Esperar o Senhor com alegria... Por Dom Nelson Westrupp, scj |
Sacerdote da Diocese de Bragança Paulista Pároco da Paróquia Santo Afonso em Pinhalzinho Assessor da PASCOM da Diocese de Bragança Paulista
sábado, 12 de dezembro de 2009
Artigo: Esperar o Senhor com Alegria
domingo, 29 de novembro de 2009
Sugestoes liturgicas para o Advento 2009
1º Domingo do Advento
28-29 de Novembro
Leituras: Jeremias 33; Salmo 24(25); I Tess. 3;
Lucas 21, 25-28.34-36 (Parusia: manifestação gloriosa do Senhor)
Os que em ti esperam não ficam envergonhados.
A liturgia de hoje nos coloca na dinâmica ativa da espera e do crescimento espiritual. Na perspectiva do natal do Senhor esperançosos e vigilantes aguardamos o dia da parusia, que é a manifestação gloriosa do Senhor.
Sugestões para a celebração:
- A comunidade reunida é sinal do advento do Senhor, por isso recomenda-se dar uma especial atenção aos ritos iniciais. Fazer uma acolhida afetuosa às pessoas, reconhecendo em cada uma delas a presença do Senhor que chega entre nós.
- a resposta das preces pode ser cantada e de acordo com a perspectiva de espera, como: “vem, senhor Jesus!” Ou “vem Senhor! Vem libertar o teu povo!”.
- Hoje se acende a primeira vela da coroa do advento. A vela de cor verde simbolizando a esperança, palavra que deriva de espera.
- Pode-se armar o presépio, mas aos poucos. Hoje se coloca só o cenário e os animais.
- Pode-se também armar a arvore de natal e espalhar enfeites natalinos pela Igreja, conforme for o costume.
- Lembrar da Campanha da Evangelização.
2º Domingo do Advento
5-6 de Dezembro
Leituras: Baruc 5; Salmo 125; Filipenses 1;
Lucas 3, 1-6 (João Batista clamou no deserto)
Preparai o caminho do Senhor!
A liturgia de hoje nos convida a preparar caminho e endireitar veredas para que a mensagem divina encontre espaço na vida e no coração de todos nós. Nesta celebração veremos que o Senhor vem para salvar e alegrar seu povo, por isso uma sincera conversão ao projeto de Deus se impõe a nós.
Sugestões para a celebração:
- Recordar no início da celebração ou na reflexão, de acordo com o salmo, quais são as maravilhas que o Senhor fez conosco?
- Trazer um cartaz na procissão de entrada com os dizeres: “Preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas!” ou outra da liturgia de hoje.
- Se possível expor uma imagem de João Batista.
- Acender a vela vermelha da coroa do advento dizendo um refrão de acordo com a liturgia de hoje, como: “Preparemos a estrada do Senhor!”
- Encerrar com a Benção solene própria do advento.
- Recordar que na próxima semana é a coleta da campanha da evangelização dizendo para onde será destinado esse dinheiro.
3º Domingo do Advento
12-13 de Dezembro
Leituras: Sofonias 3; Salmo (Isaias 12); Filipenses 4;
Lucas 3, 10-18 (Parusia: manifestação gloriosa do Senhor)
Alegrai-vos sempre no Senhor!
O dia de hoje é chamado “domingo da alegria” ou Gaudete. Somos tocados por uma grande alegria devido à proximidade da vinda do Senhor. Aquele que esperamos se aproxima e quer renovar sua aliança conosco, por isso preparemos com alegria o advento do seu Reino.
Sugestões para a celebração:
- A cor litúrgica de hoje é o rosa ou róseo.
- Acender a vela rosa da coroa do advento com um refrão inspirado nas leituras de hoje.
- Mesmos com as tristezas que encontramos nesse mundo, recordar com a comunidade os motivos de alegria e de esperança, como sinal da presença amorosa e fiel de Deus em nosso meio.
- Hoje se pode cantar o santo, as aclamações, Pai nosso, Amém, Cordeiro de Deus, etc.
- Hoje é o dia da coleta da campanha da evangelização, se possível recordar mais uma vez a destinação desse dinheiro. separá-lo da coleta e entregá-lo na matriz.
- Bênção final própria do advento.
- Apartir de hoje pode-se colocar no presépio os personagens: Pastor, Maria, José, reis magos, etc. exceto o menino Jesus.
4º Domingo do Advento
19-20 de Dezembro
Leituras: Miquéias 5; Salmo 79; Hebreus 10;
Lucas 1, 39-45 (Maria visita Isabel)
Bendita és tu entre as mulheres.
Neste domingo abre-se para nós o clarão do amanhecer na figura de duas mulheres grávidas e na expectativa de um novo parto da salvação de Deus. O acendimento das quatro velas da coroa do advento nos confirma a chegada plena da luz no seio bendito de Maria, a cheia de graça.
Sugestões para a celebração:
- Uma mulher grávida pode entrar com o cartaz: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!” e/ou acender a última vela (Branca) da coroa.
- Valorizar a participação das gestantes e das mães em geral nos vários momentos da celebração, como nas leituras e preces.
- O Evangelho pode ser encenado ou dialogado.
