sexta-feira, 30 de março de 2012

Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor


É a abertura solene da Semana Santa, com a lembrança da entrada festiva de Jesus em Jerusalém e a Paixão do Senhor. A liturgia do Domingo de Ramos nos faz reviver estes dois momentos da vida terrena de Cristo, quando a multidão em poucos dias passou do entusiasmo ao desprezo homicida.

Na festa da Páscoa, Jesus é um entre tantos peregrinos, filhos e filhas de Israel, que vai a Jerusalém. É um acontecimento aparentemente normal. Mas o simples fato de Jesus ir a Jerusalém, juntamente com os discípulos, assume um significado messiânico. Jesus entra na cidade rodeado por uma multidão em júbilo. As expectativas de Israel sobre o Messias chegaram ao ápice naquele dia, alimentadas pelas palavras dos antigos profetas e confirmadas por Jesus de Nazaré com seus ensinamentos e, especialmente, com os sinais que tinha realizado.

Jesus entra triunfalmente em Jerusalém, aclamado pelo povo, montado em um jumentinho. Jesus não concebeu a sua existência terrena como busca do poder, como corrida ao sucesso e desejo de fazer carreira, como vontade de domínio sobre os outros. Ao contrário, Ele renunciou aos privilégios da sua igualdade com Deus, assumiu a condição de servo, tornando-se semelhante aos homens e obedeceu ao projeto do Pai até a morte na Cruz. Todo o entusiasmo da multidão, que acolheu Jesus com aplausos, poucos dias depois se transformou em brados pela sua morte.

Vivamos intensamente a nossa vida cristã, sem deixar-nos levar por um entusiasmo passageiro. Acolhamos Jesus Cristo em nosso coração, vivendo plenamente o seu ensinamento e testemunho de amor, paz, humildade, fraternidade e entrega total a Deus e aos irmãos.

No Domingo de Ramos a Igreja realiza a Coleta Nacional da Solidariedade, gesto concreto da Campanha da Fraternidade, em que todas as doações financeiras realizadas pelos fiéis farão parte dos Fundos Nacional e Diocesano de Solidariedade.

O que é celebrar?


O Catecismo da Igreja Católica utiliza e oficializa a terminologia “celebrar” que deriva do adjetivo latino “celeber” e exprime a idéia de um lugar onde uma multidão se reúne para uma festa. Nossas línguas agrupam os sentidos desse termo nos aspectos festivo (exaltar, glorificar) e ritual (realizar um ato importante segundo o rito). A palavra “celebração” indica a liturgia em ato e consiste na representação e atualização no plano local-temporal do Mistério Pascal de Cristo. A celebração cristã é uma festa por meio da qual a comunidade acolhe o acontecimento rememorado e reage a ele participando. A cerimônia é uma ação externa (rito) e um elemento da celebração.
A dimensão festiva das relações entre o ser humano e Deus já se manifestava no Antigo Testamento, em especial nas festas litúrgicas, que marcaram época. Jerusalém era o lugar das grandes festas. Com Jesus eclodem a alegria e a festa. Todo o seu ministério pode ser visto como uma festa para os pobres e necessitados. Essa alegria messiânica de Jesus se expressa posteriormente nos encontros da comunidade primitiva, onde os cristãos dançavam muito. No decorrer dos séculos a festa começou a ser substituída pelo culto marcado pelo cerimonialismo e pela obrigação. Hoje há um retorno progressivo dessa dimensão festiva.
A festa é uma celebração da vida. Celebramos a vida porque cremos que ela é radicalmente boa. A festa é uma celebração no tempo, pois atende à necessidade do ser humano de dar um significado ao passar do tempo. Neste sentido a festa é memorial, presença e profecia. A festa é ainda celebração em comunidade, pois tem um sentido universal. Assim sendo a festa implica em convocação, pertinência e abertura.
Nas festas o ser humano rompe com sua existência comum. Nelas há uma intensa vivência e uma exuberância dos sentimentos. Também caracteriza as festas o sentido comunitário e universal, o sentido de ruptura com o rotineiro e os sentidos extáticos e simbólicos. Na festa se celebra um ser, uma pessoa ou um acontecimento. Ela é celebrada por uma coletividade, num lugar adequado, num tempo determinado, por meio de sinais e símbolos e por um motivo com o qual a comunidade comungue. As festas podem ser classificadas segundo o objeto, o sujeito, o lugar, o tempo e a motivação.
A liturgia é uma festa e a celebração do mistério pascal no tempo e em comunidade. A celebração é uma Epifania, ou seja, uma manifestação do divino na ação ritual, que confere um caráter de atualidade e de incidência na vida e no tempo dos homens. A celebração também torna possível a comunicação do mistério com o ser humano e o acesso e a participação deste no mistério. A celebração litúrgica, sobretudo a eucarística, pela palavra e pelo rito, assegura a presença do acontecimento, do mistério celebrado. Ou seja, celebramos o acontecimento narrando o ocorrido e renovando o rito que o torna presente. Em suma, o acontecimento é atualizado.
Os grandes protagonistas da festa e de sua celebração são Deus, em seu mistério trinitário, e os seres humanos, constituídos povo sacerdotal. O Vaticano II define liturgia como uma “ação”, uma “obra” de santificação do ser humano e glorificação de Deus. Medellín apresenta a liturgia na perspectiva de uma Igreja peregrina marcada pela tensão entre “o já e o ainda não”. Puebla define como uma celebração da Páscoa do Senhor discernida na vida dos homens. A liturgia, na verdade, não é o cumprimento de um rito, ela postula uma comunhão profunda com Deus, com os homens e com toda a criação.
O melhor conceito é o de liturgia-festa, pois, ajuda a superar a dicotomia sagrado-profano, rito-vida. A liturgia-festa assume a realidade eclesial, comunitária e, além disso, integra com eficácia a ação santificadora de Deus e a glorificação que o ser humano lhe tributa. A ação de Deus provoca a festa. A festa no coração do ser humano liberta para a ação e o compromisso. O ser humano em ação a favor do bem é a festa de Deus.

