“A Igreja Católica não é um museu de arqueologia. Ela é como a antiga fonte do vilarejo que dá água às gerações do hoje, como a deu àquelas do passado”, Papa João XXIII. (13/12/1960).
Em 2012 é o ano Jubilar: nele se celebram 50 anos da abertura do maior acontecimento na História da Igreja Católica do século XX, o Concílio Ecumênico Vaticano II, inaugurado em 11/10/1962 pelo Papa João XXIII e encerrado em 08/12/1965 pelo Papa Paulo VI.
AGGIORNAMENTO, isto é, atualização, foi à palavra-chave e fundamental do Concílio. O Papa João XXIII sabia da necessidade de “AGGIORNARE LA CHIESA”, isto é, “atualizar e renovar a Santa Madre Igreja”. No Concílio tudo estava conectado: A Era Primaveril, Novo Pentecostes e Abissais Caminhos de Renovação…
Durante a celebração Eucarística presidida para participantes do encontro “Novos Evangelizadores para a Nova Evangelização – A Palavra de Deus cresce e se multiplica”, realizado pelo Pontifício Conselho para Nova Evangelização, no dia 16 de outubro de 2011, o Papa Bento XVI anunciou o Ano da Fé.
“Queridos irmãos e irmãs, vocês são os protagonistas da Nova Evangelização que a Igreja iniciou e leva avante, não sem dificuldade, mas com o mesmo entusiasmo dos primeiros cristãos”, afirmou Bento XVI.
Tudo na Igreja de Cristo pela sarça do Espírito Santo é novo, renovado, avivado e reavivado. O AGGIORNAMENTO está fundamentado na misericórdia de Deus que se renovam todas as manhãs (Lm 3,22.23). E no seu amor zeloso que realiza todas as coisas (Is 9,6).
A sarça arde em todo o nosso ser pelo amor de Deus que foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo (Rm 5,5).
Para o coração que arde de amor e da Palavra de Cristo (Lc 24,32), tudo é novo, sempre renovado para Nova Evangelização.
EM CRISTO TUDO É NOVO
Tudo que é novo começo com Jesus. Ele é o fundamento da Boa Nova e da Igreja (Ef 2,20.21).
- Só ele é a Nova e Eterna Aliança (Mt 26,28).
- Só ele pode conceber o novo nascimento (Jo 3,1-13; 10,28.30).
- Só em Cristo somos novas criaturas e tudo se faz novo (2 Cor 5,17).
- Só em Cristo somos pedras vivas (1 Pd 2,5).
- Só em Cristo receberemos uma pedrinha branca com novo nome (Ap 2,17).
- Só Jesus faz novas todas às coisas (Ap 21.5).
Em Cristo somos revestidos do novo e que se renova para o conhecimento segundo a imagem do Criador (Cl 3,10).
Tudo na Igreja é novo e se renova para Nova Evangelização. Vejamos:
- A Sagrada Escritura a Sagrada Tradição e o Sagrado Magistério.
- O Pastoral Concílio Vaticano II.
- O Catecismo da Igreja Católica.
- Movimentos Carismáticos.
- Movimentos Eclesiais Paroquiais.
- Fraternidades Sacerdotais.
- Novas Comunidades de Vida e Aliança.
- A Mídia Católica.
- A Música Católica.
- Documento de Aparecida.
- Os Mártires Contemporâneos.
- Beato João Paulo II.
- O Ano da Fé.
O Papa João Paulo II, na encíclica Redemptaris Missio, nº 42, escreve de forma magistral: “O homem contemporâneo acredita mais nas testemunhas do que nos mestres, mais na experiência do que na doutrina, mais na vida e nos fatos do que nas teorias”.
É na experiência do poder do Espírito Santo que recebemos a capacitação para testemunhar as maravilhas do Reino de Deus. Somos despertados de forma abissal para proclamar com tudo o que temos e o que somos a libertação em nome de Jesus de Nazaré.
Não vivemos de teatros, de encenação, de personagem televisiva, da virtualidade infernal, de Folia de Reis e da intectualidade meramente humana, vivemos sim, da profunda fornalha da experiência contínua de Pentecostes.
CONCLUSÃO
A obra do Espírito Santo na Igreja é não deixar jamais o fogo pentecostal se apagar.
Por graça do Senhor Jesus, pelo amor do bom Deus e pela comunhão do Espírito Santo, somos brasas vivas, fogo incendiário e holocausto até a volta de Jesus Cristo.
Na Igreja de Cristo tudo é aceso. A sarça queima sem fim. É o combustão que parte sempre de Novos Pentecostes. A obra do Paráclito é criativa, sábia, renovada, profunda, salutar e consistente.
As labaredas provindas dos dons são graças, virtudes de uma nova vida em Cristo. Tal vida é a luz que testemunha num mundo escuro de cultura de morte a vida abundante.
Com as ferramentas do Espírito Santo, somos capazes de enfrentar novos desafios e com ardor realizar a tarefa da Nova Evangelização.
A partir de Pentecostes, a Igreja torna-se forno, o Espírito Santo é o fogo e nós somos bem cozidos como alimento para saciar a fome da humanidade.
Pe. Inácio José do Vale é Professor de História da Igreja, Especialista em Ciência Social da Religião, Pregador de Retiros Espirituais
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