segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Sugestões Litúrgicas para o mês da Bíblia 2011


SETEMBRO 2011 – TEMPO COMUM – ANO A
Mês da bíblia

23º Domingo do Tempo Comum – A (03-04 Setembro 2011)
1ª Leitura: Ezequiel 33, 7-9: Adverte o ímpio a respeito da tua conduta.
Salmo 94: Não fecheis o coração, ouvi, hoje, a voz de Deus!
2ª Leitura: Romanos 13, 8-10: O amor é o cumprimento perfeito da Lei.
Evangelho: Mateus 18, 15-20: Se ele te ouvir, tu ganharás o teu irmão.

- Frases temáticas
Quem ama o próximo está cumprindo a Lei.
De irmão para irmão.
Estender a mão para levantar quem está caído.
Dialogando com Jesus.

- Espaço celebrativo
Dar destaque à mesa da Palavra e à Liturgia da Palavra.
Uma mesa, bem enfeitada, com a bíblia aberta poderá ser colocada na entrada da Igreja.
Sugestão de ilustração: uma pessoa ajudando levantar a outra que está caída.

- Procissão de entrada
Jovens entram com cartazes que expressam a falta de dialogo na comunidade: desunião, fofocas, invejas, exclusão, preconceito, brigas, divisões, etc.

- Ritos iniciais
O abraço da paz, como sinal sensível da unidade, poderá ser realizado na inicio da celebração.
  
- Ato penitencial
A partir dos cartazes trazidos na procissão de entrada, o presidente da celebração deve procurar levar a assembléia a um profundo exame de consciência. Enquanto se canta “Senhor tende piedade de nós” os cartazes sejam rasgados e jogados numa lixeira.

- Liturgia da Palavra
Fazer a procissão de entrada da bíblia ou lecionário. Solenizar esse momento com velas acesas, flores naturais, dança, música apropriada e, se possível, incenso.

Na homilia procurar concretizar bem o como fazer a “correção fraterna”, tão necessária à vida comunitária e familiar.

- Ofertório
Alem do pão e do vinho oferecer sinais de dialogo existentes na comunidade, por exemplo: compreensão, união, comunicação, verdade, amor, comunhão, etc. esses cartazes sejam de cor diferente dos primeiros.

- Pai Nosso
Como sinal de unidade e fraternidade o Pai Nosso pode ser rezado ou cantado de mãos dadas.



24º Domingo do Tempo Comum – A (10-11 Setembro 2011)
1ª Leitura: Eclesiástico 27, 33-28,9: Perdoe a injustiça cometida por teu próximo.
Salmo 102: O Senhor é bondoso, compassivo e carinhoso.
2ª Leitura: Romanos 14, 7-9: Quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor.
Evangelho: Mateus 18, 21-35: Perdoar até setenta vezes sete.

- Frases temáticas
Romper a cadeia do ódio.
Perdoando sem impor condições.
Somos todos devedores.
Perdão, instrumento de cura.
Abrir-nos ao perdão de Deus para perdoar o irmão.

- Espaço celebrativo
Dar destaque à mesa da Palavra e à Liturgia da Palavra.

Evitar a correria de última hora. A equipe deve se preparar durante a semana refletindo os textos bíblicos e verificando quais são os gestos e ações a serem valorizados em cada celebração.

- Ato penitencial
Quem preside dirige a reflexão penitencial ajudando a assembléia a compreender a dimensão do perdão verdadeiro. Após o canto o presidente convida todos a um gesto de perdão, como um abraço, um aperto de mão, etc.

- Liturgia da Palavra
Fazer a procissão de entrada da bíblia ou lecionário. Solenizar esse momento com velas acesas, flores naturais, dança, música apropriada e, se possível, incenso.
O Evangelho seja bastante valorizado com uma encenação ou proclamado em forma de jogral, com preparação anterior.

- Liturgia eucarística
Escolher uma das Orações Eucarísticas que expressem mais claramente o mistério da reconciliação e do perdão.

