seu movimento para algum objeto e em segundo lugar pela relação real entre o amante e o amado.
Especificando melhor sobre a beatitude São Tomás de Aquino mostra, copiando a forma silogística de Aristóteles, o que não consiste a beatitude. Ela não versa nas riquezas, uma vez que estas foram feitas para serem gastadas e não acumuladas, sendo que o bem do homem consiste em conservar a beatitude ao invés de dissipá-la. A beatitude não consiste na honra, pois a honra não está em quem é honrado, mas em quem presta a honraria, e a beatitude está em quem é feliz. Ela não consiste na fama e na glória, já que estas podem ser falsas, e a beatitude é o verdadeiro bem do homem. Ela também não consiste no poder, pois este é soberanamente imperfeito e a beatitude é o bem perfeito.
A beatitude não consiste nos bens do corpo, pois por eles o homem é superado pelos animais, por exemplo, pelo leão, na força e pelo elefante, na longevidade de vida. Logo a beatitude não pode consistir nos bens do corpo porque por ela o ser humano é superior sobre todos os animais. Ela não consiste nos prazeres do corpo, e muito menos é um acidente deles, porque estes trazem uma felicidade momentânea e ainda mais tristeza como conseqüência, a beatitude não pode consistir nos prazeres corpóreos, uma vez que ela é a felicidade interminável. São Tomás diz que é impossível a beatitude consistir em algum bem criado porque eles não trazem uma felicidade universal e a beatitude é um bem universal. “Nada pode satisfazer a vontade do homem se não o bem universal” [8].
Por fim, quatro razões gerais podem ser aduzidas para mostrar que em nenhum dos sobreditos bens exteriores pode consistir a beatitude. E a primeira é que, sendo a beatitude o sumo bem do homem, não se compadece com nenhum mal; ora, todos os bens pré enumerados podem-se encontrar tanto nos bons como nos maus. A segunda razão é que, sendo da essência da beatitude bastar-se a si mesma, como se vê em Aristóteles, necessário é que, uma vez alcançada não falte nenhum bem necessário ao homem. [...] A terceira é a seguinte. Sendo a beatitude o bem perfeito, dela não pode provir nenhum mal para ninguém. Ora, isso não se dá com os referidos bens; pois, como diz a Escritura, as riquezas às vezes se conservam para mal de seu dono; e o mesmo se dá com as outras três espécies de bens. A quarta razão é a seguinte. O homem ordenando-se à beatitude naturalmente, ordena-se por princípios interiores; ora, os quatro bens aludidos provêm, antes, de causas exteriores. [...] Por onde é claro que de nenhum modo a beatitude neles consiste. [9]
A retidão da vontade é necessária para a beatitude tanto de modo antecedentemente como simultaneamente. Antecedentemente por que tal retidão supõe a ordem devida em relação ao fim último, ou seja, por que não consegue o fim sem antes estar para ele ordenado. Simultaneamente por que, como já se disse, a beatitude consiste na visão da essência divina, que é a essência mesma da bondade. Assim a vontade de quem vê a essência de Deus busca a beatitude porque está subordinado a ele. Todavia também busca a beatitude quem não vê a Deus, ou seja, quem não acredita nele, esses a buscam pela noção de bem comum.
Com isso o Aquinate quer mostrar que buscar a beatitude não é exclusividade de quem é cristão ou simplesmente teísta. Mas todos possuem e possibilidade de buscar a beatitude pela noção de bem comum, de fato buscar o bem é uma noção comum a todos. Portanto todo ser humano, agindo pela vontade e pelo intelecto, pode buscar a beatitude, pois tem em vista o bem comum.
A beatitude pode ser considerada de dupla luz. – Quanto à sua essência comum, e então necessariamente todo homem a quer. Pois, a essência comum da beatitude está em ser ela o bem perfeito, como já se disse. Ora, sendo o bem o objeto da vontade, o bem perfeito de alguém é o que lhe satisfaz totalmente à vontade. Por onde, desejar a beatitude não é senão desejar que a vontade seja saciada, o que todos querem. – De outro modo, podemos considerar a beatitude quanto à sua noção especial, isto é, quanto ao em que ela consiste. E então, nem todos a conhecem porque não sabem a que coisa convenha a essência comum dela. E, por conseguinte, nesta acepção nem todos a querem. [10]

