A Quinta-feira Santa abre solenemente o Tríduo Pascal. É o dia da entrega. “Antes da festa da Páscoa, Jesus sabia que tinha chegado a sua hora” (Jo 13,1a). Jesus se entrega à violência humana, será torturado impiedosamente, crucificado como um bandido, sepultado às pressas. Ele se entrega livremente para que, com sua morte, todos tenhamos vida em plenitude. Duas Celebrações são realizadas neste dia:
Na parte da manhã (ou na quarta-feira à noite, conforme determinação do Bispo) é celebrada apenas uma Missa presidida pelo Bispo diocesano e concelebrada por todos os padres da diocese, em sinal de unidade do presbitério com o Bispo, sucessor dos Apóstolos. É uma Missa riquíssima em simbolismo, pois nela acontece:
a) a Bênção dos óleos do Batismo e para a Unção dos Enfermos e a Consagração do óleo do Crisma. Esses óleos serão usados durante todo o ano na administração dos sacramentos;
b) a comemoração da Instituição do Sacerdócio, com a renovação das promessas sacerdotais.
À noite, depois do pôr do sol, acontece a Missa da Ceia do Senhor ou Missa do Lava-pés, relembrando a última ceia que Jesus tomou com seus Apóstolos, em preparação à Páscoa. Durante a Ceia, Jesus surpreendeu a todos ao se levantar e lavar os pés de cada um dos Apóstolos, mostrando que a autoridade só pode ser entendida como serviço aos outros. Na comunidade cristã existem diferentes ministérios, mas todos devem estar a serviço para que se viva o amor mútuo.
Depois da purificação, Jesus instituiu a Eucaristia, repartindo o pão e o vinho, transformados em seu Corpo e Sangue. Depois da Ceia, Jesus saiu com seus discípulos e foi para o outro lado do riacho do Cedron, onde havia um jardim. Judas Iscariotes também conhecia este lugar e levou uma tropa e alguns guardas dos chefes dos sacerdotes que prenderam Jesus e o levaram para Anás, começando, assim, o seu calvário.
A Missa da Quinta-feira não termina com a bênção. Depois da Missa, faz-se a transladação do Santíssimo Sacramento para um altar lateral ou para um local apropriado, onde acontece a adoração ao Santíssimo, que é retomada na sexta-feira de manhã, conforme costume de cada comunidade. Depois da transladação, procede-se à “desnudação do altar”. Lembrando a prisão de Cristo, sua humilhação no julgamento diante de Anás, Caifás e Pilatos. Em preparação para a Sexta-feira da Paixão, são tiradas as toalhas, flores do altar, do tabernáculo e as imagens. As que não podem ser retiradas, devem ser cobertas com pano roxo.
Fonte: Aquidiocese de Campinas
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