- Cantar o Magnificat, se possível na comunhão.
Anuncio-vos uma grande alegria:
Hoje nasceu para vocês um salvador que é o Cristo, o Senhor!
FELIZ NATAL!
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Advento 2009
- Tempo do ADVENTO
O Advento é um dos tempos do Ano Litúrgico e pertence ao ciclo do Natal. A liturgia do Advento caracteriza-se como período de preparação, como se pode deduzir da própria palavra advento que se origina do verbo latino advenire, que quer dizer chegar.
A palavra Advento quer dizer chegada, vinda. Originalmente, a palavra advento era usada pelos antigos romanos para anunciar a visita do seu soberano às províncias fora de Roma. Isto significava para o povo um tempo de preparação, para que quando o rei chegasse, tudo estivesse em ordem. Mais tarde, os cristãos começaram a designar “advento” as semanas que antecedem e preparam a festa do nascimento de Jesus.
O primeiro “advento cristão” refere-se aos milhares de anos de espera do povo eleito pelo Messias prometido. Este tempo foi concluído com o nascimento e ascensão de Jesus aos céus, a humanidade vive um segundo advento, na expectativa da vinda definitiva de Cristo, no final dos tempos.
As quatro semanas que nos separam do Natal recordam-nos esta realidade: nossa vida é um grande advento que prepara o nosso encontro definitivo com Deus.
Advento é tempo de espera d’Aquele que há de vir. Pelo Advento nos preparamos para celebrar o Senhor que veio, que vem e que virá; sua liturgia conduz a celebrar as duas vindas de Cristo: Natal e Parusia. Na primeira, celebra-se a manifestação de Deus experimentada há mais de dois mil anos com o nascimento de Jesus, e na segunda, a sua desejada manifestação no final dos tempos, quando Cristo vier em sua glória. Um dos muitos símbolos do Natal é a coroa do Advento que, por meio de seu formato circular e de suas cores, silenciosamente expressa a esperança e convida à alegre vigilância.
- A coroa do Advento.
A coroa teve sua origem no século XIX, na Alemanha, nas regiões evangélicas, situadas ao norte do país. Nós, católicos, adotamos o costume da coroa do Advento no início do século XX. Na confecção da coroa eram usados ramos de pinheiro e cipreste, únicas árvores cujos ramos não perdem suas folhas no outono e estão sempre verdes, mesmo no inverno. Os ramos verdes são sinais da vida que teimosamente resiste; são sinais da esperança. Em algumas comunidades, os fiéis envolvem a coroa com uma fita vermelha que lembra o amor de Deus que nos envolve e nos foi manifestado pelo nascimento de Jesus. Até a figura geométrica da coroa, o círculo, tem um bonito simbolismo. Sendo uma figura sem começo e fim, representa a perfeição, a harmonia, a eternidade.
Na coroa, também são colocadas quatro velas referentes a cada domingo que antecede o Natal. A luz vai aumentando à medida em que se aproxima o Natal, festa da luz que é Cristo, quando a luz da salvação brilha para toda humanidade. Quanto às cores das quatro velas, quase em todas as partes do mundo é usada a cor vermelha. No Brasil, até pouco tempo atrás, costumava-se usar velas nas cores roxa ou lilás, e uma vela cor de rosa referente ao terceiro domingo do Advento, quando se celebra o Domingo de Gaudete (Domingo da Alegria), cuja cor litúrgica é rosa. Porém, atualmente, tem-se propagado o costume de velas coloridas, cada uma de uma cor, visto que nosso país é marcado pelas culturas indígena e afro, onde o colorido lembra festa, dança e alegria.
- Campanha para evangelização.
No Advento, a CNBB lança cada ano a “Campanha para a Evangelização” a fim de despertar mais vivamente a consciência do cristão para essa missão de Igreja. Abrem-se à evangelização numerosos campos geográficos desde os grandes centros urbanos até os rincões do interior do país e do estrangeiro. Além dos lugares, há enorme variedade de pessoas a serem evangelizadas. Os preferidos de Deus são os pobres, aqueles que vivem à margem da sociedade. Os governos e as empresas de espírito capitalista apenas se interessam por eles. A Igreja, pelo contrário, compulsando o coração de Deus, dedica-lhes precedência em todos os sentidos.
A Campanha para a Evangelização acorda-nos para a vocação missionária. A consciência atual já superou a idéia de que a evangelização se restringe unicamente à tarefa dos missionários. Homens e mulheres que nos povoaram o imaginário religioso, deixando o próprio país para ir levar a outras regiões o evangelho de Jesus, especialmente a países de maioria não cristã ou lá onde faltava clero. Esse estereótipo de missionário evangelizador vem sendo modificado por nova visão de Igreja em que todos evangelizam. Existem inúmeras modalidades para realizar a missão, desde a primeira e fundamental dos pais em relação aos filhos até aquela dos que abandonam a própria casa ou país para ir anunciar o evangelho em outras regiões.
Com o tema “Ele se fez pobre para nos enriquecer”, a Campanha para a Evangelização deste ano pode ser uma excelente oportunidade pastoral para alimentar, em nosso povo, o espírito de partilha fraterna e generosa solidariedade e para incentivar a superação da mentalidade individualista e subjetivista da religião.
