A Cruz recorda o Cristo crucificado, o seu
sacrifício, o seu martírio que nos trouxe a salvação.
No dia 14 deste mês, a liturgia de
nossa Igreja celebra a festa da Exaltação da Santa Cruz.
Esta
festividade está ligada à dedicação de duas importantes basílicas construídas
em Jerusalém por ordem de Constantino.
Uma
construída sobre o Monte do Gólgota e outra, no lugar em que Cristo Jesus foi
sepultado e ressuscitado pelo poder de Deus.
A
dedicação destas duas basílicas remonta ao ano 335, quando a Santa Cruz foi
exaltada e apresentada aos fiéis.
A cruz era instrumento de
suplício, escândalo para os judeus, loucura para os pagãos, mas se tornou,
depois da morte de Cristo, para nós cristãos, motivo de glória.
Se por um lado a Cruz demonstra a maldade do ser humano,
por outro, demonstra a grandiosidade do amor do Pai “que não poupou seu próprio
Filho” (Rm 8,32) e do amor de Cristo, que demonstra ali seu amor pelos amigos, “morrendo
por eles” (Jo 15,13).
Deus não parou, evidentemente, na
cruz. A Paixão conduziu Jesus à ressurreição, à vitória final sobre a morte e o
pecado.
Portanto, na Cruz se defrontam o ódio máximo e o amor maior; o aparente fracasso
e a vitória final; a justiça e a misericórdia; as luzes e as trevas; a tristeza
da morte e o borbulhar das “fontes da alegria de salvação” (Is, 12,3).
O caminho da cruz,
da humilhação e da obediência, foi o que Deus escolheu para nos salvar.
Cada um tem a sua
cruz. É o próprio Jesus quem nos diz isso muito claramente: “Se
alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e
siga-me” (Lc 9,23) e diz ainda que “se o grão de trigo, caído na terra, não
morrer, fica só; mas, se morrer, produz muito fruto” (Jo 12,24b).
É preciso lutar
contra o medo que temos da cruz e do sofrimento. São João da Cruz dizia que o
que mais nos faz sofrer é o medo que temos da cruz.
Já Santa Teresa
dizia que, quando abraçamos nossa cruz com coragem e vontade, ela se torna
leve.
Enfim, precisamos
levar a cruz e não arrastá-la…
Olhando para a Santa Cruz Oremos:
Salve, cruz bendita, fostes e és para muitos motivo de
escândalo, para nós cristãos é memória da nossa redenção.
Em ti fomos redimidos de todos os pecados, de todas as
escravidões.
Contemplando-te, assumimos a missão de entregar também a nossa vida como fez Jesus, para que todos, no Senhor, tenham vida em plenitude.
Em ti, vemos o sofrimento de Cristo e de todos os homens e mulheres do mundo.
Dai-nos, Jesus, a graça de um dia, após a nossa peregrinação terrestre, ter a glória da
ressurreição.
Assim seja
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