A Santa Missa
Ritos Iniciais
Compõe a comunidade introduzindo-a no mistério a ser celebrado. Esse rito prepara nossos corações para a mesa da Palavra e da Eucaristia.
O Canto de entrada dá início à celebração, sua função é favorecer a união dos fiéis em assembléia e acompanhar a procissão do sacerdote e dos ministros, essa procissão, por sua vez representa a caminhada do povo rumo a Deus. Ao chegar ao altar o sacerdote beija-o como que se estivesse apontando onde estará o Cristo-Eucarístico (Cf. Marcos 14, 44). Na verdade o altar é o próprio Cristo e o sacerdote beija-o saudando.
Em seguida traçamos sobre nós o Sinal da cruz que é o sinal do cristão, mostra que estamos reunidos em nome da Santíssima Trindade para celebrar. O sacerdote introduz a Missa do dia e saúda a assembléia com uma fórmula que se encontra em Efésios 1,2 e respondemos bendizendo a Deus que nos reúne em seu amor.
O Ato penitencial nos prepara para a escuta da Palavra e para Eucaristia, é uma sincera atitude interior de reconhecimento da nossa fraqueza e um apelo ao amor misericordioso do Cristo, por isso requer uma conveniente pausa de silêncio. Esse Ato não substitui o sacramento da confissão e é feito em nome da Trindade: Senhor tende piedade se referente à Deus-Pai, Cristo tende piedade ao Deus-Filho e o Senhor tende piedade a Deus-Espírito Santo. Pode ser finalizado com um canto penitencial.
O Glória é um hino antiqüíssimo com o qual a Igreja manifesta seu louvor, adoração e súplica ao Cristo, e por ele ao Pai e ao Espírito. Deve ser fiel a letra tradicional e pode ser cantado ou recitado.
Em seguida o sacerdote convida todo o povo a orar e num instante de silencio fazemos em nosso íntimo uma oração pessoal apresentando nossas intenções. O sacerdote prossegue com a oração chamada Oração do dia ou Coleta, pois é como se ele estivesse recolhendo nossos pedidos e apresentando a Deus-Pai, por Cristo, no Espírito Santo. O povo manifestando sua concordância responde Amém, que significa “assim seja”.
Liturgia da Palavra
É um elemento importantíssimo da celebração, pois é o próprio Deus que fala quando se lêem as Escrituras. As leituras oferecem aos fiéis a mesa da Palavra de Deus e abrem-lhes os tesouros da Bíblia, por isso elas devem ser ouvidas por todos com veneração. Ficamos sentados, pois essa é uma posição que favorece a escuta e a atenção. A liturgia da palavra é um momento de dialogo entre Deus e o povo.
A 1ª leitura normalmente é retirada do Antigo Testamento, exceto na Páscoa quando se lê os Atos dos Apóstolos. Essa leitura deve ser interpretada à luz do Evangelho, pois se relaciona com ele. O Salmo é uma resposta orante e poética à 1ª Leitura, ele favorece a meditação dessa leitura, por isso deve ser cantado, ao menos o refrão. A 2ª Leitura é do Novo Testamento, como as cartas de S.Paulo, e tem um caráter prático. Em seguida temos a Aclamação ao Evangelho como sinal da nossa alegria e saudação em receber o Senhor que vai falar. Cantamos o Aleluia que significa “louvai o Senhor”, fazemos o sinal da cruz na testa para que o Senhor abra a nossa mente para compreendermos o Evangelho, nos Lábios para que anunciemos o que vamos ouvir e no peito para que guardemos no coração a Palavra de Deus.
No Evangelho é o próprio Cristo que fala, por isso ficamos em pé disponíveis para ouvi-lo. É proclamado algum trecho sobre a vida de Jesus para que possamos imitá-lo. Na seqüência temos a Homilia, palavra que significa “conversa em família”. O sacerdote busca atualizar a palavra de Deus interpretando as leituras no contexto atual. A oração do Creio ou Profissão de fé é a resposta de fé da comunidade à palavra proclamada, explicada e meditada. Essa oração recorda e afirma os grandes mistérios da fé, nós a rezamos com o intuito de renovar nossos compromissos com Deus assumidos no Batismo.
Na Oração da assembléia ou prece dos fiéis a palavra se faz oração. Esse é o momento onde o povo exerce sua função sacerdotal pedindo ou suplicando a Deus pelas necessidades de toda a Igreja e pela salvação do mundo inteiro.
Liturgia Eucarística
É o momento em que a Palavra se faz Eucaristia, que quer dizer “ação de graças”. Consiste essencialmente na ceia sacrifical que, sob os sinais do pão e do vinho, perpetua no altar o sacrifício pascal de Cristo Senhor.
No ofertório os fiéis, num sentido de oferecimento, levam ao altar em procissão o pão e o vinho para serem consagrados. O Vinho era uma bebida típica no tempo de Jesus, representa a alegria, pois era consumida nas festas, mas também o sofrimento, pois a uva precisa ser pisada para se tornar vinho. A hóstia representa o pão ázimo (sem fermento) e recorda o Maná enviado por Deus ao povo de Israel no deserto. O sacerdote coloca uma gota de água no vinho, não para ficar fraco, mas no sentido de unir a natureza humana (água) à divindade de Cristo (vinho consagrado), Dizia São Cipriano: “Se houver apenas água sem vinho, nós estamos sozinhos, sem Cristo. E se houver só vinho sem água estaria Cristo sozinho sem nós”. Prosseguindo o rito do ofertório o sacerdote em silêncio faz uma oração de agradecimento e de apresentação das oferendas a Deus e lava as mãos com o sentido de purificação exterior e interior (espiritual). Conclui-se esse rito com a anáfora ou oração sobre as oferendas no sentido de ação de graças e consagração.