[1] AQUINO. Suma teológica. I, II, 3, 1. pg. 1046.
[2] AQUINO. Suma teológica. I, II, 5, 2. pg. 1070.
[3] AQUINO. Suma teológica. I, II, 3, 4. pg. 1050.
[4] AQUINO. Suma teológica. I, II, 5, 1. pg. 1069.
[5] AQUINO. Suma teológica. I, II, 3, 8. pg. 1057.
[6] CANTO-SPERBER, Monique. Dicionário de ética e filosofia moral. v.2. São Leopoldo, RS: Unisinos, 2003. pg. 708.
[7] Cf. AQUINO. Suma teológica. I, II, 5, 4. pg. 1073.
[8] AQUINO. Suma teológica. I, II, 2, 8. pg. 1045.
[9] AQUINO. Suma teológica. I, II, 2, 5. pg. 1040.
[10] AQUINO. Suma teológica. I, II, 5, 8. pg. 1079.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Sugestoes Liturgicas para o mes de Setembro

24º Domingo do tempo comum
13-14 de Setembro
Exaltação da Santa Cruz.

Leituras: Números 21; Salmo 77(78); Filipenses 2; João 3, 13-17.

Celebramos a Exaltação da Santa Cruz. Desde o séc. IV no Oriente e o séc. VII no Ocidente o povo cristão celebra o triunfo da cruz, instrumento e sinal da nossa salvação. Exaltamo-la como sinal que manifesta, para sempre e para todos, o amor de Deus por nós, levado até as ultimas conseqüências por Jesus na entrega total de sua vida.

Sugestões para a Celebração:

Ø Trazer na procissão de entrada uma cruz enfeitada com flores ou pano vermelho e coloca-la em lugar de destaque.
Ø O canto de entrada deve expressar a exaltação da cruz.
Ø O sinal da cruz no início da celebração pode ser cantado.
Ø Depois da reflexão pode se fazer o rito do beijo da cruz, como na sexta-feira da Semana santa.

Lembrete: Amanhã, dia 15, celebra-se a memória de Nossa Senhora das dores. Pode-se fazer depois da comunhão a entrada da imagem dela (se tiver).



25º Domingo do Tempo Comum.
20-21 de Setembro

Leituras: Isaias 55; Salmo 144(145) Filipenses 1; Mateus 20, 1-16 (Operários da Vinha).

Hoje o Pai, o mais justo e bom “patrão”, nos chama a viver o sentido profundo de sua aliança selada em Jesus Cristo, por sua morte e ressurreição. Essa Aliança é dom (presente) gratuito de seu amor para conosco.
Segunda-feira começa a primavera. Toda a natureza brota exuberante, sinalizando a força da vida gerada no período sombrio do inverno.

Sugestões para a Celebração:

Ø Desde o início da celebração, manifestar, por meio de uma acolhida pessoal e muito carinhosa, a bondade gratuita de Deus.
Ø Continuar fazendo a procissão de entrada da bíblia, hoje dando destaque especial com mais flores.
Ø Fazer um instante de silêncio após a reflexão para que a assembléia possa meditar no amor misericordioso de Deus e sobre nossa acolhida aos necessitados.
Ø Enfeitar a capela com flores, lembrando o inicio da primavera, depois da comunhão pode-se ler uma mensagem sobre essa estação (como a mensagem da pagina 2 do Jornal da Paróquia deste mês),
Ø Fazer um cartaz com desenho de flores ou algo que lembre a primavera. Ou ainda distribuir uma flor ao final da celebração.