- Abraço da paz
Nesse domingo do perdão sem medida, o Abraço da paz seja realizado em sinal do perdão e da reconciliação entre as pessoas. Também pode ser realizado após a homilia.

- Comunhão
Viver com especial fervor e devoção o Rito da comunhão com um cântico que retome o conteúdo do Evangelho.

- Ritos finais
Dia 14 de Setembro: Exaltação da Santa Cruz
Dia 15 de Setembro: Nossa Senhora das Dores.

Referência:
PEREIRA, José Carlos. Liturgia: sugestões para dinamizar as celebrações. Petrópolis: Vozes, 2009



25º Domingo do Tempo Comum – A (17-18 Setembro 2011)
1ª Leitura: Isaias 55, 6-7: Buscai o Senhor, enquanto pode ser achado.
Salmo 144: O Senhor está perto da pessoa que o invoca!
2ª Leitura: Filipenses 1, 20-24.27: Para mim o viver é Cristo.
Evangelho: Mateus 20, 1-16: Parábola dos trabalhadores da ultima hora.

- Frases temáticas
Deus chama a todos na situação em que se encontram.
Trabalhadores da vinha do Pai generoso.
Os primeiros e os últimos.
Justiça dos homens X Justiça de Deus.
O bem para alguns ou para todos?

- Espaço celebrativo
Continuar dando destaque à mesa da Palavra.
Preparar o ambiente com muitas flores, lembrando o inicio da primavera.

- Procissão de entrada
Dois cartazes: um com a palavra “generosidade” e outro com a palavra “ternura”.

- Liturgia da Palavra
Fazer a procissão de entrada da bíblia ou lecionário com a participação dos leitores e salmista.
Durante a proclamação do Evangelho, algumas pessoas com velas podem ladear a mesa da Palavra. Ao término da proclamação o livro é apresentado à assembléia que o saúda com palmas enquanto a equipe de música repete o refrão do canto de aclamação ao Evangelho.
Motivar a assembléia para que a Profissão de fé deixe de ser a repetição decorada de uma fórmula e se torne expressão comunitária do compromisso de fé, feito a partir da Palavra ouvida, entendida e aceita.

- Preces
A resposta da Oração da assembléia poderá ser cantada.

- Liturgia Eucarística
Sempre que possível procure-se cantar as respostas da Oração Eucarística, o Santo, o Amém da doxologia e o Cordeiro de Deus.
Acentuar os momentos de silêncio, principalmente, após a comunhão.

- Ritos finais
Cuidar para que os avisos finais sejam transmitidos com clareza e objetividade. Que eles sejam dados com ênfase e não apenas lidos.

- Observações finais
Adaptar essas dicas à realidade da comunidade.
Tomar o cuidado para não sobrecarregar a celebração de símbolos.
Os símbolos devem falar por si mesmos, não fazer longas explicações sobre eles.


26º Domingo do Tempo Comum – A (24-25 Setembro 2011)
1ª Leitura: Ezequiel 18, 25-28: O justo e o ímpio
Salmo 24: Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura e compaixão!
2ª Leitura: Filipenses 2, 1-11: Tende entre vós o mesmo sentimento que havia em Cristo.
Evangelho: Mateus 21, 28-32: Os cobradores de impostos e as prostitutas vão entrar antes de vós no Reino do céu.


- Frases temáticas
Eles vos precederão no Reino de Deus.
Ninguém é marginalizado por Deus.
Viver os mesmos sentimentos de Jesus.
Quem está mesmo a caminho de Deus?
O rótulo não faz o produto.

- Espaço celebrativo
Dar destaque à mesa da Palavra e à Liturgia da Palavra.
Uma mesa, bem enfeitada, com a bíblia aberta poderá ser colocada na entrada da Igreja.

- Procissão de entrada
Todos entram, fazem a reverencia ao altar, e em seguida se dirigem à bíblia, beijando-a.

- Liturgia da Palavra
Nesta ultima celebração do mês da bíblia, solenizar a entrada da Palavra com coreografia, gestos e cantos apropriados, a critério da comunidade.