Utilizando o material que está sendo distribuído pelos Centros Regionais de Pastoral, as celebrações dominicais do Advento poderão ser dinamizadas de modo a envolver todos os membros de nossas paróquias e comunidades na Coleta da Campanha para a Evangelização, a ser realizada nos dias 12 e 13 de dezembro de 2009, terceiro Domingo do Advento.
Lembramos que o gesto concreto dessa Coleta, além do percentual destinado à CNBB nacional (35%) e ao Regional Leste II (20%), ajuda a própria Arquidiocese nos trabalhos pastorais e evangelizadores, através do Fundo diocesano para a Evangelização, que aplica integralmente os 45% dos recursos da Campanha nas várias atividades desenvolvidas ao longo do ano em nossa Igreja Particular. Através dessa prestação de contas, pode-se constatar como é importante a doação de todos para que a nossa Igreja continue evangelizando mais e melhor.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
CRISTO REI DO UNIVERSO
A Festa de Cristo Rei é uma das festas mais importantes no calendário litúrgico, nela celebramos Cristo como Rei do universo. O seu Reino é o Reino da verdade e da vida, da santidade e da graça, da justiça, do amor e da paz.
Essa solenidade é a coroação de todo o ciclo da liturgia eclesiástica, porque na figura de Cristo Rei, se resume toda a obra salvadora do Messias. Ele é o alfa e o ômega, o princípio e o fim.
Nesse dia encerramos o ano litúrgico e começamos o tempo advento. A Igreja convida-nos a concentrar nossa mente e coração nesse fundamento de nossa fé; Jesus Cristo, Rei e Senhor de nossas vidas.
Instituição
Estávamos no ano 1925 de nossa era Cristã. Sob o contexto de outra guerra, a segunda mundial, mais espantosa que a primeira e que custaria 26 milhões de vidas.
Naquela hora de dor o Papa Pio XI fez ouvir a sua voz e gritou: "A paz de Cristo, pelo reinado de Cristo!". E com a encíclica chamada "Quas Primas", o Papa instituía a Festa de Cristo Rei.
Pio XI insistia na necessidade de reconhecer a autoridade universal de Cristo, porque a aceitação de Cristo faria desaparecer as divisões de pessoas, classes sociais, povos e nações, que acabaria com os ódios, as injustiças e toda a escravidão.
Assim concluía o Papa: “é necessário que Cristo reine na mente dos homens, é necessário que Cristo reine na vontade dos homens, é necessário que reine nos corações dos homens, por um ardente amor a Ele; e é necessário que Cristo reine em nossos corpos e em nossos membros para que sirvam à paz externa da sociedade e à paz interna de nossas almas”.
Na bíblia.
“Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus”, foi a inscrição que Pilatos mandou pôr sobre sua cabeça quando foi sentenciado à morte. Desde esse dia milhares de pessoas no mundo olham a cruz com devoção e fé.
Quando Jesus respondeu a Pilatos: “Tu o dizes, sou Rei”, matizou sua afirmação e continuou: “Eu para isso nasci; para isso vim ao mundo, para dar testemunho da Verdade. Todo o que é da verdade ouve minha voz...” Essa é a Verdade de Deus, uma verdade eterna.
Passaram já vinte e um séculos de História e, no entanto por esse Rei sentenciado à morte somos hoje como uma coroa humana de corações em louvor, em admiração, em obediência e em fervor para Cristo Rei, nosso Rei!
Rei de um Reino muito especial
Sendo Jesus o Rei de toda a criação, da história do homem, sua realeza é universal. Por isso não podemos levá-lo em nível de ideologia humana, partidária, triunfalista. Seu reino chega justamente à consciência do homem para fazê-lo livre e mais apto para exercer sua propriedade sobre o mundo.
O Reino de Jesus Cristo é de misericórdia, de bondade, de amor. Ele é um Rei cheio de mansidão, pacífico, que derrama sua influência benéfica sobre as pessoas, pela fé. O prefácio da missa de Cristo Rei faz um belo resumo com estas frases: “Um reino universal e eterno. Um reino de verdade e de vida. Um reino de santidade e de graça. Um reino de justiça, amor e paz”.
Na festa de Rei de Cristo Ele deve começar a reinar em nossos corações no momento em que nós permitimos isto a Ele, e o Reino de Deus pode deste modo fazer-se presente em nossas casas, famílias, comunidade e, principalmente, na nossa vida.
Nós cristãos, com nosso testemunho, temos que trabalhar para que em nossa sociedade o reino de Jesus seja a história da verdade sobre o erro, da pureza sobre a corrupção, da vida sobre a morte.
Dedicar a nossa vida a expandir o Reino de Cristo na terra é o melhor que podemos fazer, pois Cristo nos recompensará com alegria e uma paz profunda em todas as circunstancias da vida.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Liturgia e Celebrações Litúrgicas.
Ø O Que é Liturgia?
Liturgia é, antes de tudo, AÇÃO. Ação supõe movimento. A liturgia se expressa mediante palavras e gestos. Por isso, dizemos que a Liturgia e feita de sinais sensíveis, ou seja, sinais que chegam aos nossos sentidos (audição, tato, olfato, paladar, visão).