Referência:
CELAM. Manual de liturgia. São Paulo: Paulus, 2003. Vol. I. p. 63-82.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Igreja ou Bíblia?


“Mostre-me tudo isso na Sagrada Escritura, e eu acreditarei em você”, poderá dizer-nos algum amigo não-católico. “Não creio em nada que não esteja escrito na Bíblia”, dir-nos-á outro. “Nenhuma igreja vai dizer-me em que devo acreditar, só a Bíblia me basta”, afirmará ainda um terceiro. E não é raro que tenhamos que ouvir, dirigidas contra nós, acusações como esta: “Os católicos não lêem a Bíblia. São obrigados a acreditar em tudo que lhes contam os padres”.

Quando nos vemos diante de afirmação deste tipo, e se a pessoa que as faz relmente deseja conhecer a verdade, e não simplesmente discutir pelo gosto de auto-afirmar-se, há alguns pontos que poderemos esclarecer-lhe. Provavelmente, ainda não lhe ocorreu enfrentar-se com algumas perguntas elementares.

Em primeiro lugar, poderemos perguntar-lhe como é que ele sabe que Bíblia é a Palavra de Deus. Não há nenhuma passagem na própria Sagrada Escritura que o afirme explicitamente. Desde sempre, a única garantia que possuímos de que a Bíblia é um livro inspirado por Deus é… a palavra da Igreja Católica.

Quem não crê na Igreja Católica não tem a menor razão para crer nas Escrituras.

Foi a Igreja Católica que reuniu pacientemente, durante o primeiro século depois da vinda de Cristo, os escritos autênticos dos Apóstolos e discípulos do Senhor. Foi a Igreja Católica que os separou cuidadosamente dos textos “apócrifos”, isto é, das epístolas e evangelhos falsamente atribuídos por pessoas bem intencionadas e dotadas de grande capacidade imaginativa, mas desprovidas da assistência divina.

Foi a Igreja Católica que catalogou a pôs em ordem os livros que constituem o Novo Testamento, e os acrescentou aos livros inspirados do Antigo Testamento, redigidos pelos antigos patriarcas, profetas e historiadores do povo judeu. Por fim, foi a Igreja Católica que, depois de ter feito tudo isso, declarou solenemente: “Estas e somente estas são as Sagradas Escrituras; esta é a Palavra de Deus”.

Ora bem, a primeira igreja protestante nasceu mil e quinhentos anos depois de Cristo. Quando Lutero proclamou que a Escritura era a única fonte da verdade cristã, estava na verdade incorrendo numa contradição: por um lado, pretendia negar a Tradição católica; por outro, tinha de aceitar essa mesma Tradição, por ser ela a única fonte que lhe assegurava ser a Bíblia a Palavra de Deus.