- Profissão de fé
Enquanto se reza ou se canta o Creio, a assembléia entende a mão direita em direção à Palavra de Deus, como renovação da sua adesão à Palavra proclamada, meditada e aceita.

- Ofertório
Jovens trazem ao altar o pão e o vinho e outras ofertas, como bíblias a serem doadas ou sorteadas para os que estão presentes na assembléia.

- Liturgia Eucarística
Sempre que possível procure-se cantar as respostas da Oração Eucarística, o Santo, o Amém da doxologia e o Cordeiro de Deus.

- Ritos finais
Dar a benção final com a bíblia
No final a bíblia pode ser levada à frente do altar ou à porta da Igreja e a assembléia convidada a fazer uma pequena reverencia a Palavra de Deus antes de ir embora.

Referência:
PEREIRA, José Carlos. Liturgia: sugestões para dinamizar as celebrações. Petrópolis: Vozes, 2009

Biografia de Dom Bruno Gamberini



* 16 julho 1950  
† 28 agosto 2011
Dom Bruno Gamberini nasceu em Matão, SP, no dia 16 de julho de 1950, festa de Nossa Senhora do Carmo e Ano Santo do Dogma da Assunção. É filho do Sr. Armando Gamberini (falecido em 1987) e da Sra. Tirsi Castellani Gamberini, terceiro filho entre um irmão e três irmãs. Foi batizado, crismado e recebeu a Primeira Eucaristia na Matriz do Senhor Bom Jesus de Matão.
Completou o curso primário no Grupo Escolar Estadual “José Inocêncio da Costa” e na Escola Estadual “Prof. Henrique Morato”, em Matão. Completou o segundo grau e a Filosofia no Seminário Diocesano de São Carlos (1968-1970) e Teologia no Studium Theologicum, filiado à Universidade Lateranense de Roma, em Curitiba, PR (1971-1974). Cursou, ainda, Canto Coral e regência, na Pró-Música de Curitiba.
Foi ordenado Diácono na Catedral de São Carlos em 02 de dezembro de 1973 e Presbítero na Matriz do Senhor Bom Jesus de Matão, no dia 11 de dezembro de 1974, por Dom Constantino Amstalden, Bispo da Diocese de São Carlos. Como Padre foi Coordenador de Estudos e Professor de Filosofia (1975-1977) e Reitor da Filosofia (1991-1995); Coordenador Diocesano da Pastoral da Diocese de São Carlos (1978-1979); Pároco de Ribeirão Bonito, SP (1979-1981); Primeiro Juiz Auditor da Câmara do Tribunal Eclesiástico de São Carlos (1980-1984) e depois Notário do Tribunal até 1995; Reitor do Seminário de Teologia de São Carlos em Campinas, SP (1982-1986). Foi Pároco de Itajobi e Marapoama (1987-1989), Vigário Cooperador da Catedral de São Carlos (1983-1995), ajudando nas Igrejas de São Benedito e São Judas Tadeu. Foi nomeado Cônego Honorário do Cabido da Catedral de São Carlos, em 19 de março de 1983.
O Santo Padre, o Papa João Paulo II, nomeou Dom Bruno o 4º Bispo Diocesano de Bragança Paulista em 17 de maio de 1995. Foi ordenado Bispo no dia 16 de julho de 1995, na Catedral de São Carlos Borromeu, em São Carlos, SP, sendo sagrante Dom Constantino Amstalden e Bispos Consagrantes, Dom Antônio Pedro Misiara, 3º Bispo de Bragança, e Dom José Antônio Aparecido Tosi Marques, Bispo Auxiliar de Salvador da Bahia. Tomou posse da Diocese em 20 de agosto de 1995. Dom Bruno escolheu como tema episcopal “Nomen Domini Benedictum” – Bendito o nome do Senhor.
Como Bispo de Bragança Paulista foi Assessor da Pastoral da Criança no Regional Sul 1; Bispo representante do Sub-Regional Campinas na representativa do Sul 1; e Membro do Conselho Pastoral do Sul 1 no ano de 1999.
No dia 02 de junho de 2004, o Papa João Paulo II nomeou Dom Bruno Gamberini como 6º Bispo e 4º Arcebispo de Arquidiocese de Campinas. No dia de sua nomeação, entre largos sorrisos, Dom Bruno dizia: “Quando passava pela região de Campinas e via essa enormidade, essa grandeza de povo e de desafios, sempre rezava a Deus pelo novo Arcebispo que o Papa nomearia. E não é que fui eu o escolhido?”
No domingo, dia 28 de agosto de 2011, às 15h00, Dom Bruno faleceu em decorrência de falência de múltiplos órgãos.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Catequistas unidos

