quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Sugestoes Liturgicas para o mes de Setembro

24º Domingo do tempo comum
13-14 de Setembro
Exaltação da Santa Cruz.

Leituras: Números 21; Salmo 77(78); Filipenses 2; João 3, 13-17.

Celebramos a Exaltação da Santa Cruz. Desde o séc. IV no Oriente e o séc. VII no Ocidente o povo cristão celebra o triunfo da cruz, instrumento e sinal da nossa salvação. Exaltamo-la como sinal que manifesta, para sempre e para todos, o amor de Deus por nós, levado até as ultimas conseqüências por Jesus na entrega total de sua vida.

Sugestões para a Celebração:

Ø Trazer na procissão de entrada uma cruz enfeitada com flores ou pano vermelho e coloca-la em lugar de destaque.
Ø O canto de entrada deve expressar a exaltação da cruz.
Ø O sinal da cruz no início da celebração pode ser cantado.
Ø Depois da reflexão pode se fazer o rito do beijo da cruz, como na sexta-feira da Semana santa.

Lembrete: Amanhã, dia 15, celebra-se a memória de Nossa Senhora das dores. Pode-se fazer depois da comunhão a entrada da imagem dela (se tiver).



25º Domingo do Tempo Comum.
20-21 de Setembro

Leituras: Isaias 55; Salmo 144(145) Filipenses 1; Mateus 20, 1-16 (Operários da Vinha).

Hoje o Pai, o mais justo e bom “patrão”, nos chama a viver o sentido profundo de sua aliança selada em Jesus Cristo, por sua morte e ressurreição. Essa Aliança é dom (presente) gratuito de seu amor para conosco.
Segunda-feira começa a primavera. Toda a natureza brota exuberante, sinalizando a força da vida gerada no período sombrio do inverno.

Sugestões para a Celebração:

Ø Desde o início da celebração, manifestar, por meio de uma acolhida pessoal e muito carinhosa, a bondade gratuita de Deus.
Ø Continuar fazendo a procissão de entrada da bíblia, hoje dando destaque especial com mais flores.
Ø Fazer um instante de silêncio após a reflexão para que a assembléia possa meditar no amor misericordioso de Deus e sobre nossa acolhida aos necessitados.
Ø Enfeitar a capela com flores, lembrando o inicio da primavera, depois da comunhão pode-se ler uma mensagem sobre essa estação (como a mensagem da pagina 2 do Jornal da Paróquia deste mês),
Ø Fazer um cartaz com desenho de flores ou algo que lembre a primavera. Ou ainda distribuir uma flor ao final da celebração.


Lembrete: Este é o terceiro sábado, portanto dia de Missa.
Avisar sobre a novena de São Benedito.
Neste domingo começa a semana bíblica.
Pedir para as pessoas trazerem suas bíblias na celebração da semana que vem.



26º Domingo do Tempo Comum.
27-28 de Setembro.
Dia da Bíblia (dia 30).

Leituras: Ezequiel 18; Salmo 24(25); Filipenses 2, 1-11; Mateus 21, 28-32 (Os dois filhos).

Comemoramos hoje o dia da bíblia. Nós católicos celebramos esse dia procurando viver o discipulado, obedientes a Palavra de Deus. “A palavra de Deus é lâmpada para os meus passos e luz no meu caminho” (Salmo 118).

Sugestões para a Celebração:

Ø Dar maior destaque à mesa da Palavra.
Ø Fazer a procissão de entrada da bíblia com todas as bíblias trazidas pela assembléia. Cada um pode entrar com a sua e depois elas ficam todas expostas próximas à mesa da Palavra.
Ø Na profissão de fé a assembléia estende a mão direita em direção à mesa da Palavra e renova sua adesão à Palavra proclamada, medita e aceita. Uma pessoa pode erguer a Bíblia neste momento.

Lembrete: Encerramento da semana bíblica.
Avisar sobre a novena e festa de São Benedito.

Funções dos coroinhas e dos acólitos

Ø Coroinha:

Menino ou rapaz que, nas igrejas, exerce o papel de acólito nas funções litúrgicas. Ajuda na celebração da Santa Missa e nos demais atos litúrgicos, como casamentos, batizados, procissões etc. Somente em algumas dioceses o senhor Bispo autoriza que as meninas exerçam a função de coroinha.