Em segundo lugar, poderemos perguntar ao nosso amigo protestante: se Cristo desejava que nos guiássemos por um livro, e somente por esse livro, por que razão recomendou tantas vezes aos seus Apóstolos:
 Ide e pregai, ou Ide e ensinai? Por que não lhes disse: “Ide e Escrevei”?

Com efeito, se é somente na Bíblia que encontramos a Palavra de Deus, que dizer dos primeiros cristãos? Será que não eram cristãos? Porque, na verdade, os Evangelhos e Epístolas somente começaram a ser escritos vários anos depois da Ascensão do Senhor aos Céus. E que dizer dos cristãos que viveram durante os mil e quatrocentos anos anteriores à invenção da imprensa, em que as Bíblias eram muito raras e tinham de ser copiadas à mão? Como podiam essas salvar a sua alma sem dispor de Bíblias para ler? E que dizer de todos esses nossos contemporâneos que não sabem ler? Será que o Céu lhes está fechado porque a Bíblia é para ser um livro fechado?
Portanto, os católicos crêem na Sagrada Escritura e em cada palavra contida nela – crêem que é um livro inspirado por Deus -, mas crêem também na Palavra Viva, na voz igualmente inspirada da Igreja que Cristo fundou, e que tem a responsabilidade de interpretar a Bíblia em nome do Senhor.

Aliás, a própria Escritura nos previne acerca da facilidade com que incorrem em erro os que tentam interpretá-la guiados unicamente pelo espírito próprio. Na sua segunda Epístola, São Pedro, referindo-se às Cartas de São Paulo, afirma:Há nelas algumas coisas difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes adulteram (como também as outras Escrituras) para a sua própria perdição (2 Pe 3,16). Com perdão da repetição: é a própria Bíblia que o diz!

Os católicos crêem na Bíblia, mas crêem também em outras coisas: crêem em tudo o que Cristo ensinou, em tudo o que os Apóstolos pregaram, mesmo que não tenha sido posto por escrito na Sagrada Escritura. Se reuníssemos todas as palavras do Senhor registradas pelos Evangelistas, e todas as suas frases recolhidas nas Epístolas – bem, talvez o Senhor não levasse mais de dois dias para pronunciá-las todas. Será que isso é tudo o que disse durante os seus três anos de ensino e pregação? Ou será que passou todo este tempo a repeti-las constantemente? Deixemos que seja o Apóstolo São João quem nos dê a resposta, com as palavras que põe no final do seu Evangelho: Muitas outras coisas há que Jesus fez, as quais, se se escrevessem uma por uma, creio que nem no mundo todo poderiam caber os livros que seria preciso escrever (Jo 21,25).

Os Católicos crêem, por isso, que há dois canais através dos quais nos chega a Verdade divina: a Sagrada Escritura, tal como é interpretada pelo representante vivo de Cristo, que é a Igreja, e a Tradição. A Tradição consiste simplesmente naquele conjunto de verdades que foram ensinadas por Cristo e pregadas pelos Apóstolos, mas não foram recolhidas nos Evangelhos nem nas Epístolas. Essas verdades vêm sendo transmitidas de geração em geração pela Igreja, que as guarda cuidadosamente como um tesouro. Aliás, a sua principal responsabilidade, diante de Deus, consiste precisamente em custodiar e transmitir-nos (quer saibamos ler, quer não) o conjunto total das Verdades reveladas por Cristo.

A Igreja nunca nos manda crer em determinada afirmação – isto é, nunca “define um dogma”- sem ter a mais absoluta certeza de que a verdade que nos propõe foi defendida e ensinada pelos próprios Apóstolos, ou pelo menos deriva diretamente dos seus ensinamentos. A Igreja Católica não pode nem nunca poderá ensinar uma doutrina nova. Com a morte do último Apóstolo (São João), deixou de haver novos ensinamentos: nesse instante, Deus acabou de dizer tudo o que tinha a dizer-nos, a sua Revelação à humanidade encerrou-se nesse momento.

A Igreja fundada por Cristo tem de ser uma Igreja apostólica. Ou seja, tem de possuir os poderes espirituais que Cristo confiou aos seus Apóstolos; tem de ensinar todas as verdades que os Apóstolos pregaram. Historicamente, só existe uma Igreja dotada de todas as credenciais necessárias para garantir-lhe a apostolicidade: a Igreja Católica.


