Claro que em 2018 muitas mudanças
acontecerão na minha vida. A partir de 02 de janeiro parto para uma nova paróquia,
nova cidade, novos desafios.
Mas na verdade foi 2017 o ano de
muitas e profundas mudanças na minha vida.
Só quem viveu uma experiência de grande
decepção vai entender tudo o que eu passei nesse ultimo ano aqui em Nazaré
Paulista.
Essa decepção me mudou muito. Infelizmente
me fez perder o que eu mais estimava: que é o amor e a dedicação em fazer o
melhor para o povo de Deus. Perdi a vontade de dar o melhor de mim. A situação
foi tão crítica que chegaram a dizer que eu estava com depressão.
Todos perceberam que só recuperei
o entusiasmo sacerdotal com a notícia que meu pedido de renúncia da Paróquia foi
atendido pela Diocese. Vou para Pinhalzinho com o entusiasmo totalmente recuperado.
Essa experiência de decepção me
fez mudar minha relação com os amigos, só que para muito melhor. É nesses
momentos difíceis que você percebe quem são seus verdadeiros amigos. Aproximei-me
mais dos meus amigos e não tive mais vergonha ou receio de demonstrar meu amor
por eles.
Reconheço que ainda preciso crescer
mais nesse tipo de relacionamento, mas percebi, neste ano, uma grande mudança
no campo das amizades em relação ao que era antes.
Só quem perdeu um membro tão próximo
da família sabe o quanto de mudança isso causa em nossa vida. O falecimento do
meu pai no meio do ano me mudou muito. Aproximei-me mais da minha família e aprendi
que temos que valorizar cada minuto do nosso existir, pois a vida é curta.
Minha mãe mudou, minha irmã
mudou, minha casa esta mudando muito. E as lições que meu pai deixou continuam
me mudando para melhor.
Todas essas experiências de 2017 eu
considero como uma casa que desmoronou, mas que preparou um alicerce mais forte
para as coisas novas que 2018 me reserva.
Que venham novos amigos, que
venham novos paroquianos, que venha nova casa, que venha nova cidade, que
venham novas mudanças, que venha um novo Padre, que venha um novo Marcio, que
venha um novo Canteli, que venha um novo ano.
2018, você nem chegou, mas eu já
te amo.
Isso é o que eu penso Pe. Marcio Canteli
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