Ø Acólito:

É o ministro que acompanha e serve o celebrante dos atos litúrgicos. O Acolitato é um ministério instituído.

“O acolito é instituído para servir ao altar e auxiliar o sacerdote e o diácono. Compete-lhe principalmente preparar o altar e os vasos sagrados, bem como distribuir aos fiéis a Eucaristia, da qual é ministro extraordinário.” (IGMR 65). Trata-se do acólito como ministério concedido pelo Bispo.

Os ofícios são diversos convém distribuir anteriormente as funções entre si ou se houver poucos acólitos, outros ministros podem exercer algumas de suas funções. Por exemplo: há algumas funções que inicialmente pertencem aos acólitos, mas são exercidas pelos ministros extraordinários da comunhão, ou pelo sacristão, etc.


Os ofícios do acólito, segundo a Introdução Geral sobre o Missal Romano (IGMR 142-147).

RITOS INICIAIS:
Ø Na procissão de entrada, o acólito pode levar a cruz e as velas acesas. Ou seja, exercer as funções de Cruciferário e Ceriferários.
Ø Exercer a função de Librífero.
Ø Deve ocupar um lugar do qual possa cumprir comodamente o seu ministério, pode sentar-se junto ao altar, no presbitério ou na cadeira ao lado do sacerdote.

LITURGIA EUCARÍSTICA:
Ø Não havendo diácono, depois da Oração da Assembléia, o acólito põe sobre o altar o corporal, o cálice, o sanguíneo, as âmbulas e o missal.
Ø Pode ajudar o sacerdote a receber a oferendas.
Ø Usando-se incenso, apresenta ao sacerdote o turíbulo e o auxilia na incensação das oferendas e do altar. Ou seja, o acólito pode exercer as funções de Turiferário e Naveturário.
Ø Não havendo diácono, pode o acólito incensar o sacerdote e o povo.
Ø Auxiliar o sacerdote no rito do lavabo.
Ø Pode ajudar o sacerdote a distribuir a comunhão, pois o acólito é um ministro extraordinário.
Ø Se a comunhão for distribuída sobre duas espécies pode segurar o cálice ou a âmbula. Ou ainda a patena.
Ø Terminada a comunhão ajuda o sacerdote ou o diácono a purificar e arrumar os vasos sagrados na credência.
Ø Ajudar o sacerdote ou o diácono em outras coisas necessárias.


O coroinha não é um enfeite, mas alguém que, servindo o altar com amor
e responsabilidade, está fazendo crescer a comunidade.
Seminarista Marcio Canteli.

Liturgia

As cores litúrgicas sempre estarão presentes na toalha do altar, da credência e do ambão e sobre tudo nas vestes litúrgicas.

O BRANCO: Simboliza a vitória, a paz, a alma pura, a alegria. Usa-se: na Quinta-feira Santa, na Vigília Pascal do Sábado Santo, em todo o Tempo Pascal, no Natal, no Tempo do Natal, nas festas dos santos (quando não mártires) e nas festas do Senhor (exceto as da Paixão). É a cor predominante da ressurreição.

O VERMELHO: Simboliza o fogo, o sangue, o amor divino, o martírio. É usado: no Domingo
De Ramos e da Paixão, na Sexta-Feira da Paixão, no Domingo de Pentecostes, nas festas dos apóstolos, dos santos mártires e dos evangelistas.

O VERDE: É a cor da esperança. Usa-se no Tempo Comum. (Quando no Tempo Comum se celebra uma festa do Senhor ou dos santos, usa-se então a cor da festa).

O ROXO: Simboliza a penitência. Usa-se no Tempo do Advento e da Quaresma. Pode-se também usar nos ofícios e missas pelos mortos. (Quanto ao Advento, está havendo uma tendência a se usar o violeta, em vez do roxo, para distingui-lo da Quaresma, pois Advento é tempo de feliz expectativa e de esperança, num viver sóbrio, e não de penitência, como a Quaresma).

O PRETO: É uma cor pouco usada, porém ela é símbolo de luto. Pode ser usado nas missas pelos mortos, mas nessas celebrações pode-se usar também o branco, dando-se então ênfase não à dor, mas à ressurreição.

O ROSA ou ROSEO: Simboliza também a alegria. Pode ser usado no 3º Domingo do Advento, chamado "Gaudete”, e no 4º Domingo da Quaresma, chamado aqui "Laetare", ambos os domingos da alegria.