Lembrete: Este é o terceiro sábado, portanto dia de Missa.
Avisar sobre a novena de São Benedito.
Neste domingo começa a semana bíblica.
Pedir para as pessoas trazerem suas bíblias na celebração da semana que vem.



26º Domingo do Tempo Comum.
27-28 de Setembro.
Dia da Bíblia (dia 30).

Leituras: Ezequiel 18; Salmo 24(25); Filipenses 2, 1-11; Mateus 21, 28-32 (Os dois filhos).

Comemoramos hoje o dia da bíblia. Nós católicos celebramos esse dia procurando viver o discipulado, obedientes a Palavra de Deus. “A palavra de Deus é lâmpada para os meus passos e luz no meu caminho” (Salmo 118).

Sugestões para a Celebração:

Ø Dar maior destaque à mesa da Palavra.
Ø Fazer a procissão de entrada da bíblia com todas as bíblias trazidas pela assembléia. Cada um pode entrar com a sua e depois elas ficam todas expostas próximas à mesa da Palavra.
Ø Na profissão de fé a assembléia estende a mão direita em direção à mesa da Palavra e renova sua adesão à Palavra proclamada, medita e aceita. Uma pessoa pode erguer a Bíblia neste momento.

Lembrete: Encerramento da semana bíblica.
Avisar sobre a novena e festa de São Benedito.

Funções dos coroinhas e dos acólitos

Ø Coroinha:

Menino ou rapaz que, nas igrejas, exerce o papel de acólito nas funções litúrgicas. Ajuda na celebração da Santa Missa e nos demais atos litúrgicos, como casamentos, batizados, procissões etc. Somente em algumas dioceses o senhor Bispo autoriza que as meninas exerçam a função de coroinha.

Ø Acólito:

É o ministro que acompanha e serve o celebrante dos atos litúrgicos. O Acolitato é um ministério instituído.

“O acolito é instituído para servir ao altar e auxiliar o sacerdote e o diácono. Compete-lhe principalmente preparar o altar e os vasos sagrados, bem como distribuir aos fiéis a Eucaristia, da qual é ministro extraordinário.” (IGMR 65). Trata-se do acólito como ministério concedido pelo Bispo.

Os ofícios são diversos convém distribuir anteriormente as funções entre si ou se houver poucos acólitos, outros ministros podem exercer algumas de suas funções. Por exemplo: há algumas funções que inicialmente pertencem aos acólitos, mas são exercidas pelos ministros extraordinários da comunhão, ou pelo sacristão, etc.


Os ofícios do acólito, segundo a Introdução Geral sobre o Missal Romano (IGMR 142-147).

RITOS INICIAIS:
Ø Na procissão de entrada, o acólito pode levar a cruz e as velas acesas. Ou seja, exercer as funções de Cruciferário e Ceriferários.
Ø Exercer a função de Librífero.
Ø Deve ocupar um lugar do qual possa cumprir comodamente o seu ministério, pode sentar-se junto ao altar, no presbitério ou na cadeira ao lado do sacerdote.

LITURGIA EUCARÍSTICA:
Ø Não havendo diácono, depois da Oração da Assembléia, o acólito põe sobre o altar o corporal, o cálice, o sanguíneo, as âmbulas e o missal.
Ø Pode ajudar o sacerdote a receber a oferendas.
Ø Usando-se incenso, apresenta ao sacerdote o turíbulo e o auxilia na incensação das oferendas e do altar. Ou seja, o acólito pode exercer as funções de Turiferário e Naveturário.
Ø Não havendo diácono, pode o acólito incensar o sacerdote e o povo.
Ø Auxiliar o sacerdote no rito do lavabo.
Ø Pode ajudar o sacerdote a distribuir a comunhão, pois o acólito é um ministro extraordinário.
Ø Se a comunhão for distribuída sobre duas espécies pode segurar o cálice ou a âmbula. Ou ainda a patena.
Ø Terminada a comunhão ajuda o sacerdote ou o diácono a purificar e arrumar os vasos sagrados na credência.
Ø Ajudar o sacerdote ou o diácono em outras coisas necessárias.