Link's de vários blog's sobre catequese, confira!













































sábado, 20 de agosto de 2011

Assunção de Nossa Senhora



Acredita-se que a Santíssima Virgem morreu por volta do ano 42 ou 44, com uns 60 anos de idade. Porém a Virgem Maria ressuscitou, como Jesus.
Sua alma imortal uniu-se ao corpo antes que a corrupção tocasse naquela carne virginal, que nunca tinha experimentado o pecado.
Maria ressuscitou, mas não ficou na terra e sim imediatamente foi levantada ou tomada pelos anjos e colocada no palácio real da glória.
Não subiu ao Céu, como fez Jesus, com a sua própria virtude e poder, mas foi erguida por graça e privilégio, que Deus lhe concedeu como Virgem antes do parto, no parto e depois do parto e como a Mãe de Deus. 
Jesus acolheu sua mãe no céu, pois se Cristo recebeu sua vida terrena das mãos de Maria Santíssima. Natural é que Ela receba a Vida Eterna das mãos de seu divino Filho.
A Assunção de Nossa Senhora é uma verdade, que foi acreditada desde os primeiros anos do cristianismo, e declarada Dogma de fé em 1950 pelo Papa Pio XII com essas palavras : "A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial." (Cf. Constituição Apostólica Munificentissimus Deus nº 44).
Essa festa recorda o nosso destino, a nossa dignidade e a dignidade do nosso corpo, como templo do Espírito Santo.
       A oração inicial dessa Missa diz: “Deus eterno e todo-poderoso, que elevastes à glória do céu em corpo e alma a imaculada Virgem Maria, Mãe do vosso Filho, dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de participarmos da sua glória”
Levantemos os nossos corações ao céu, onde está nossa Mãe. Invoquemo-la em nossas necessidades, imitemo-la nas virtudes. Desta sorte, tornando-nos cada vez mais semelhantes ao nosso grande modelo, mais dignos seremos da sua intercessão e mais garantidos da nossa salvação eterna. 

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA ASSUNTA AO CÉU
(Composta pelo Papa Pio XII) 

“Oh Virgem Imaculada, Mãe de Deus e dos Homens. Cremos com todo o fervor de nossa fé em Tua triunfante Assunção em alma e corpo ao céu, onde és aclamada rainha por todo o coro dos anjos e por todos os Santos, e a eles nos unimos para louvar e bendizer o Senhor que Te exaltou sobre todas as demais criaturas: para oferecer-se a veemência de nossa devoção e de nosso amor. Sabemos que Teu olhar, que maternalmente acaricia a humilde e sofredora humanidade de Cristo na terra, se sacia no céu na contemplação da gloriosa humanidade da sabedoria incriada, e que o gozo da tua alma, ao contemplar face a face a adorável Trindade faz com que teu coração palpite com beatífica ternura.
E nós, pobres pecadores, nós, a quem o corpo se sobrepõe aos anseios da alma, nós Te imploramos que purifique nossos sentidos, de maneira a que aprendamos, cá em baixo, a deleitar-nos em Deus, tão somente em Deus, no encanto das criaturas. Estamos certos de que Teus olhos misericordiosos fixar-se-ão em nossas misérias e em nossas angústias: em nossas lutas e em nossas fraquezas; que Teus lábios sorrirão sobre nossas alegrias e em nossas vitórias; que Tu ouvirás a voz de Jesus dizer-Te de todos nós, como o fez Ele de seu amado discípulo: Aqui está teu filho.
“E nós, que Te invocamos, Mãe nossa, nós Te tomamos como o fez João, como guia forte e consolo de nossa mortal vida. Nós temos a vivificante certeza de que teus olhos, que choraram na terra, banhada pelo sangue de Jesus, voltar-se-ão uma vez mais para este mundo presa da guerra, de perseguições, de opressão dos justos e dos fracos. E, com meio à escuridão deste vale de lágrimas, nós esperamos de Tua luz celestial e de Tua doce piedade, consolo para as aflições de nossos corações, para atribulações da Igreja e de nosso país.
“Cremos finalmente que na glória, na qual Tu reinais, vestida de sol e coroada de estrelas Tu és, depois de Jesus, o gozo de todos os anjos e todos Santos. E nós, que nesta terra passamos como peregrinos, animados pela fé na futura ressurreição, olhamos para Ti, nossa vida, nossa doçura, nossa esperança. Atraí-nos para Ti com a mansidão de tua voz, para ensinar-nos um dia, depois de nosso exílio, a Jesus, bendito fruto de Teu seio, ó graciosa, ó piedosa, ó doce Virgem Maria”.