Antigamente, fora do campo religioso, Liturgia queria dizer Ação do Povo. A igreja passou a aplicar este termo para indicar ação do povo Reunido para expressar sua Fé em Deus.
Ø O que é celebrar?
Celebrar tem vários significados: festejar em massa, solenizar, honrar, exaltar, cercar de cuidado e de estima.
O ser humano é naturalmente celebrativo. As pessoas facilmente se reúnem para celebrar aniversários, vitórias esportivas, formaturas, batizados, casamentos, funerais, etc.
Ø Celebrações Litúrgicas
O que são celebrações litúrgicas? São encontros de Deus com o seu povo reunido. Esses encontros se realizam mediante algumas condições que chamamos Elementos Constitutivos da celebração litúrgica.
Os principais elementos que constituem uma celebração litúrgica são seguintes:
- Assembléia: São pessoas batizadas que se reúnem para celebrar.
- Ministros: Há Ministros ordenados –Bispo, Padres, Diáconos-e os Ministros Instituídos – Leitores e Acólitos.Há inúmeros outros ministros não ordenados, nem instituídos: ministros extraordinários da eucaristia, ministros da palavra, ministros do batismo...e ministros para os vários serviços da celebração litúrgica
- Proclamação da Palavra de Deus: Leitura de um trecho da Bíblia, escolhido para a celebração.
- Palavra da Igreja (Sermão Pastorial): Explicação da palavra proclamada, homilia, e orações.
- Ações Simbólicas: Ritos e símbolos mediantes os quais os fiéis entram em comunhão com Deus.
- Cantos: Indispensável na celebração, os cantos expressam harmonia dos cristãos, unida pela mesma fé.
- Espaço: Local da celebração, mas significa também ocasião para se reforçar os laços de fraternidade, momento da organização e luta por melhores condições de vida, e ambiente da festa humana.
- Tempo: É a sucessão de horas do dia e da noite, e também o instante da graça de Deus: são momentos em que Deus, desde toda a eternidade, vai realizando seu plano de salvação na história humana.
Simbolos e gestos simbolicos
Costumam dizer que a bandeira nacional é um símbolo da pátria.Isto quer dizer que quando você vê ou toca a bandeira, logo seu pensamento voa até o país que ela representa, por exemplo, o Brasil. Então, através da bandeira do Brasil você passa a considerar tudo o que pertence ao Brasil, sua extensão, as matas, os rios, as riquezas, o povo, enfim tudo o que faz parte do Brasil.Esse alguém ofender a bandeira, mexe com o sentimento patriótico.
Então o símbolo (objeto) nos transporta para outra realidade que está além do símbolo e tem relação com símbolo.Vamos dar um exemplo, tirado do mundo cristão: o crucifixo.
Todo cristão reconhece no crucificado a pessoa de Jesus Cristo, que redimiu do pecado e nos salvou.Portanto, aquele objeto de metal, madeira, ou de outro material, simboliza nosso Redentor, Jesus Cristo.Por isso tratamos com respeito o crucifixo.
Gestos simbólicos são ações que têm a mesma função do símbolo, isto é, nos transportam para outra dimensão, outra realidade, que, porém tem relação com o gesto simbólico.Por exemplo, no início e no fim, da missa o padre traça sobre si o sinal-da-cruz, enquanto diz as palavras “Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo“.E um gesto simbólico, que nos remete à Santíssima Trindade a que invocamos nesses momentos.
A seguir vamos explicar brevemente alguns sinais ou símbolos cristãos utilizados com freqüência na liturgia
.AQ: São a primeira e as últimas letras do alfabeto grego (Alfa e Omega).São aplicadas a Cristo, principio e fim de todas as coisas. Em geral aparecem no círio pascal, mas também nos paramentos litúrgicos, no ambão e no tabernáculos.
Este sinal é formado por duas letras do alfabeto grego (X-P) e correspondem ao C e R da língua portuguesa. Ajustando as duas,formavam-se as inicias da palavra Cristos:Cristo. Com freqüência este sinal aparece nos paramentos dos padres, no ambão, na porta do sacrário e na hóstia.
IHS: São inicias das palavras latinas Iesus Hominum Salvator, que significa: Jesus Salvador dos Homens.Geralmente são empregadas nas portas dos tabernáculos e nas hóstias.
PEIXE: Símbolos de Cristo. No inicio do cristianismo, em tempos de perseguição, o peixe era o sinal que os cristãos usavam para representar o Salvador.E que as inicias da palavra peixe na língua grega –IXTYS- explicavam que era Jesus: Iesus Cristos Teós Yós Sotér: Jesus Cristo, Filho de Deus Salvador.
As letras INRI são as inicias das palavras latinas Iesus Nazarenus Rex Iudocorum, que significaram: Jesus Rei dos Judeus.O Evangelho de João nos informa que estas palavras estavam escritas em três línguas (hebraico, latim, grego) sobre a cruz de Jesus (cf, João. 19,19).
Triângulo: com três ângulos iguais (eqüilátero) representa a Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo).
