sábado, 6 de agosto de 2011

O Padre


O Padre recebe de Deus a graça de ser ministro de Jesus Cristo no meio do povo, porem é em virtude do sacramento da Ordem, recebido pela imposição das mãos do bispo, que o padre é promovido ao serviço de Cristo mestre, sacerdote e rei e com isso pode desempenhar publicamente o oficio sacerdotal em nome de Cristo a favor de todos os seres humanos.
O Padre é tirado do meio dos seres humanos e constituído sacerdote em favor dos seres humanos nas coisas que se referem a Deus. Ele é retirado do meio dos seres humanos, não para ser separados deles, mas para que se consagrem totalmente à obra para a qual Deus o chama.
O Padre é um homem que entrega a sua vida à oração, à adoração, à pregação da Palavra de Deus, ao Sacrifício Eucarístico (Santa Missa) e à administração dos demais sacramentos. Ele faz de Deus o centro e o fundamento de sua vida, pois o padre é um “homem de Deus” (Cf. I Tim 6, 11), que cultiva uma profunda amizade com Jesus e assim torna-se capaz de levar Deus a todos.
O seu ministério exige que o padre não se conforme a este mundo, mas que vivendo nele semeie o Evangelho e a boa semente do Reino de Deus. O padre convive com o povo para que ele possa conhecer melhor as suas ovelhas e assim fazer com que elas ouçam mais perfeitamente a voz do Cristo Bom Pastor.
Para que o padre seja um bom pastor, a exemplo de Cristo o Pastor por excelência, é muito importante que ele viva as virtudes da bondade, humildade, obediência, sinceridade, justiça e entre outras aquelas que o apostolo Paulo recomenda na Carta aos Filipenses “Ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, nobre, justo, puro, amável, honroso, virtuoso ou que de qualquer modo mereça louvor” (Fl 4, 8).
O padre é, antes de tudo, ministro da Palavra de Deus. Como cooperador do bispo ele tem como primeiro dever anunciar a todos o Evangelho de Deus e, com ele, alimentar os corações dos fiéis. Todos os dias o padre lê, medita e reza a palavra do Senhor que deve ensinar aos seus fieis, esforçando-se por realizá-la em si mesmo e assim se tornar cada vez mais perfeito discípulo do Senhor.
É o padre quem, pelo batismo, introduz os seres humanos no povo de Deus, pelo sacramento da penitencia ele reconcilia os pecadores com Deus e com a Igreja, com o óleo dos enfermos alivia os sofrimentos dos doentes e com a celebração da Santa Missa torna Cristo presente em nosso meio. Com efeito, na santíssima eucaristia está contido todo o bem espiritual da Igreja, isto é, o próprio corpo e sangue de nosso Senhor Jesus Cristo.
Ao padre é dado o poder espiritual para a edificação de todo o povo de Deus, que é a Igreja. Por isso o padre, como educador da fé, deve cuidar para que cada fiel tenha uma fé madura, viva e operosa e assim cumpra cristãmente seus deveres na comunidade humana e na comunidade paroquial.
O padre está à frente da comunidade dos fieis como um irmão entre os irmãos. Ele é responsável pela administração financeira e pela organização pastoral da paróquia e neste oficio não deve procurar os seus próprios interesses, mas os interesses de Jesus Cristo. Pois o padre deve viver com os leigos segundo o exemplo do Cristo que veio para o meio dos seres humanos “não para ser servido, mas para servir e dar a sua vida pela redenção de muitos” (Mt 20, 28). Ou seja, o padre, como Jesus, também dá a vida pelas suas ovelhas (Cf. Jo 10, 11).
Por ultimo peço que os fieis tomem consciências das obrigações que têm para com os seus padres, dediquem-lhes filial amor como a pais e pastores seus. Tomem parte nas suas preocupações, auxiliem quanto lhes for possível com orações e obras, para que eles possam melhor vencer as dificuldades e cumprir mais frutuosamente os seus deveres (Cf. Lumen Gentium n. 37).
Elaborado por Marcio Canteli Silva com base no Decreto Presbyterorum Ordinis sobre o ministério e a vida dos sacerdotes.

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