No ofertório também são recebidos dinheiro ou outros donativos para atender as necessidades dos pobres e da Igreja em geral. Na coleta não é a quantidade que importa, mas o seu sentido de dar sem retribuição. Com esse gesto concreto estamos imitando a Cristo que se entregou a si mesmo em favor dos outros.
Oração Eucarística, centro e ápice de toda a celebração, inicia-se com o diálogo do Prefácio elevando o coração ao Senhor damos graças à Santíssima Trindade por todas as maravilhas do seu amor, geralmente o prefácio está ligado ao tema da celebração e tem a intenção de fazer a ligação entre a mesa da palavra e a mesa da Eucaristia. Em seguida toda a assembléia canta ou recita o Santo, um antigo canto que une a Igreja terrestre (povo) com a Igreja celeste (anjos) para louvar o Deus três vezes santo (Cf. Ap. 4, 8 e Mc. 11, 9-10).
Rezando a Epíclese, que significa “chamado do alto”, e traçando as mãos sobre as oferendas o sacerdote pede ao Pai que o Espírito Santo transforme o pão e o vinho em corpo e sangue de Jesus Cristo. Todos se ajoelham em sinal de respeito e adoração. Olhando para o altar acompanhamos o Relato da instituição e a Consagração quando o sacerdote reproduz as mesmas palavras e o mesmo gesto de Jesus na última ceia (Cf. Mt 26, 26-29). “A força das palavras e da ação de Cristo e o poder do Espírito Santo tornam o pão e o vinho em Corpo e Sangre de Cristo Jesus” (CIC 1353).
Cumprindo a ordem recebida do Cristo Senhor, por meio dos apóstolos o sacerdote reza a Anamnese que faz memória da paixão, ressurreição e volta gloriosa de Cristo Jesus. Na Oblação pedimos que se realize naqueles que comungam a união perfeita “num só corpo e espírito”. erfeita num sao a e aos santos;itossao do seu amor.a Igreja, esse gesto caridosoinha Seguem-se as intercessões: pela Igreja (Papa, Bispo, ministros), pelos fiéis vivos e falecidos, à Virgem Maria e aos santos. Essas orações mostram que a eucaristia é celebrada em comunhão com toda a Igreja, tanto a celeste como a terrestre.
A Doxologia (Por, com e em Cristo) mostra que tudo que celebramos está unido a Cristo, ao Pai no Espírito Santo. Confirmando todas as preces da oração eucarística o povo responde solenemente com o Amém.
Antes de comungar devemos saber o que significa seguir os passos de Jesus, por isso rezamos o Pai-nosso que é um verdadeiro programa de vida. Ele é rezado sem o amém, pois tem uma continuação chamada embolismo que inclui o pedido de libertação do mal, dos pecados, dos perigos e um pedido de paz e de unidade. Damos o Abraço da paz por que antes de comungar devemos estar em paz com todos. O Cordeiro de Deus lembra a pregação de João (Cf. João 1, 29). Enquanto rezamos o sacerdote realiza a Fração do pão ele divide o pão que depois será partilhado em sinal de unidade e fraternidade mostrando que embora sendo muitos nos tornamos um só corpo comungando a um mesmo pão da vida, que é Cristo (Cf. I Cor 10,17) Ele coloca um pedaço do pão no cálice com o vinho para mostrar que o corpo e o sangre de Cristo estão unidos. Dizendo: “felizes os convidados para a ceia do Senhor” o sacerdote nos Convida à comunhão, nós respondemos com uma oração que demonstra humildade e uma profunda fé em Cristo Jesus (Cf. Mateus 8, 8).
Por fim chegamos a Comunhão o momento em que fazemos a nossa “comum união” com o próprio Cristo vivo e presente na Eucaristia. Ao receber a hóstia consagrada respondemos Amém em sinal de concordância. De joelhos fazemos a nossa oração pessoal de louvor, agradecimento, adoração ou súplica. O Sacerdote reza a Oração depois da comunhão em tom de agradecimento e implorando, a Deus Pai, os frutos do mistério celebrado.
Ritos finais
Inclinamos ligeiramente a cabeça e recebemos a Benção final. Em tom fraternal o sacerdote faz a Despedida exortando toda a comunidade a testemunhar com a vida a realidade celebrada. Inicia-se a Procissão de saída, por ela lembramos que Cristo caminha conosco no dia-a-dia, ou seja, nós não saímos da presença de Deus, pois levamo-lo dentro de nós. Termina-se a Missa, contudo, fortalecidos e encorajados, começa a nossa missão.
Elaborado pelo seminarista Marcio Canteli da Diocese de Bragança Paulista.
Um comentário:
É CANTELI, ACHO QUE EU VOU UTILIZAR O CONTEÚDO DO SEU BLOG PARA DAR FORMÇÃO PARA OS COROINHAS AQUI DA PARÓQUIA, VOCÊ ME AUTORIZA?
FORTE ABRAÇO, SAUDADES MEU AMIGO
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