Fonte: A Sabedoria do Cristão – TRESE, Leo – Editora Quadrante - São Paulo 1992
 

segunda-feira, 26 de março de 2012

Encarnação: O sacramento da nossa reconciliação

Das Cartas de São Leão Magno, papa (Epist. 28, ad Flavianum,3-4: PL 54,763-767) - (Séc.V)


A humildade foi assumida pela majestade, a fraqueza, pela força, a mortalidade, pela eternidade. Para saldar a dívida de nossa condição humana, a natureza impassível uniu-se à natureza passível. Deste modo, como convinha à nossa recuperação, o único mediador entre Deus e os homens, o homem Jesus Cristo, podia submeter-se à morte através de sua natureza humana e permanecer imune em sua natureza divina.

Por conseguinte, numa natureza perfeita e integral de verdadeiro homem, nasceu o verdadeiro Deus, perfeito na sua divindade, perfeito na nossa humanidade. Por “nossa humanidade” queremos significar a natureza que o Criador desde o início formou em nós, e que assumiu para renová-la. Mas daquelas coisas que o Sedutor trouxe, e o homem enganado aceitou, não há nenhum vestígio no Salvador; nem pelo fato de se ter irmanado na comunhão da fragilidade humana, tornou-se participante dos nossos delitos. 

Assumiu a condição de escravo, sem mancha de pecado, engrandecendo o humano, sem diminuir o divino. Porque o aniquilamento, pelo qual o invisível se tornou visível, e o Criador de tudo quis ser um dos mortais, foi uma condescendência da sua misericórdia, não uma falha do seu poder. Por conseguinte, aquele que, na sua condição divina se fez homem, assumindo a condição de escravo, se fez homem.

Entrou, portanto, o Filho de Deus neste mundo tão pequeno, descendo do trono celeste, mas sem deixar a glória do Pai; é gerado e nasce de modo totalmente novo. De modo novo porque, sendo invisível em si mesmo, torna-se visível como nós; incompreensível, quis ser compreendido; existindo antes dos tempos, começou a existir no tempo. O Senhor do universo assume a condição de escravo, envolvendo em sombra a imensidão de sua majestade; o Deus impassível não recusou ser homem passível, o imortal submeteu-se às leis da morte.

Aquele que é verdadeiro Deus, é também verdadeiro homem; e nesta unidade nada há de falso, porque nele é perfeita respectivamente tanto a humanidade do homem como a grandeza de Deus.

Nem Deus sofre mudança com esta condescendência da sua misericórdia nem o homem é destruído com sua elevação a tão alta dignidade. Cada natureza realiza, em comunhão com a outra, aquilo que lhe é próprio: o Verbo realiza o que é próprio do Verbo, e a carne realiza o que é próprio da carne.

A natureza divina resplandece nos milagres, a humana, sucumbe aos sofrimentos. E como o Verbo não renuncia à igualdade da glória do Pai, também a carne não deixa a natureza de nossa raça.

É um só e o mesmo – não nos cansaremos de repetir – verdadeiro Filho de Deus e verdadeiro Filho do homem. É Deus, porque no princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus: e o Verbo era Deus. É homem, porque o Verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1,1.14).

Oração 

Ó Deus, quisestes que vosso Verbo se fizesse homem no seio da Virgem Maria; dai-nos 
participar da divindade do nosso Redentor, que proclamamos verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

terça-feira, 20 de março de 2012

Sugestões Litúrgicas para o Tempo Pascal 2012‏


ABRIL e MAIO 2011 – TEMPO PASCAL – ANO A

1º Domingo da Páscoa (08 Abril 2012)
1ª Leitura: Atos dos Apóstolos 10, 34.37-43
Salmo 118 (117): Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos!
2ª Leitura: Colossenses 3, 1-4 + (seqüência)
 Evangelho: João 20,1-9: O tumulo vazio. Ele viu e acreditou.