sábado, 6 de agosto de 2011

O Padre


O Padre recebe de Deus a graça de ser ministro de Jesus Cristo no meio do povo, porem é em virtude do sacramento da Ordem, recebido pela imposição das mãos do bispo, que o padre é promovido ao serviço de Cristo mestre, sacerdote e rei e com isso pode desempenhar publicamente o oficio sacerdotal em nome de Cristo a favor de todos os seres humanos.
O Padre é tirado do meio dos seres humanos e constituído sacerdote em favor dos seres humanos nas coisas que se referem a Deus. Ele é retirado do meio dos seres humanos, não para ser separados deles, mas para que se consagrem totalmente à obra para a qual Deus o chama.
O Padre é um homem que entrega a sua vida à oração, à adoração, à pregação da Palavra de Deus, ao Sacrifício Eucarístico (Santa Missa) e à administração dos demais sacramentos. Ele faz de Deus o centro e o fundamento de sua vida, pois o padre é um “homem de Deus” (Cf. I Tim 6, 11), que cultiva uma profunda amizade com Jesus e assim torna-se capaz de levar Deus a todos.
O seu ministério exige que o padre não se conforme a este mundo, mas que vivendo nele semeie o Evangelho e a boa semente do Reino de Deus. O padre convive com o povo para que ele possa conhecer melhor as suas ovelhas e assim fazer com que elas ouçam mais perfeitamente a voz do Cristo Bom Pastor.
Para que o padre seja um bom pastor, a exemplo de Cristo o Pastor por excelência, é muito importante que ele viva as virtudes da bondade, humildade, obediência, sinceridade, justiça e entre outras aquelas que o apostolo Paulo recomenda na Carta aos Filipenses “Ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, nobre, justo, puro, amável, honroso, virtuoso ou que de qualquer modo mereça louvor” (Fl 4, 8).
O padre é, antes de tudo, ministro da Palavra de Deus. Como cooperador do bispo ele tem como primeiro dever anunciar a todos o Evangelho de Deus e, com ele, alimentar os corações dos fiéis. Todos os dias o padre lê, medita e reza a palavra do Senhor que deve ensinar aos seus fieis, esforçando-se por realizá-la em si mesmo e assim se tornar cada vez mais perfeito discípulo do Senhor.
É o padre quem, pelo batismo, introduz os seres humanos no povo de Deus, pelo sacramento da penitencia ele reconcilia os pecadores com Deus e com a Igreja, com o óleo dos enfermos alivia os sofrimentos dos doentes e com a celebração da Santa Missa torna Cristo presente em nosso meio. Com efeito, na santíssima eucaristia está contido todo o bem espiritual da Igreja, isto é, o próprio corpo e sangue de nosso Senhor Jesus Cristo.
Ao padre é dado o poder espiritual para a edificação de todo o povo de Deus, que é a Igreja. Por isso o padre, como educador da fé, deve cuidar para que cada fiel tenha uma fé madura, viva e operosa e assim cumpra cristãmente seus deveres na comunidade humana e na comunidade paroquial.
O padre está à frente da comunidade dos fieis como um irmão entre os irmãos. Ele é responsável pela administração financeira e pela organização pastoral da paróquia e neste oficio não deve procurar os seus próprios interesses, mas os interesses de Jesus Cristo. Pois o padre deve viver com os leigos segundo o exemplo do Cristo que veio para o meio dos seres humanos “não para ser servido, mas para servir e dar a sua vida pela redenção de muitos” (Mt 20, 28). Ou seja, o padre, como Jesus, também dá a vida pelas suas ovelhas (Cf. Jo 10, 11).
Por ultimo peço que os fieis tomem consciências das obrigações que têm para com os seus padres, dediquem-lhes filial amor como a pais e pastores seus. Tomem parte nas suas preocupações, auxiliem quanto lhes for possível com orações e obras, para que eles possam melhor vencer as dificuldades e cumprir mais frutuosamente os seus deveres (Cf. Lumen Gentium n. 37).
Elaborado por Marcio Canteli Silva com base no Decreto Presbyterorum Ordinis sobre o ministério e a vida dos sacerdotes.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