Ø OUTROS SÍMBOLOS LITÚRGICOS.

IHS: Iniciais das palavras latinas “Iesus Hominum Salvator”, que significam: Jesus Salvador dos Homens. São encontradas sempre nos paramentos litúrgicos, nas portas de sacrário e nas hóstias.

ALFA (Α) E ÔMEGA (Ω): Primeira e última letra do alfabeto grego. No Cristianismo aplicam-se a Cristo, princípio e fim de todas as coisas.

TRIÂNGULO: Com seus três ângulos iguais, o triângulo simboliza a Santíssima Trindade.

INRI: São as iniciais das palavras latinas “Iesus Nazarenus Rex Iudaerum”, que querem dizer: Jesus Nazareno Rei dos Judeus, colocadas por Pilatos na crucifixão de Jesus (Cf. Jo 19,19).

XP: Estas letras, do alfabeto grego, correspondem em português ao “C” e ao “R”. Quando elas aparecem juntas (uma sobre a outra), formam as iniciais da palavra CRISTÓS (Cristo).

Elaborado pelo Seminarista Marcio Canteli.

Citações biblicas

Mc 11,20-26: Fé que move montanhas.
Lc 4,1-13: JC supera as tentações.
Lc 6,46-49: Casa sobre a rocha.
Lc 10,30-37: Bom samaritano.
Lc 11,5-13: Perseverar na oração.
Lc 12,22-34: Buscai primeiro...
Lc 15,3-10: Ovelha perdida.
Rm 8,28-30: Tudo concorre para o bem.
Rm 12,9-18: Relações humanas cristã.
Rm 13,8-10: Amor ao próximo.
Rm 15,1-6: Suportar a fraqueza dos outros.
I Cor 4,16-5,8: Morte e vida eterna.
I Cor 12,12-22: Um corpo, muitos membros.
I Cor 13,3-10.13: Hino ao amor.
II Cor 4,16-18: Tribulação é momentânea.
Ef 4,1-6: Unidade na adversidade.
Ef 6,10-20: Armadura de Deus.
I Tes 3,11-13: Viver o amor e a Santidade.
II Tim 13,14-17: Sagradas Escrituras é útil.
Heb 4,15-16: JC compadece de nossas fraq.
Heb 12,1-3: Perseverança, olhos fixos JC.
Tiago 2,14-18: Fé sem obras é morta.
Tiago 5,7-11: Paciência e perseverança.
I Ped 5,5-11: Perseverança na fé.
I Jo 1,5-7: Estar em comunhão com Deus.
I Jo 2,15-17: Não amem o mundo.
Slm 27(26) 1-6: Confiança
Slm 118(119) 1-8: Palavra de Deus.

Minhas Oraçoes Diárias

Orações da Manhã

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Bendito sejais meu Deus, porque ainda me conservais a vida. Fazei Senhor, que seja só para vos servir.

Glória vos seja dada, ó Trindade Santíssima, por mim e por todas as criaturas, agora e por todos os séculos. Amém.

Adoro-vos ó meu Deus e vos agradeço os inúmeros benefícios que me tendes feito, especialmente o de me terdes guardado esta noite, e conservado a vida até este dia. Prometo servir-vos e não mais vos ofender, nem hoje nem dia algum da minha vida.

Quero Senhor, emendar-me dos defeitos em que costumo cair muitas vezes, e fugir de todas as ocasiões de pecar. Ó meu Deus, concedei-me a graça de cumprir este propósito de viver até à morte na vossa graça e no vosso santo amor.

Bendito, louvado e adorado seja o Santíssimo Sacramento do altar. Bendita e louvada a puríssima Conceição da bem-aventurada Virgem Maria, concebida em graça e sem mancha do pecado original, desde o primeiro instante do seu ser. Amém.

Ave Maria
Oferecimento do dia

Deus, nosso Pai, eu te ofereço todo o dia de hoje: minhas orações e obras, meus pensamentos e palavras, minhas alegrias e sofrimentos, em reparação de nossas ofensas, em união com o Coração de teu Filho Jesus, que continua a oferecer-se a Ti, na Eucaristia, pela salvação o mundo. Que o Espírito Santo, que guiou a Jesus, seja meu guia e meu amparo neste dia, para que eu possa ser testemunha do teu amor. Com Maria, Mãe e Jesus e da Igreja, rezo especialmente pelas intenções do Santo Padre para este mês:

Atos de Fé, Esperança e Caridade.