O coroinha não é um enfeite, mas alguém que, servindo o altar com amor
e responsabilidade, está fazendo crescer a comunidade.
Seminarista Marcio Canteli.

Liturgia

As cores litúrgicas sempre estarão presentes na toalha do altar, da credência e do ambão e sobre tudo nas vestes litúrgicas.

O BRANCO: Simboliza a vitória, a paz, a alma pura, a alegria. Usa-se: na Quinta-feira Santa, na Vigília Pascal do Sábado Santo, em todo o Tempo Pascal, no Natal, no Tempo do Natal, nas festas dos santos (quando não mártires) e nas festas do Senhor (exceto as da Paixão). É a cor predominante da ressurreição.

O VERMELHO: Simboliza o fogo, o sangue, o amor divino, o martírio. É usado: no Domingo
De Ramos e da Paixão, na Sexta-Feira da Paixão, no Domingo de Pentecostes, nas festas dos apóstolos, dos santos mártires e dos evangelistas.

O VERDE: É a cor da esperança. Usa-se no Tempo Comum. (Quando no Tempo Comum se celebra uma festa do Senhor ou dos santos, usa-se então a cor da festa).

O ROXO: Simboliza a penitência. Usa-se no Tempo do Advento e da Quaresma. Pode-se também usar nos ofícios e missas pelos mortos. (Quanto ao Advento, está havendo uma tendência a se usar o violeta, em vez do roxo, para distingui-lo da Quaresma, pois Advento é tempo de feliz expectativa e de esperança, num viver sóbrio, e não de penitência, como a Quaresma).

O PRETO: É uma cor pouco usada, porém ela é símbolo de luto. Pode ser usado nas missas pelos mortos, mas nessas celebrações pode-se usar também o branco, dando-se então ênfase não à dor, mas à ressurreição.

O ROSA ou ROSEO: Simboliza também a alegria. Pode ser usado no 3º Domingo do Advento, chamado "Gaudete”, e no 4º Domingo da Quaresma, chamado aqui "Laetare", ambos os domingos da alegria.

Ø OUTROS SÍMBOLOS LITÚRGICOS.

IHS: Iniciais das palavras latinas “Iesus Hominum Salvator”, que significam: Jesus Salvador dos Homens. São encontradas sempre nos paramentos litúrgicos, nas portas de sacrário e nas hóstias.

ALFA (Α) E ÔMEGA (Ω): Primeira e última letra do alfabeto grego. No Cristianismo aplicam-se a Cristo, princípio e fim de todas as coisas.

TRIÂNGULO: Com seus três ângulos iguais, o triângulo simboliza a Santíssima Trindade.

INRI: São as iniciais das palavras latinas “Iesus Nazarenus Rex Iudaerum”, que querem dizer: Jesus Nazareno Rei dos Judeus, colocadas por Pilatos na crucifixão de Jesus (Cf. Jo 19,19).

XP: Estas letras, do alfabeto grego, correspondem em português ao “C” e ao “R”. Quando elas aparecem juntas (uma sobre a outra), formam as iniciais da palavra CRISTÓS (Cristo).

Elaborado pelo Seminarista Marcio Canteli.