Conclusão
Os símbolos falam por si e têm grande poder de comunicação. Podemos escolher os símbolos para as celebrações, mas não devemos explicá-los, porque, à medida que explicamos, empobrecemos seus significados e encurtamos os seus alcance.Cada pessoa será atingida pelo símbolo conforme sua compreensão, sua historia de vida, sua situação no momento atual.
Um símbolo bem aproveitado nas celebrações poderá ser suficiente para atingir os objetivos desejados pela equipe da liturgia. Por isso, sou do parecer que,numa mesma celebração litúrgica,não se devem acumular símbolos.Símbolos amontoados soam símbolos de símbolos desperdiçados.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Sugestoes liturgicas para o mês de Outubro 2009
MÊS DAS MISSÕES.
Após as preces fazer a oração missionária e utilizar o material proposto para esse mês.
27º Domingo do Tempo Comum.
3-4 de Outubro
Leituras: Genesis 2, 18-24; Salmo 127 (128); Hebreus 2, 9-11
Marcos 2, 2-12 (Nova lei do matrimonio)
O que Deus uniu, o homem não separe.
Hoje Jesus convida-nos a enxergar que a relação amorosa entre o homem e a mulher é o mais forte sinal da sua aliança com a humanidade. Nesta celebração deixemos que o amor de Deus nos envolva e nos ajude a vencer as nossas contradições e infidelidades. Com o coração simples, acolhedor e puro de uma criança nós, Igreja-esposa, renovamos nossa aliança com Jesus Cristo, o esposo fiel.
Sugestões para a celebração:
- Convidar um casal, de preferência recém-casados, para entrar na procissão de entrada com um cartaz escrito: “o que Deus uniu, o homem não separe”.
- Outros casais e também algumas crianças podem participar da procissão de entrada.
- Nas preces rezar pela fidelidade dos casais. E pelas crianças.
Lembretes:
- Dia 5 São Benedito
- Novena de Nossa Senhora Aparecida.
28º Domingo do Tempo Comum.
10-11 de Outubro
Leituras: Sabedoria 7, 7-11; Salmo 89 (90); Hebreus 4, 12-13
Marcos 10, 17-27 (Jovem rico)
Vende tudo o que tens e segue-me!
No encontro de Jesus com o Jovem rico somos chamados a rever o nosso relacionamento com os bens materiais. Não se desfazendo dos bens e não se preocupando com o pobre e com o próximo, o jovem não faz opção por Jesus. Hoje a Palavra de Deus põe a nu e a descoberto as nossas opções.
Sugestões para a celebração:
- Em sinal de desprendimento dos bens matérias sugerir para a comunidade um gesto concreto. Motivado pelo Dia Mundial da Alimentação (16 de outubro).
- Nas preces rezar para que haja mais partilha e fraternidade em nossa comunidade.
- Antes das leituras pode ser cantado um refrão meditativo sobre a Palavra de Deus em substituição do comentário.
Lembretes:
- Dia 12: Nossa Senhora Aparecida. E dia das crianças.
(“Maria Mãe do Senhor, primeira evangelizada e primeira evangelizadora, invocada no Brasil com o titulo de Nossa Senhora Aparecida, ícone da Igreja em Missão, no inspire com seu exemplo de fidelidade e disponibilidade incondicional ao Reino de Deus e nos acompanhe com sua maternal intercessão.”) – Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, nº 216.
- Dia 15: Professor
- Dia 16: Dia Mundial da Alimentação.
29º Domingo do Tempo Comum.
17-18 de Outubro
Leituras: Isaias 53, 10-11; Salmo 32 (33); Hebreus 4, 14-16
Marcos 10, 35-45 (os filhos de Zebedeu)
O serviço que é redenção.
No caminho rumo à Jerusalém, após fazer o terceiro anuncio da paixão, Jesus depara-se mais uma vez com a incompreensão dos seus discípulos. No caminho de iniciação ao seguimento de Jesus o discípulo vai assimilando, aos poucos, o jeito messiânico de ser de Jesus. O Senhor propõe radicalidade no seguimento: tomar a cruz a cada dia, beber o mesmo cálice que Ele vai beber e ser servo de todos.
Sugestões para a celebração:
- Hoje, dia das missões, é importante valorizar os diversos ministérios presentes na comunidade. Lembrar as pessoas e as atividades missionárias da comunidade.
- Nas preces rezar por todos os missionários espalhados pelo mundo.
- Antes da bênção final, rezar uma Ave-Maria para todos os ministros, servidores e missionários da comunidade. Pode chamar também os médicos, se houver algum presente.
Lembretes:
- Dia 18: médico
- Dia 19: Tereza de Calcutá, grande servidora dos pobres.
30º Domingo do Tempo Comum.
24-25 de Outubro
Leituras: Jeremias 31, 7-9; Salmo 125 (126); Hebreus 5, 1-6
Marcos 10, 46-52 (o cego de Jericó)
Mestre, que eu veja!
Sem a cruz é impossível entender quem é Jesus e o que significa segui-lo. Quem for capaz de aceitar as exigências do seguimento, conseguirá enxergar e seguirá Jesus no caminho, como o cego Bartimeu. Hoje, somos convidados a deixar as seguranças,os medos e ir ao encontro do mestre Jesus, segui-lo até a morte e morte de cruz.