- Frases temáticas:
Páscoa do Senhor, nova criação e novo êxodo.
Ressurreição: Vida nova para todos!
Sejamos anunciadores da ressurreição!
- Espaço celebrativo
A cor litúrgica para o dia de hoje é o Branco.
A seqüência da segunda leitura pode ser cantada.
Destacar o círio pascal e a pia batismal usando muitas flores e a cor branca nas vestes e toalhas.
- Procissão de entrada
Trazer o círio pascal aceso acompanhado de crianças com vestes brancas, elas podem trazer flores, balões brancos e/ou bandeirinhas brancas.
- Ato penitencial
Pode ser substituído pelo Rito de aspersão com a água que foi abençoada na Vigília Pascal. Esse rito ajuda a comunidade a aprofundar sua consagração batismal.
- Hino de louvor
Durante o Glória tocar os sinos, campainhas, etc.
- Liturgia da Palavra
O Lecionario pode ser trazido solenemente em procissão, acompanhado pelas crianças ou jovens.
O Evangelho pode ser cantado ou encenado. Onde for possível usar aromas ou incenso, retomando o gesto afetuoso das mulheres.
 - Ofertório
Trazer em procissão alguns símbolos pascais, como o cordeiro, os sinos, a vela, os ovos, e/ou outras lembrancinhas que serão distribuídas no final da celebração.
- Liturgia eucarística
Cantar o prefacio, com o Santo e as demais aclamações.
- Pai-nosso
Convidar a assembléia a rezar ou cantar de mãos dadas
- Abraço da paz
Pode ser feito com uma saudação de Feliz Páscoa.
- Ritos finais
Benção final própria para essa solenidade, conforme p.522 do Missal.
Despedida: “Ide em paz e o Senhor vos acompanhe, Aleluia, Aleluia”.
No final poderá ser distribuído aos participantes um cartão, um ovo de páscoa, ou algum outro símbolo dessa ocasião, desejando Feliz Pascoa.
- Observações finais
Adaptar essas dicas à realidade da comunidade.
Tomar o cuidado para não sobrecarregar a celebração de símbolos.
Usar as frases temáticas em cartazes espalhados pela Igreja, na porta de entrada ou trazê-los nas procissões de entrada, da Palavra ou do ofertório


2º Domingo da Páscoa – Domingo da Misericórdia (14 – 15 Abril 2012)
1ª Leitura: Atos dos Apóstolos 4, 32-35
Salmo 118 (117): Dai graças ao Senhor, porque ele é bom; eterna é a sua misericórdia!
2ª Leitura: I João 5, 1-6
Evangelho: João 20,19-31: Aparição a Tomé.

- Frases temáticas:
A paz esteja convosco.
Vimos o Senhor.
Viver em comunhão é experimentar a ressurreição.
- Espaço celebrativo
A cor litúrgica para o dia de hoje é o Branco.
Destacar o círio pascal, a pia batismal, além da mesa da Palavra e da Eucaristia, usando muitas flores e a cor branca ou amarela.
- Procissão de entrada
Trazer a bandeira da paz.
- Ritos iniciais
Se o círio pascal não for trazido na procissão de entrada, seja acendido solenemente, acompanhado com um canto pascal.
Quem preside dê à saudação inicial uma tonica mais pascal, festiva e alegre, se possível, cantando-a.
- Ato penitencial
Pode ser substituído pelo Rito de aspersão com a água que foi abençoada na Vigília Pascal, ou realizado após a homilia.
- Hino de louvor
Durante o Glória tocar os sinos, campainhas, etc.
Durante o canto uma jovem, vestida de branco, pode percorrer pela assembléia agitando a bandeira da paz. Quem preside pode pedir que a assembléia agite os folhetos.
- Liturgia da Palavra
O Lecionário pode ser trazido solenemente em procissão.
O Evangelho pode ser encenado ou dialogado.
- Profissão de fé
Como neste dia deve ser dado destaque ao momento da profissão de fé, pedir que a assembléia estenda a mão em direção ao círio pascal enquanto se canta ou reza o Creio.
- Liturgia eucarística
Cantar as resposta da Liturgia eucarística e as demais partes fixas, como Cordeiro, Doxologia, etc.
- Abraço da paz
Poderá ser feito após o Evangelho.
Um jovem entra com um cartaz com os dizeres: A paz esteja convosco!
- Comunhão
Onde for possível distribua-se em duas espécies.
- Ritos finais
Onde for oportuno, abençoar as carteiras e trabalho.
- Referência
PEREIRA, José Carlos. Liturgia: sugestões para dinamizar as celebrações. Petrópolis: Vozes, 2009.

  
3º Domingo da Páscoa (21 – 22 Abril 2012)
1ª Leitura: Atos dos Apóstolos 3, 13-15.17-19
Salmo 04: Sobre nós fazei brilhar o esplendor de vossa face!
2ª Leitura: I João 2, 1-5
Evangelho: Lucas 24, 35-48: Vocês têm aqui alguma coisa para comer?

- Frases temáticas:
À serviço da salvação de todos.
Deus ressuscitou Jesus dos mortos.
Disso somos testemunhas: Deus o ressuscitou dos mortos.