Citações biblicas

Mc 11,20-26: Fé que move montanhas.
Lc 4,1-13: JC supera as tentações.
Lc 6,46-49: Casa sobre a rocha.
Lc 10,30-37: Bom samaritano.
Lc 11,5-13: Perseverar na oração.
Lc 12,22-34: Buscai primeiro...
Lc 15,3-10: Ovelha perdida.
Rm 8,28-30: Tudo concorre para o bem.
Rm 12,9-18: Relações humanas cristã.
Rm 13,8-10: Amor ao próximo.
Rm 15,1-6: Suportar a fraqueza dos outros.
I Cor 4,16-5,8: Morte e vida eterna.
I Cor 12,12-22: Um corpo, muitos membros.
I Cor 13,3-10.13: Hino ao amor.
II Cor 4,16-18: Tribulação é momentânea.
Ef 4,1-6: Unidade na adversidade.
Ef 6,10-20: Armadura de Deus.
I Tes 3,11-13: Viver o amor e a Santidade.
II Tim 13,14-17: Sagradas Escrituras é útil.
Heb 4,15-16: JC compadece de nossas fraq.
Heb 12,1-3: Perseverança, olhos fixos JC.
Tiago 2,14-18: Fé sem obras é morta.
Tiago 5,7-11: Paciência e perseverança.
I Ped 5,5-11: Perseverança na fé.
I Jo 1,5-7: Estar em comunhão com Deus.
I Jo 2,15-17: Não amem o mundo.
Slm 27(26) 1-6: Confiança
Slm 118(119) 1-8: Palavra de Deus.

Minhas Oraçoes Diárias

Orações da Manhã

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Bendito sejais meu Deus, porque ainda me conservais a vida. Fazei Senhor, que seja só para vos servir.

Glória vos seja dada, ó Trindade Santíssima, por mim e por todas as criaturas, agora e por todos os séculos. Amém.

Adoro-vos ó meu Deus e vos agradeço os inúmeros benefícios que me tendes feito, especialmente o de me terdes guardado esta noite, e conservado a vida até este dia. Prometo servir-vos e não mais vos ofender, nem hoje nem dia algum da minha vida.

Quero Senhor, emendar-me dos defeitos em que costumo cair muitas vezes, e fugir de todas as ocasiões de pecar. Ó meu Deus, concedei-me a graça de cumprir este propósito de viver até à morte na vossa graça e no vosso santo amor.

Bendito, louvado e adorado seja o Santíssimo Sacramento do altar. Bendita e louvada a puríssima Conceição da bem-aventurada Virgem Maria, concebida em graça e sem mancha do pecado original, desde o primeiro instante do seu ser. Amém.

Ave Maria
Oferecimento do dia

Deus, nosso Pai, eu te ofereço todo o dia de hoje: minhas orações e obras, meus pensamentos e palavras, minhas alegrias e sofrimentos, em reparação de nossas ofensas, em união com o Coração de teu Filho Jesus, que continua a oferecer-se a Ti, na Eucaristia, pela salvação o mundo. Que o Espírito Santo, que guiou a Jesus, seja meu guia e meu amparo neste dia, para que eu possa ser testemunha do teu amor. Com Maria, Mãe e Jesus e da Igreja, rezo especialmente pelas intenções do Santo Padre para este mês:

Atos de Fé, Esperança e Caridade.

Meu Deus, creio em vós, e em tudo o que revelastes, porque sois a suma verdade.
Espero em vós, porque sois infinitamente misericordioso.
Amo-vos, porque sois infinitamente bom e amável; e por amor de vós amo o meu próximo como a mim mesmo.

Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, guarda, governa e ilumina. Amém.

Glória ao Pai.


Orações da Noite

Pelo sinal da santa Cruz, livrai-nos Deus e nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Meu Deus, meu Pai e Criador. Eu vos adoro e reverencio de todo o meu coração. Dou-vos infinitas graças por me terdes criado, feito cristão e conservado neste dia.

Creio em vós, porque sois a mesma verdade. Espero em vós, porque sois fiel às vossas promessas. Amo-vos de todo o meu coração, porque sois infinitamente bom e amável. E amo o meu próximo como a mim mesmo, por amor de vós.

Colóquio e Exame de consciência.