Sugestões para a celebração:
- Hoje é Dia Nacional da Juventude (DNJ): Convidar os jovens para fazer as leituras, as preces e participar da procissão de entrada trazendo a cruz, a bíblia, o círio pascal (ou a vela do altar), vestidos com as camisetas do grupo de jovem (se tiver).
- Se possível alguns jovens podem encenar o Evangelho.
- Nas preces, ou antes, da benção final fazer uma prece especial para eles.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Resumo da Constituição Sacrosanctum Concilium Edição Didática Popular.
Capitulo 1: O que levar em conta.
Veio ao mundo para ser o Mediador entre Deus e a humanidade.
Pelo Mistério Pascal realizou a perfeita glorificação de Deus e a redenção da humanidade.
Do seu lado aberto pela lança nasce a Igreja como sacramento admirável.
Ø A liturgia dos cristãos (SC 6).
Cristo, enviado pelo Pai, envia os apóstolos para pregarem o evangelho e para anunciarem a libertação e o Reino de Deus.
Concretizam o que anunciam ao celebrarem o Sacrifício e os Sacramentos.
Toda a liturgia dos cristãos gira em torno do Sacrifício e dos Sacramentos.
Ø Presença de Cristo na celebração litúrgica (SC 7).
Para que estas coisas tão importantes se realizem é que Cristo está presente.
Na Missa: tanto na pessoa do ministro quanto nas espécies eucarísticas.
Nos sacramentos: pela sua força, de tal forma que, quando alguém batiza, é Cristo mesmo que batiza.
Quando se lêem as Escrituras na Igreja: é Ele mesmo quem fala.
Quando a Igreja reza ou canta o Oficio Divino: onde dois ou mais estiverem reunidos, aí estou no meio deles. (Cf. Mateus 18, 20).
- Em todas estas ações Deus é perfeitamente glorificado e a humanidade santificada.
Ø O que é liturgia? (SC 7)
A liturgia é, portanto, o exercício do sacerdócio de Cristo através de sinais sensíveis que, de acordo com a especificidade de cada sinal, se realiza a santificação da humanidade.
Toda ação litúrgica é ação de Cristo sacerdote e do seu corpo, que é a Igreja.
É a ação mais sagrada e a mais eficaz; nenhuma outra ação da Igreja se iguala a ação litúrgica em eficácia.
Ø A liturgia não é tudo (SC 8-9).
A liturgia não esgota toda a capacidade de ação da Igreja.
Porque, para se celebrar eficazmente a liturgia, o cristão precisa primeiro ser evangelizado, precisa crer e precisa mudar de vida (conversão).
Aos que já crêem faz-se necessário um contínuo processo de evangelização e de conversão, precisa prepará-los para bem celebrar os sacramentos e precisa ensiná-los e incentivá-los a observar tudo quanto Cristo mandou. (Cf. Mateus 28, 20).
Ø Liturgia é cume e fonte (SC 10).
É o cume para onde converge toda a ação da Igreja.
E a fonte de onde brota toda a sua força.
Ø Frutos da ação litúrgica.
A própria liturgia nos incentiva a sermos concordes na piedade, isto é, que compartilhemos a mesma atitude filial para com o Pai e a mesma atitude fraternal para com os irmãos e irmãs.
A liturgia também pede a Deus que conservem em nossas vidas o que recebemos pela fé, isto é, que assimilemos e traduzamos em atitudes de vida, jeito de ser e vivência prática todo o mistério celebrado.
Ø Eficácia da liturgia (SC 11).
É preciso que os fiéis celebrem com boa disposição e intenção.
Sintonizem seu coração com as palavras que escutam, dizem ou cantam.
Não recebam em vão a graça que vem do alto.
A liturgia deve levar o cristão a cultivar uma vida espiritual, que não se limita somente a participação na celebração, mas a uma vivência comunitária.
Ø Participação (SC 14).
O Povo cristão, por força do batismo e pela própria natureza da liturgia, tem o direito e o dever de participar plena, consciente e ativamente das celebrações litúrgicas.
Pois a Sagrada liturgia é a primeira e necessária fonte da verdadeira espiritualidade.
Para que haja essa participação é necessária uma adequada formação do povo e do clero.
Ø Ministério litúrgico (SC 29).
Os ajudantes, os leitores, os animadores e os cantores, todos eles, desempenham um verdadeiro ministério litúrgico.
Cuide-se, então, de cumprir sua função com aquela piedade e ordem que convém a tão importante ministério.
Cuide-se cada um, no exercício do seu ministério, de fazer tudo e só aquilo que lhe compete (SC 28).
Ø Incentivar a participação ativa (SC 30).
As aclamações, as respostas, as salmodias, as antífonas ou refrões, os cantos, bem como as ações, os gestos, o porte do corpo e sem esquecer-se dos momentos do sagrado silêncio são oportunidades de se incentivar a participação ativa dos fiéis.
Ø Caráter didático e pastoral da liturgia (SC 33).
Nos cantos, nas orações e nos sinais sensíveis usados na liturgia os fiéis encontram uma grande oportunidade de aprendizado e ensinamento.