- Espaço celebrativo
A cor litúrgica para o dia de hoje é o Branco.
Destacar o círio pascal, a pia batismal, além da mesa da Palavra e da Eucaristia, usando muitas flores e a cor branca ou amarela.

- Procissão de entrada
Um cartaz ou uma faixa com a frase: “Ele está no meio de nós”, dá o tom da celebração de hoje.

- Liturgia da Palavra
Realizar a procissão da bíblia.
A primeira leitura seja feita por um senhor de idade e a segunda por uma jovem.
O Evangelho pode ser encenado, dialogado, ou cantado.

- Profissão de fé
Rezar o símbolo niceno-constantinopolitano. Se for usado o símbolo dos apóstolos, seja cantado.

- Liturgia Eucarística
Cantar as aclamações e o amém final da Oração Eucarística, além do prefácio e do Santo.
Valorizar, no momento eucarístico, o símbolo do pão. Pode ser usado pão ázimo.
Nas comunidades onde não for celebrada a Santa Missa pode ser realizada a bênção do pão e sua partilha entre todas as pessoas presentes.

- Cordeiro de Deus
Pode ser cantado enquanto o sacerdote realiza, de modo visível para todos, o gesto da fração do pão.

- Comunhão
Se for com pão ázimo, seja realizada em duas espécies.

- Ritos finais
Benção solene da Páscoa, conforme indicado no Missal, p. 523.

- Referência
PEREIRA, José Carlos. Liturgia: sugestões para dinamizar as celebrações. Petrópolis: Vozes, 2009.


4º Domingo da Páscoa (28 – 29 Maio 2012)
1ª Leitura: Atos dos Apóstolos 4, 8-12
Salmo 117: A pedra que os pedreiros rejeitaram, tornou-se a pedra angular.
2ª Leitura: I João 3, 1-2
Evangelho: João 10, 11-18: O Bom Pastor.

- Frases temáticas:
Eu sou a porta das ovelhas.
Pastores, guias dos irmãos.
Dou a minha vida por minhas ovelhas.
Jesus, o Bom Pastor.
Como uma mãe, Deus cuida de nós.

- Espaço celebrativo
A cor litúrgica para o dia de hoje é o Branco.
Destacar o círio pascal, a pia batismal, além da mesa da Palavra e da Eucaristia, usando muitas flores e a cor branca ou amarela.
Em lugar de destaque, um ícone de Jesus como Bom Pastor.
- Procissão de entrada
Apresentar cartazes com as diversas vocações na Igreja: sacerdotes, religiosos (as), catequistas, agentes de pastoral, ministros da eucaristia, etc.
- Ato penitencial
Pode ser substituído pelo Rito de aspersão. Como sinal de reconciliação, todos as chamados a se cumprimentarem com o Abraço da paz.
- Liturgia da Palavra
Um jovem vestido como pastor, rodeado de crianças com cartazes com figuras de ovelhas, entra com o Lecionário e o entrega ao presidente da celebração. Esse mesmo grupo pode rodear a mesa da Palavra durante a proclamação do Evangelho.
A primeira leitura poderá ser dialogada (narrador e Pedro). Seria bom que a parte de Pedro fosse decorada.
Após a homilia, alguém que abraçou uma vocação pode ser convidada para dar um testemunho pessoal.
- Ofertório
Junto com as ofertas podem ser levadas ao altar símbolos da vocação missionária: crucifixo, terço, bíblia, entre outros.
Ou ainda crianças podem levar símbolos que representam o pastor e sua vida, como o cajado, ovelha, terra, cantil, bíblia, etc.
- Liturgia Eucarística
Cantar as aclamações e o amém final da Oração Eucarística, além do prefácio e do Santo.
- Abraço da paz
Seja realizado como expressão de comunhão fraterna.
- Ritos finais
Benção solene da Páscoa, conforme indicado no Missal
Onde for oportuno distribuir, no final da celebração, bilhetes com frases que retomem o Evangelho juntamente com a figura do Bom Pastor e suas ovelhas. Esse pequeno símbolo representa que nós somos a ovelha e que Jesus deve ser o nosso Bom Pastor.
- Referência
PEREIRA, José Carlos. Liturgia: sugestões para dinamizar as celebrações. Petrópolis: Vozes, 2009.



5º Domingo da Páscoa (05 – 06 Maio 2012)
1ª Leitura: Atos dos Apóstolos 9, 26-31
Salmo 21: Senhor, sois meu louvor em meio à grande assembléia!
2ª Leitura: I João 3, 18-24
Evangelho: João 15, 1-8: Eu sou a videira verdadeira.

