Os magos no Evangelho de Mateus designam homens sábios ou homens da ciência. Eles conheciam as Sagradas Escrituras (Cf. Mt 2, 5-6) e a astronomia, por isso seguiram com precisão o movimento da estrela nos céus (Cf. Mt 2, 7). Os magos do Evangelho de Mateus eram astrônomos e astrólogos, ou seja, eram os cientistas daquele tempo. De certa forma não foi pela fé, nem pela religião, e sim pela razão e pela ciência que eles chegaram até Jesus.
Na tradição católica a visita à manjedoura de Belém por “uns magos do Oriente” foi tornando-se uma visitação feita por reis. Os reis sempre tiveram uma reputação melhor que a dos cientistas e também favoreciam as ciências. Por isso, já a partir do século III, os magos viraram reis, com coroa e tudo.
O numero de três magos terá sido influenciado ou deduzido pelo numero dos três presentes oferecidos. São Beda, o Venerável considera-os representantes da Europa, Ásia e áfrica, os três continentes até então conhecidos naquele tempo.
- Os três presentes: ouro, incenso e mirra.
O Ouro representa a natureza real por ser um presente tradicionalmente oferecido a reis; o Incenso representa a natureza divina de Jesus por ser usado nos cultos aos deuses e a Mirra evoca o sofrimento e a morte futura de Jesus por ser um elemento usado para embalsamar os mortos.
- Melchior, Baltazar e Gaspar
Esses nomes surgiram a partir do século VIII. Melchior (melech-or) significa “rei da luz”, Baltazar (Baal-otsar) “senhor do tesouro” e Gaspar (gisbar) “o tesoureiro”. Melchior, o rei mago moreno, teria trazido o incenso; Baltazar, o negro, presenteou Jesus com a mirra e Gaspar, o rei mago branco, o ouro.
Referências
Evaristo Eduardo de Miranda. Livro: Guia de Curiosidades Católicas. Editora Vozes.
Padre Cristovam Lubel. Folder: O Natal e seus símbolos. Editora Pão e Vinho.
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