Quando a Igreja reza, canta ou age na liturgia a fé dos participantes se alimenta, suas mentes são despertadas para Deus, presta-se a Ele um culto racional e recebe-se com mais abundância a sua graça.
Ø Breves normas para os ritos (SC 34).
Brilhem pela sua nobre simplicidade, pela sua transparência e brevidade.
Evitem-se repetições inúteis.
Sejam acomodados a compreensão dos fiéis, sem precisar de muita explicação.
Ø A Sagrada Escritura na liturgia (SC 24).
Dela são proclamadas as leituras, cantados os salmos e explicadas nas homilias.
É de sua inspiração que surgiram as orações, os hinos litúrgicos e as preces.
É dela também que as ações, os gestos e os sinais litúrgicos tiram sua significação.
Ø Grande presente do Esposo para a Esposa (SC 47)
Na Última Ceia nosso Salvador institui o Sacrifício Eucarístico do seu corpo e do seu sangue. E confiou à Comunidade Cristã o Memorial (Cf. I Cor. 11,24-25), isto é, a lembrança viva, capaz de tornar presente em todos os tempos e lugares o Sacrifício (“Ação Sagrada”) da cruz, isto é, o Mistério da sua morte e ressurreição.
Santo Agostinho já o chamava de sacramento de piedade, sinal da unidade e vinculo de caridade, isto é, sinal privilegiado da comunhão entre nós e Deus, em Jesus Cristo.
Ø Como participar (SC 48).
Que os fiéis não se comportem nessa celebração como estranhos e nem como mudos espectadores.
Pelo contrário, bem motivados pelos ritos e orações, participem consciente, piedosa e ativamente dessa ação sagrada.
Sejam instruídos pela Palavra de Deus e alimentados pela Mesa do Corpo do Senhor, dando graças a Deus.
Aprendam a oferecerem-se a si próprios, juntamente com o sacerdote ao apresentar a hóstia imaculada.
- E assim, tendo Cristo como único Mediador, dia após dia, os fiéis vão se aperfeiçoando na união com Deus para que, finalmente, Deus chegue a ser tudo em todos.
Ø Importância da Palavra (SC 51-53).
Que a mesa da Palavra de Deus seja mais generosamente bem preparada e assim os tesouros da bíblia sejam abertos com mais largueza para os fiéis.
Insista-se no valor da homilia, pois a partir dela os fiéis adquirem um conhecimento mais atualizado das leituras bíblicas, dos Mistérios da fé e de orientações práticas para a vida cristã.
Ø Importância da Comunhão (SC 55).
Os fiéis sejam vivamente incentivados a participar da Missa de maneira perfeita, isto é, comungando o Corpo do Senhor.
Pode-se distribuir a comunhão sob as duas espécies, isto é, do pão e do vinho.
Ø Importância de toda a celebração (SC 56).
As duas partes da Missa, a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística, estão interligadas de maneira tão estreita que ambas formam um só e mesmo ato de culto, ou seja, uma só celebração.
Capítulo 3: Os demais sacramentos e os sacramentais.
Ø Sacramentos (SC 59).
Sacramentum: É o ato de consagração com que o soldado, por meio de um ‘sinal-selo’ impresso no seu corpo, se compromete a total fidelidade ao seu imperador.
Participando da celebração dos sacramentos e compreendendo os sinais sacramentais alimentamos nossa vida cristã.
Os sinais sacramentais alimentam, fortalecem e exprimem a fé, por isso são chamados de Sacramentos da fé.
Ø Sacramentais (SC 60).
Por eles as diversas circunstâncias da vida são santificadas.
Os bens materiais, santificados, se tornam meio de santificação das pessoas e expressão do louvor a Deus.
Tanto os sacramentos como os sacramentais existem para a santificação do ser humano, para a edificação do Corpo de Cristo e para o culto a Deus.
- Seguem-se uma série de pedidos de revisão dos ritos, das fórmulas e das rubricas para que os sacramentos e os sacramentais exprimam mais claramente sua natureza e seu efeito (Cf. SC 60-82)
Capítulo 4: Ofício Divino.
Ø O que é? (SC 83-84).
Por antiga tradição cristã, o Oficio Divino está organizado de tal maneira que todas as horas do dia e da noite são consagradas ao louvor de Deus.
-Matinas (Oficio das leituras), Laudes (Oração da manhã), Terça (9 horas), Sexta (meio dia), Noa (15 horas), Vésperas (Oração da tarde) e Completas (Oração da noite). Prioridade para as Laudes e a Vésperas, os dois esteios do Oficio de cada dia.
Ø A quem compete? (SC 86).
A voz da Esposa (Igreja) ressoa para o Esposo (Cristo) quando este admirável Oficio é religiosamente executado pelos sacerdotes, por outras pessoas especialmente delegadas e pelos fiéis unidos aos sacerdotes.
Ø Qual a finalidade? (SC 88).
Ao recitar ou cantar o Oficio Divino a Igreja louva ao Pai, santifica os vários momentos do dia e intercede pela salvação do mundo inteiro.
Põe-se em pratica o que Paulo disse: “Orai sem cessar” (I Tess 5, 17) e o que Jesus disse: “Sem mim nada podeis fazer” (João 15, 5).
Capítulo 5: Ano Litúrgico.