- Frases temáticas:
Eu sou a videira e vocês os ramos.
Quem permanece em mim dá frutos.

- Espaço celebrativo
A cor litúrgica para o dia de hoje é o Branco.
Continuar destacando o círio pascal, a pia batismal, além da mesa da Palavra e da Eucaristia, usando muitas flores e a cor branca ou amarela.

- Procissão de entrada
Uma jovem traz um quadro ou um ícone com a face de Jesus, que depois pode ser depositada junto ao círio pascal.

- Acolhida
É bom que, neste tempo, a saudação inicial mantenha uma tônica pascal festiva, e, o quanto possível, seja acompanhado de um gesto de acolhida e de paz.

- Ato penitencial
Apresentar pedidos de perdão relacionados com a falta de disposição em doar um pouco da própria vida pela comunidade, pelas causas da justiça e solidariedade.
As respostas (Senhor, tende piedade de nós) sejam cantadas.
O sacerdote pode ainda fazer a aspersão da assembléia. 

- Profissão de fé
Em dois coros: 1- Homens, 2- mulheres.

- Liturgia eucarística
Como se trata de uma oração proclamada pro quem preside, é importante que seu tom de voz, os gestos corporais e a atitude interior expressem o sentido de ação de graças.
O prefacio, o santo, as aclamações e o Amém final sejam cantados.

- Comunhão
Em sintonia com a mensagem do Evangelho.

 - Ritos finais
Benção solene da Páscoa, conforme indicado no Missal, p. 523.

- Observações finais
Adaptar essas dicas à realidade da comunidade.
Usar as frases temáticas em cartazes espalhados pela Igreja, na porta de entrada ou trazê-los nas procissões de entrada, da Palavra ou do ofertório.
- Referência
PEREIRA, José Carlos. Liturgia: sugestões para dinamizar as celebrações. Petrópolis: Vozes, 2009.


6º Domingo da Páscoa (12 – 13 Maio 2012)
1ª Leitura: Atos dos Apóstolos 10, 25-26.34-35.44-48
Salmo 97: O Senhor fez conhecer a salvação e revelou sua justiça às nações.
2ª Leitura: I João 4, 7-10
Evangelho: João 15, 9-17: Amem-se uns aos outros, assim como eu amei vocês.

- Frases temáticas:
Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado.
Deus não faz acepção de pessoas.
Cristo vive em quem ama sem restrições.
Amor: o grande sinal.
- Espaço celebrativo
A cor litúrgica para o dia de hoje é o Branco.
Continuar destacando o círio pascal, a pia batismal, além da mesa da Palavra e da Eucaristia, usando muitas flores e a cor branca ou amarela.
- Acolhida
Ensaiar os cânticos, especialmente o refrão do salmo, antes do inicio da celebração. Deixar um breve instante para a oração pessoal e depois entoar um refrão meditativo invocando o Espírito Santo.
- Procissão de entrada
Trazer o círio pascal aceso.
- Ato penitencial
Fazer um momento de silencio prolongado convidando a assembléia a rever a caminhada da semana no âmbito da vida humana e cristã. Refletir se, como cristãos, sentimo-nos realmente como uma família, onde cada um se preocupa com os outros, onde há carinho e aconchego. Pedir perdão pelas vezes que não agimos deste modo.
  - Procissão de entrada
Preparar bem os leitores. Uma jovem lerá a primeira leitura, uma mulher a segunda. Procurando valorizar os momentos de silencio para que a comunidade interiorize-as.
- Preces
A resposta pode ser cantada.
- Pai-nosso
Cantado e de mãos dadas.
- Abraço da paz
Valorizar o abraço da paz como expressão de comunhão e amor fraterno.
- Ritos finais
Neste ultimo domingo de Maio pode ser feita uma homenagem Maria como a Coração de Nossa Senhora realizada pelas crianças e jovens da catequese.
- Avisos finais
Sejam dados de forma dinâmica e marcante para que os fiéis possam se lembrar deles depois.
- Canto final
Durante todo este mês de Maio o canto final pode ser dedicado a Nossa Senhora.
- Bênção Final
Solene da Páscoa, conforme indicado no Missal, p. 523.
- Referência
PEREIRA, José Carlos. Liturgia: sugestões para dinamizar as celebrações. Petrópolis: Vozes, 2009.