Meu Deus, creio em vós, e em tudo o que revelastes, porque sois a suma verdade.
Espero em vós, porque sois infinitamente misericordioso.
Amo-vos, porque sois infinitamente bom e amável; e por amor de vós amo o meu próximo como a mim mesmo.

Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, guarda, governa e ilumina. Amém.

Glória ao Pai.


Orações da Noite

Pelo sinal da santa Cruz, livrai-nos Deus e nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Meu Deus, meu Pai e Criador. Eu vos adoro e reverencio de todo o meu coração. Dou-vos infinitas graças por me terdes criado, feito cristão e conservado neste dia.

Creio em vós, porque sois a mesma verdade. Espero em vós, porque sois fiel às vossas promessas. Amo-vos de todo o meu coração, porque sois infinitamente bom e amável. E amo o meu próximo como a mim mesmo, por amor de vós.

Colóquio e Exame de consciência.

Ato de contrição
Senhor, meu Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro, Criador e Redentor meu, por serdes vós quem sois, sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, porque vos amo e estimo, pesa-me, Senhor, de todo o meu coração de vos ter ofendido e proponho firmemente, ajudado com os auxílios da vossa divina graça, emendar-me e não mais vos tornar a ofender e espero alcançar o perdão das minhas culpas, pela vossa infinita misericórdia. Amém.
Súplicas

Dignai-vos Senhor, conservar-me esta noite sem pecado; abençoai o descanso que vou tomar a fim de reparar as forças para vos servir melhor e com fervor amanha.

Corações santíssimos de Jesus e Maria, entrego-vos nesta noite minha alma e o meu corpo, para que em vós descansem tranqüilamente.

Consagração a Nossa Senhora

Ó minha senhora e minha mãe, eu me ofereço todo a vós e em prova da minha devoção para convosco vos consagro neste dia os meus olhos, meus ouvidos, minha boca, meu coração e inteiramente todo o meu ser, e porque assim sou vosso, ó incomparável Mãe, guardai-me e defendei-me como coisa e propriedade vossa. Amém.

Pelas almas do purgatório.

V. Dai-lhes, Senhor, o eterno descanso.
R. Entre os resplendores da luz perpétua.
V. Descansem em paz.
R. Amém.

Glória ao Pai.

A Santa Missa - Parte por parte

A Santa Missa

Ritos Iniciais
Compõe a comunidade introduzindo-a no mistério a ser celebrado. Esse rito prepara nossos corações para a mesa da Palavra e da Eucaristia.
O Canto de entrada dá início à celebração, sua função é favorecer a união dos fiéis em assembléia e acompanhar a procissão do sacerdote e dos ministros, essa procissão, por sua vez representa a caminhada do povo rumo a Deus. Ao chegar ao altar o sacerdote beija-o como que se estivesse apontando onde estará o Cristo-Eucarístico (Cf. Marcos 14, 44). Na verdade o altar é o próprio Cristo e o sacerdote beija-o saudando.
Em seguida traçamos sobre nós o Sinal da cruz que é o sinal do cristão, mostra que estamos reunidos em nome da Santíssima Trindade para celebrar. O sacerdote introduz a Missa do dia e saúda a assembléia com uma fórmula que se encontra em Efésios 1,2 e respondemos bendizendo a Deus que nos reúne em seu amor.
O Ato penitencial nos prepara para a escuta da Palavra e para Eucaristia, é uma sincera atitude interior de reconhecimento da nossa fraqueza e um apelo ao amor misericordioso do Cristo, por isso requer uma conveniente pausa de silêncio. Esse Ato não substitui o sacramento da confissão e é feito em nome da Trindade: Senhor tende piedade se referente à Deus-Pai, Cristo tende piedade ao Deus-Filho e o Senhor tende piedade a Deus-Espírito Santo. Pode ser finalizado com um canto penitencial.
O Glória é um hino antiqüíssimo com o qual a Igreja manifesta seu louvor, adoração e súplica ao Cristo, e por ele ao Pai e ao Espírito. Deve ser fiel a letra tradicional e pode ser cantado ou recitado.
Em seguida o sacerdote convida todo o povo a orar e num instante de silencio fazemos em nosso íntimo uma oração pessoal apresentando nossas intenções. O sacerdote prossegue com a oração chamada Oração do dia ou Coleta, pois é como se ele estivesse recolhendo nossos pedidos e apresentando a Deus-Pai, por Cristo, no Espírito Santo. O povo manifestando sua concordância responde Amém, que significa “assim seja”.