Ato de contrição
Senhor, meu Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro, Criador e Redentor meu, por serdes vós quem sois, sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, porque vos amo e estimo, pesa-me, Senhor, de todo o meu coração de vos ter ofendido e proponho firmemente, ajudado com os auxílios da vossa divina graça, emendar-me e não mais vos tornar a ofender e espero alcançar o perdão das minhas culpas, pela vossa infinita misericórdia. Amém.
Súplicas

Dignai-vos Senhor, conservar-me esta noite sem pecado; abençoai o descanso que vou tomar a fim de reparar as forças para vos servir melhor e com fervor amanha.

Corações santíssimos de Jesus e Maria, entrego-vos nesta noite minha alma e o meu corpo, para que em vós descansem tranqüilamente.

Consagração a Nossa Senhora

Ó minha senhora e minha mãe, eu me ofereço todo a vós e em prova da minha devoção para convosco vos consagro neste dia os meus olhos, meus ouvidos, minha boca, meu coração e inteiramente todo o meu ser, e porque assim sou vosso, ó incomparável Mãe, guardai-me e defendei-me como coisa e propriedade vossa. Amém.

Pelas almas do purgatório.

V. Dai-lhes, Senhor, o eterno descanso.
R. Entre os resplendores da luz perpétua.
V. Descansem em paz.
R. Amém.

Glória ao Pai.

A Santa Missa - Parte por parte

A Santa Missa

Ritos Iniciais
Compõe a comunidade introduzindo-a no mistério a ser celebrado. Esse rito prepara nossos corações para a mesa da Palavra e da Eucaristia.
O Canto de entrada dá início à celebração, sua função é favorecer a união dos fiéis em assembléia e acompanhar a procissão do sacerdote e dos ministros, essa procissão, por sua vez representa a caminhada do povo rumo a Deus. Ao chegar ao altar o sacerdote beija-o como que se estivesse apontando onde estará o Cristo-Eucarístico (Cf. Marcos 14, 44). Na verdade o altar é o próprio Cristo e o sacerdote beija-o saudando.
Em seguida traçamos sobre nós o Sinal da cruz que é o sinal do cristão, mostra que estamos reunidos em nome da Santíssima Trindade para celebrar. O sacerdote introduz a Missa do dia e saúda a assembléia com uma fórmula que se encontra em Efésios 1,2 e respondemos bendizendo a Deus que nos reúne em seu amor.
O Ato penitencial nos prepara para a escuta da Palavra e para Eucaristia, é uma sincera atitude interior de reconhecimento da nossa fraqueza e um apelo ao amor misericordioso do Cristo, por isso requer uma conveniente pausa de silêncio. Esse Ato não substitui o sacramento da confissão e é feito em nome da Trindade: Senhor tende piedade se referente à Deus-Pai, Cristo tende piedade ao Deus-Filho e o Senhor tende piedade a Deus-Espírito Santo. Pode ser finalizado com um canto penitencial.
O Glória é um hino antiqüíssimo com o qual a Igreja manifesta seu louvor, adoração e súplica ao Cristo, e por ele ao Pai e ao Espírito. Deve ser fiel a letra tradicional e pode ser cantado ou recitado.
Em seguida o sacerdote convida todo o povo a orar e num instante de silencio fazemos em nosso íntimo uma oração pessoal apresentando nossas intenções. O sacerdote prossegue com a oração chamada Oração do dia ou Coleta, pois é como se ele estivesse recolhendo nossos pedidos e apresentando a Deus-Pai, por Cristo, no Espírito Santo. O povo manifestando sua concordância responde Amém, que significa “assim seja”.