Solenidade da Ascensão do Senhor (19 – 20 Maio 2012)
1ª Leitura: Atos dos Apóstolos 1, 1-11: Jesus foi levado aos céus, à vista deles.
Salmo 46: Por entre aclamações Deus se elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta.
2ª Leitura: Efésios 1, 17-23: E o fez sentar-se à sua direita nos céus.
Evangelho: Marcos 16, 15-20: O Senhor Jesus foi levado ao céu e sentou-se à direita de Deus.

- Frases temáticas:
Foi elevado e sentou-se à direita de Deus.
O destino do homem novo.
Ide e anunciai o Evangelho
Ide, fazei irmãos
Contemplação na ação

- Espaço celebrativo
A cor litúrgica para o dia de hoje é o Branco.

- Acolhida
Hoje se inicia a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Se houver pessoas de outras denominações cristas, recebê-los de maneira carinhosa e calorosa, pedindo que fiquem de pé e se apresentem. Em seguida a comunidade acolhe com palmas.

- Procissão de entrada
Com o Círio Pascal, a cruz com uma toalha branca sob os braços, um cartaz com a frase: “O Senhor subiu aos céus, aleluia!”.

- Liturgia da Palavra
Um grupo de mulheres entra com a Bíblia enfeitada com fitas coloridas.
A primeira leitura pode ser contada ou dialogada com muita expressão.
- Profissão de fé
Cantado e com a mão direita em direção ao altar.

- Procissão do ofertório
Cartazes com o nome das igrejas que fazem parte do CONIC.

- Liturgia eucarística
O prefacio pode ser cantado.

- Pai Nosso
O Pai Nosso é a oração de todos os cristãos. Pode ser rezado ou cantado de mãos dadas, em comunhão com todas as igrejas cristãs. Se houver a presença de outras confissões cristãs, pode-se rezá-lo na forma ecumênica.

- Avisos Finais
Incentivar a comunidade a fazer a “Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos”, aproveitando o subsídio preparado pelo Conselho Nacional das Igrejas Cristãs. Pois é importante alargar o nosso horizonte ecumênico.

- Bênção Final
Destacar o envio em missão. Usar a bênção solene indicada no Missal.



Solenidade de Pentecostes (26 – 27 Maio 2012)

1ª Leitura: Atos 2, 1-11: Todos ficaram cheios do Espírito Santo.
Salmo 103: Enviai o vosso Espírito, Senhor! E da terra toda a face renovai.
2ª Leitura: I Coríntios 12, 3-7.12-13: Fomos batizados num único Espírito, para formarmos um único corpo. + (seqüência)

Evangelho: João 20, 19-23: Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio: Recebei o Espírito Santo.

- Frases temáticas
A Igreja vive no espírito de Cristo.
Todos ficaram repletos do Espírito Santo.
O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo seu Espírito que habita em nós!
Comunidade: Dom do Espírito Santo.
Fomos batizados num único Espírito, para formarmos um único corpo.

- Espaço celebrativo
A cor litúrgica para o dia de hoje é o Vermelho.
Nessa solenidade recomenda-se o uso do turíbulo com incenso.

- Procissão de entrada
Um cartaz com o desenho de uma pomba branca, símbolo do Espírito Santo.
Outra sugestão: Sete jovens trazem cartazes com desenhos de chamas de fogo, cada qual com o nome de um dom do Espírito Santo.
Usar as frases temáticas acima sugeridas.

- Liturgia da Palavra
A seqüência da 2ª leitura pode ser cantada pelo grupo de música.
Enquanto a seqüência da 2ª leitura é cantada a assembléia acende suas velas no círio pascal, permanecendo com elas acesas até o final do Evangelho.
O Evangelho pode ser cantado ou feito em forma de jogral, como o presidente fazendo o papel de Jesus.
Nas comunidades onde houver pessoas que falem línguas diferentes, convidá-las a repetir, após o Evangelho, a expressão: “A paz esteja com vocês!”, na sua respectiva língua.

- Profissão de fé
Usar a profissão de fé do rito do batismo, em forma de perguntas e respostas.

- Ofertório
Se não foi realizado na entrada, convidar jovens ou lideranças da comunidade para ofertar seus dons. Preparar sete cartazes com os dons do Espírito Santo.

- Liturgia eucarística
Cantar o prefacio, com o Santo e as demais aclamações.

- Ritos finais
Lembrar que vai recomeçar o Tempo Comum a partir do próximo final de semana

- Benção final
Própria para essa solenidade.
- Referência
PEREIRA, José Carlos. Liturgia: sugestões para dinamizar as celebrações. Petrópolis: Vozes, 2009.