Liturgia da Palavra
É um elemento importantíssimo da celebração, pois é o próprio Deus que fala quando se lêem as Escrituras. As leituras oferecem aos fiéis a mesa da Palavra de Deus e abrem-lhes os tesouros da Bíblia, por isso elas devem ser ouvidas por todos com veneração. Ficamos sentados, pois essa é uma posição que favorece a escuta e a atenção. A liturgia da palavra é um momento de dialogo entre Deus e o povo.
A 1ª leitura normalmente é retirada do Antigo Testamento, exceto na Páscoa quando se lê os Atos dos Apóstolos. Essa leitura deve ser interpretada à luz do Evangelho, pois se relaciona com ele. O Salmo é uma resposta orante e poética à 1ª Leitura, ele favorece a meditação dessa leitura, por isso deve ser cantado, ao menos o refrão. A 2ª Leitura é do Novo Testamento, como as cartas de S.Paulo, e tem um caráter prático. Em seguida temos a Aclamação ao Evangelho como sinal da nossa alegria e saudação em receber o Senhor que vai falar. Cantamos o Aleluia que significa “louvai o Senhor”, fazemos o sinal da cruz na testa para que o Senhor abra a nossa mente para compreendermos o Evangelho, nos Lábios para que anunciemos o que vamos ouvir e no peito para que guardemos no coração a Palavra de Deus.
No Evangelho é o próprio Cristo que fala, por isso ficamos em pé disponíveis para ouvi-lo. É proclamado algum trecho sobre a vida de Jesus para que possamos imitá-lo. Na seqüência temos a Homilia, palavra que significa “conversa em família”. O sacerdote busca atualizar a palavra de Deus interpretando as leituras no contexto atual. A oração do Creio ou Profissão de fé é a resposta de fé da comunidade à palavra proclamada, explicada e meditada. Essa oração recorda e afirma os grandes mistérios da fé, nós a rezamos com o intuito de renovar nossos compromissos com Deus assumidos no Batismo.
Na Oração da assembléia ou prece dos fiéis a palavra se faz oração. Esse é o momento onde o povo exerce sua função sacerdotal pedindo ou suplicando a Deus pelas necessidades de toda a Igreja e pela salvação do mundo inteiro.