Liturgia da Palavra
É um elemento importantíssimo da celebração, pois é o próprio Deus que fala quando se lêem as Escrituras. As leituras oferecem aos fiéis a mesa da Palavra de Deus e abrem-lhes os tesouros da Bíblia, por isso elas devem ser ouvidas por todos com veneração. Ficamos sentados, pois essa é uma posição que favorece a escuta e a atenção. A liturgia da palavra é um momento de dialogo entre Deus e o povo.
A 1ª leitura normalmente é retirada do Antigo Testamento, exceto na Páscoa quando se lê os Atos dos Apóstolos. Essa leitura deve ser interpretada à luz do Evangelho, pois se relaciona com ele. O Salmo é uma resposta orante e poética à 1ª Leitura, ele favorece a meditação dessa leitura, por isso deve ser cantado, ao menos o refrão. A 2ª Leitura é do Novo Testamento, como as cartas de S.Paulo, e tem um caráter prático. Em seguida temos a Aclamação ao Evangelho como sinal da nossa alegria e saudação em receber o Senhor que vai falar. Cantamos o Aleluia que significa “louvai o Senhor”, fazemos o sinal da cruz na testa para que o Senhor abra a nossa mente para compreendermos o Evangelho, nos Lábios para que anunciemos o que vamos ouvir e no peito para que guardemos no coração a Palavra de Deus.
No Evangelho é o próprio Cristo que fala, por isso ficamos em pé disponíveis para ouvi-lo. É proclamado algum trecho sobre a vida de Jesus para que possamos imitá-lo. Na seqüência temos a Homilia, palavra que significa “conversa em família”. O sacerdote busca atualizar a palavra de Deus interpretando as leituras no contexto atual. A oração do Creio ou Profissão de fé é a resposta de fé da comunidade à palavra proclamada, explicada e meditada. Essa oração recorda e afirma os grandes mistérios da fé, nós a rezamos com o intuito de renovar nossos compromissos com Deus assumidos no Batismo.
Na Oração da assembléia ou prece dos fiéis a palavra se faz oração. Esse é o momento onde o povo exerce sua função sacerdotal pedindo ou suplicando a Deus pelas necessidades de toda a Igreja e pela salvação do mundo inteiro.