Ø Tesouros do poder santificador (SC 102).
Celebrando todo domingo a ressurreição do Senhor e ao longo do ano os Mistérios da Redenção (desde a Encarnação até a Ascenção), a Igreja torna presente os tesouros do poder santificador do seu Senhor. Para que assim os fiéis possam entrar em contato com esses tesouros e se abastecer da graça libertadora.
O objetivo maior do Ano Litúrgico é alimentar uma espiritualidade enraizada no Mistério Pascal (SC 107).
Ø Memória da Mãe do Senhor (SC 103).
A Igreja recorda ao longo do Ano litúrgico a bem-aventurada Mãe de Deus porque ela esteve indissoluvelmente associada à ação libertadora do Filho.
Como o fruto mais excelente da Redenção ela é a perfeita imagem daquilo que a Igreja deseja ser.
Ø Memória dos santos e mártires (SC 104 e 111).
Fazemos de sua lembrança uma inspiração permanente, pois foram exemplares.
A Igreja propõe seu exemplo aos fiéis, pois, pela graça de Deus, eles chegaram à perfeição e foram recompensados com a salvação eterna.
Estão no céu cantando o louvor perfeito e intercedendo por nós.
São celebrados no dia do seu nascimento para a eternidade.
Suas festas proclamam as maravilhas que Cristo opera em seus servos e servas.
Ø Exercícios de piedade (SC 105).
Ao longo do ano a Igreja cuida do crescimento espiritual de seus filhos e filhas retomando praticas consagradas pela Tradição como, exercícios piedosos tantos espirituais como corporais, reflexões, orações, praticas penitenciais e praticas de solidariedade e fraternidade.
Ø Importância do Domingo (SC 106).
É o dia mesmo em que aconteceu a ressurreição de Cristo.
Segue o costume de se celebrar, a cada oitavo dia, o Mistério Pascal, pelo que, justamente, esse dia passou a chamar-se “Dia do Senhor” ou “Domingo”.
Neste dia os cristãos devem reunir-se para ouvir a Palavra de Deus, participar da Eucaristia, recordar a paixão, ressurreição e glória do Senhor Jesus e dar graças a Deus.
Como fundamento e núcleo do Ano litúrgico o Domingo tem primazia sobre todas as demais celebrações.
Deve ser incentivado à devoção dos fiéis como um dia de festa, de alegria e de descanso do trabalho.
Capítulo 6: Musica Sacra.
Ø Importância da música na liturgia (SC 112-113).
Exprime com mais suavidade a oração.
Favorece a unanimidade, isto é, o consenso dos corações.
Dá maior solenidade aos ritos sagrados, isto é, maior brilho e expressividade.
Sua finalidade é a gloria de Deus e a santificação dos fiéis.
Quando conta com a participação ativa do povo o canto dá uma maior relevância à celebração dos ritos sagrados.
Ø Os cantores (SC 114).
Os pastores cuidem que nas celebrações toda a comunidade dos fiéis participe cantando.
O rico acervo da Música Sacra seja conservado e cuidadosamente promovido.
Ø O canto religioso popular (SC 118).
Seja inteligentemente incentivado, sobretudo nos momentos de reza, de devoção e nas próprias celebrações litúrgicas.
Ø Os instrumentos musicais (SC 120).
Sejam adequados ao uso litúrgico.
Condigam com a dignidade do templo.
Realmente favoreçam a edificação dos fiéis, acrescentem esplendor aos ritos e elevem as mentes a Deus e às coisas divinas.
Ø A letra dos cânticos (SC 121).
Os textos destinados aos cantos litúrgicos estejam de acordo com a doutrina católica e sejam tirados das fontes litúrgicas e, principalmente, da Sagrada Escritura.
Capítulo 7: A Arte Sacra e as Sagradas Alfaias.
Ø Importância (SC 122).
A arte deve estar a serviço da glorificação de Deus e da conversão dos corações humanos a Deus.
O artista sacro, através de sua obra, quer expressar a infinita beleza de Deus.
As obras de arte devem estar a favor da liturgia católica, da devoção, da edificação e também da instrução religiosa do povo cristão.
A Igreja sempre recorreu à arte para que os objetos utilizados nas celebrações fossem dignos, decentes e belos; pois, são sinais e símbolos das coisas do alto.
Ø Não se confunda arte com luxo (SC 123).
A arte sacra não deve ser ostentação de riqueza e vaidade, ela deve visar à nobre beleza, mais que à mera suntuosidade.
Ø Funcionalidade (SC 124).
Que a arte aplicada nas vestes, nos objetos e na construção dos templos, seja, sobretudo, funcional. Levando-se em conta as exigências específicas das ações litúrgicas e o incentivo à participação ativa dos fiéis.
Ø As imagens (SC 125).
A veneração das sagradas imagens pelos fiéis é costume que deve ser mantido.
Que haja moderação quanto ao número e respeito à hierarquia que deve haver entre elas.
A disposição das imagens não deve induzir o povo ao erro.
Fonte: A Sagrada Liturgia – Constituição Sacrosanctum Concilium. Edição didática popular comemorativa dos 40 anos do 1º documento do Concílio Vaticano II. CNBB.