Liturgia Eucarística
É o momento em que a Palavra se faz Eucaristia, que quer dizer “ação de graças”. Consiste essencialmente na ceia sacrifical que, sob os sinais do pão e do vinho, perpetua no altar o sacrifício pascal de Cristo Senhor.
No ofertório os fiéis, num sentido de oferecimento, levam ao altar em procissão o pão e o vinho para serem consagrados. O Vinho era uma bebida típica no tempo de Jesus, representa a alegria, pois era consumida nas festas, mas também o sofrimento, pois a uva precisa ser pisada para se tornar vinho. A hóstia representa o pão ázimo (sem fermento) e recorda o Maná enviado por Deus ao povo de Israel no deserto. O sacerdote coloca uma gota de água no vinho, não para ficar fraco, mas no sentido de unir a natureza humana (água) à divindade de Cristo (vinho consagrado), Dizia São Cipriano: “Se houver apenas água sem vinho, nós estamos sozinhos, sem Cristo. E se houver só vinho sem água estaria Cristo sozinho sem nós”. Prosseguindo o rito do ofertório o sacerdote em silêncio faz uma oração de agradecimento e de apresentação das oferendas a Deus e lava as mãos com o sentido de purificação exterior e interior (espiritual). Conclui-se esse rito com a anáfora ou oração sobre as oferendas no sentido de ação de graças e consagração.
No ofertório também são recebidos dinheiro ou outros donativos para atender as necessidades dos pobres e da Igreja em geral. Na coleta não é a quantidade que importa, mas o seu sentido de dar sem retribuição. Com esse gesto concreto estamos imitando a Cristo que se entregou a si mesmo em favor dos outros.
Oração Eucarística, centro e ápice de toda a celebração, inicia-se com o diálogo do Prefácio elevando o coração ao Senhor damos graças à Santíssima Trindade por todas as maravilhas do seu amor, geralmente o prefácio está ligado ao tema da celebração e tem a intenção de fazer a ligação entre a mesa da palavra e a mesa da Eucaristia. Em seguida toda a assembléia canta ou recita o Santo, um antigo canto que une a Igreja terrestre (povo) com a Igreja celeste (anjos) para louvar o Deus três vezes santo (Cf. Ap. 4, 8 e Mc. 11, 9-10).
Rezando a Epíclese, que significa “chamado do alto”, e traçando as mãos sobre as oferendas o sacerdote pede ao Pai que o Espírito Santo transforme o pão e o vinho em corpo e sangue de Jesus Cristo. Todos se ajoelham em sinal de respeito e adoração. Olhando para o altar acompanhamos o Relato da instituição e a Consagração quando o sacerdote reproduz as mesmas palavras e o mesmo gesto de Jesus na última ceia (Cf. Mt 26, 26-29). “A força das palavras e da ação de Cristo e o poder do Espírito Santo tornam o pão e o vinho em Corpo e Sangre de Cristo Jesus” (CIC 1353).
Cumprindo a ordem recebida do Cristo Senhor, por meio dos apóstolos o sacerdote reza a Anamnese que faz memória da paixão, ressurreição e volta gloriosa de Cristo Jesus. Na Oblação pedimos que se realize naqueles que comungam a união perfeita “num só corpo e espírito”. erfeita num sao a e aos santos;itossao do seu amor.a Igreja, esse gesto caridosoinha Seguem-se as intercessões: pela Igreja (Papa, Bispo, ministros), pelos fiéis vivos e falecidos, à Virgem Maria e aos santos. Essas orações mostram que a eucaristia é celebrada em comunhão com toda a Igreja, tanto a celeste como a terrestre.
A Doxologia (Por, com e em Cristo) mostra que tudo que celebramos está unido a Cristo, ao Pai no Espírito Santo. Confirmando todas as preces da oração eucarística o povo responde solenemente com o Amém.
Antes de comungar devemos saber o que significa seguir os passos de Jesus, por isso rezamos o Pai-nosso que é um verdadeiro programa de vida. Ele é rezado sem o amém, pois tem uma continuação chamada embolismo que inclui o pedido de libertação do mal, dos pecados, dos perigos e um pedido de paz e de unidade. Damos o Abraço da paz por que antes de comungar devemos estar em paz com todos. O Cordeiro de Deus lembra a pregação de João (Cf. João 1, 29). Enquanto rezamos o sacerdote realiza a Fração do pão ele divide o pão que depois será partilhado em sinal de unidade e fraternidade mostrando que embora sendo muitos nos tornamos um só corpo comungando a um mesmo pão da vida, que é Cristo (Cf. I Cor 10,17) Ele coloca um pedaço do pão no cálice com o vinho para mostrar que o corpo e o sangre de Cristo estão unidos. Dizendo: “felizes os convidados para a ceia do Senhor” o sacerdote nos Convida à comunhão, nós respondemos com uma oração que demonstra humildade e uma profunda fé em Cristo Jesus (Cf. Mateus 8, 8).
Por fim chegamos a Comunhão o momento em que fazemos a nossa “comum união” com o próprio Cristo vivo e presente na Eucaristia. Ao receber a hóstia consagrada respondemos Amém em sinal de concordância. De joelhos fazemos a nossa oração pessoal de louvor, agradecimento, adoração ou súplica. O Sacerdote reza a Oração depois da comunhão em tom de agradecimento e implorando, a Deus Pai, os frutos do mistério celebrado.

Ritos finais
Inclinamos ligeiramente a cabeça e recebemos a Benção final. Em tom fraternal o sacerdote faz a Despedida exortando toda a comunidade a testemunhar com a vida a realidade celebrada. Inicia-se a Procissão de saída, por ela lembramos que Cristo caminha conosco no dia-a-dia, ou seja, nós não saímos da presença de Deus, pois levamo-lo dentro de nós. Termina-se a Missa, contudo, fortalecidos e encorajados, começa a nossa missão.
Elaborado pelo seminarista Marcio Canteli da Diocese de Bragança Paulista.

Oi!!! :-)

Eu sou o seminarista Marcio Canteli e nao poderia deixar de ter tambem o meu blog