Liturgia Eucarística
É o momento em que a Palavra se faz Eucaristia, que quer dizer “ação de graças”. Consiste essencialmente na ceia sacrifical que, sob os sinais do pão e do vinho, perpetua no altar o sacrifício pascal de Cristo Senhor.
No ofertório os fiéis, num sentido de oferecimento, levam ao altar em procissão o pão e o vinho para serem consagrados. O Vinho era uma bebida típica no tempo de Jesus, representa a alegria, pois era consumida nas festas, mas também o sofrimento, pois a uva precisa ser pisada para se tornar vinho. A hóstia representa o pão ázimo (sem fermento) e recorda o Maná enviado por Deus ao povo de Israel no deserto. O sacerdote coloca uma gota de água no vinho, não para ficar fraco, mas no sentido de unir a natureza humana (água) à divindade de Cristo (vinho consagrado), Dizia São Cipriano: “Se houver apenas água sem vinho, nós estamos sozinhos, sem Cristo. E se houver só vinho sem água estaria Cristo sozinho sem nós”. Prosseguindo o rito do ofertório o sacerdote em silêncio faz uma oração de agradecimento e de apresentação das oferendas a Deus e lava as mãos com o sentido de purificação exterior e interior (espiritual). Conclui-se esse rito com a anáfora ou oração sobre as oferendas no sentido de ação de graças e consagração.
No ofertório também são recebidos dinheiro ou outros donativos para atender as necessidades dos pobres e da Igreja em geral. Na coleta não é a quantidade que importa, mas o seu sentido de dar sem retribuição. Com esse gesto concreto estamos imitando a Cristo que se entregou a si mesmo em favor dos outros.
Oração Eucarística, centro e ápice de toda a celebração, inicia-se com o diálogo do Prefácio elevando o coração ao Senhor damos graças à Santíssima Trindade por todas as maravilhas do seu amor, geralmente o prefácio está ligado ao tema da celebração e tem a intenção de fazer a ligação entre a mesa da palavra e a mesa da Eucaristia. Em seguida toda a assembléia canta ou recita o Santo, um antigo canto que une a Igreja terrestre (povo) com a Igreja celeste (anjos) para louvar o Deus três vezes santo (Cf. Ap. 4, 8 e Mc. 11, 9-10).
Rezando a Epíclese, que significa “chamado do alto”, e traçando as mãos sobre as oferendas o sacerdote pede ao Pai que o Espírito Santo transforme o pão e o vinho em corpo e sangue de Jesus Cristo. Todos se ajoelham em sinal de respeito e adoração. Olhando para o altar acompanhamos o Relato da instituição e a Consagração quando o sacerdote reproduz as mesmas palavras e o mesmo gesto de Jesus na última ceia (Cf. Mt 26, 26-29). “A força das palavras e da ação de Cristo e o poder do Espírito Santo tornam o pão e o vinho em Corpo e Sangre de Cristo Jesus” (CIC 1353).
Cumprindo a ordem recebida do Cristo Senhor, por meio dos apóstolos o sacerdote reza a Anamnese que faz memória da paixão, ressurreição e volta gloriosa de Cristo Jesus. Na Oblação pedimos que se realize naqueles que comungam a união perfeita “num só corpo e espírito”. erfeita num sao a e aos santos;itossao do seu amor.a Igreja, esse gesto caridosoinha Seguem-se as intercessões: pela Igreja (Papa, Bispo, ministros), pelos fiéis vivos e falecidos, à Virgem Maria e aos santos. Essas orações mostram que a eucaristia é celebrada em comunhão com toda a Igreja, tanto a celeste como a terrestre.
A Doxologia (Por, com e em Cristo) mostra que tudo que celebramos está unido a Cristo, ao Pai no Espírito Santo. Confirmando todas as preces da oração eucarística o povo responde solenemente com o Amém.
Antes de comungar devemos saber o que significa seguir os passos de Jesus, por isso rezamos o Pai-nosso que é um verdadeiro programa de vida. Ele é rezado sem o amém, pois tem uma continuação chamada embolismo que inclui o pedido de libertação do mal, dos pecados, dos perigos e um pedido de paz e de unidade. Damos o Abraço da paz por que antes de comungar devemos estar em paz com todos. O Cordeiro de Deus lembra a pregação de João (Cf. João 1, 29). Enquanto rezamos o sacerdote realiza a Fração do pão ele divide o pão que depois será partilhado em sinal de unidade e fraternidade mostrando que embora sendo muitos nos tornamos um só corpo comungando a um mesmo pão da vida, que é Cristo (Cf. I Cor 10,17) Ele coloca um pedaço do pão no cálice com o vinho para mostrar que o corpo e o sangre de Cristo estão unidos. Dizendo: “felizes os convidados para a ceia do Senhor” o sacerdote nos Convida à comunhão, nós respondemos com uma oração que demonstra humildade e uma profunda fé em Cristo Jesus (Cf. Mateus 8, 8).
Por fim chegamos a Comunhão o momento em que fazemos a nossa “comum união” com o próprio Cristo vivo e presente na Eucaristia. Ao receber a hóstia consagrada respondemos Amém em sinal de concordância. De joelhos fazemos a nossa oração pessoal de louvor, agradecimento, adoração ou súplica. O Sacerdote reza a Oração depois da comunhão em tom de agradecimento e implorando, a Deus Pai, os frutos do mistério celebrado.

Ritos finais
Inclinamos ligeiramente a cabeça e recebemos a Benção final. Em tom fraternal o sacerdote faz a Despedida exortando toda a comunidade a testemunhar com a vida a realidade celebrada. Inicia-se a Procissão de saída, por ela lembramos que Cristo caminha conosco no dia-a-dia, ou seja, nós não saímos da presença de Deus, pois levamo-lo dentro de nós. Termina-se a Missa, contudo, fortalecidos e encorajados, começa a nossa missão.
Elaborado pelo seminarista Marcio Canteli da Diocese de Bragança Paulista.

Oi!!! :-)

Eu sou o seminarista Marcio Canteli e nao poderia deixar de ter tambem o meu blog