São João Maria Vianney


João Maria Batista Vianney era de origem pobre e humilde. Nasceu pouco antes de irromper a Revolução Francesa em 08 de Maio de 1786 em uma pequena aldeia na França. Foi batizado no mesmo dia em que nasceu. No batismo recebeu o nome de João, ao qual acrescentou o de Maria por especial devoção à Maria Santíssima.

Desde a infância, manifestava uma forte inclinação à oração e um grande amor ao recolhimento. Muitas vezes era encontrado num canto da casa rezando, de joelhos, as orações que lhe tinham ensinado.

Desde pequeno queria ser padre a todo custo, mas esbarrou em dois obstáculos: pobreza e, sobretudo a escassa inteligência. Em 1813, com vinte anos, ele ingressou no seminário Santo Irineu, em Lyon. Todos os cursos que devia fazer eram dados em latim; João Maria não entendia nada, e nas provas tirava notas baixas.

Em Grenoble, no dia 13 de Agosto de 1815, ele foi ordenado padre, aos 29 anos de idade. No dia seguinte celebrou sua primeira Missa!

Ao Padre Vianney ninguém lhe fazia prognósticos animadores. Faltavam-lhe os dotes da razão. Por essa razão, os padres estavam queixando-se ao bispo de Balley e pela mesma razão o bispo lhes respondera: “Não sei se ele é instruído; sei que é iluminado”. Na verdade, o Padre Vianney era diferente. A par da simplicidade mais natural e de uma autêntica humildade, irradiava dele algo superior à inteligência, uma forma mais elevada de ver as coisas, que se manifestava nos conselhos que dava no jeito de conversar com as pessoas, de lhes ouvir os problemas e de lhes sugerir soluções ou confortá-las.

O Arcebispo de Lyon, Arquidiocese sede da Diocese de Ecully, sabendo dessa diferença pediu ao Vigário Geral Courbon, para informar ao padre Vianney, que ele seria transferido para a paróquia da Aldeia de Ars-em-Dombes. De nada mais que 200 a 300 habitantes, no dia 9 de fevereiro de 1818, uma sexta-feira, João Maria Batista Vianney chegou em Ars para cuidar de uma capela semi-abandonada.

O Padre entrou no povoado levando muitos sonhos e esperanças. João Maria Vianney era simples, por isso, quando chegou na paróquia de Ars, devolveu alguns móveis à proprietária, deixando somente o necessário. A sua alimentação era muito simples, apenas algumas batatas cozidas. Nem imaginava quanto iria sofrer ali dentro. Ars era pequena no tamanho, mas enorme quanto aos problemas: muitas casas de jogatina, de prostituição, de vícios, cidade paganizada. A capela estava sempre vazia.

Em 1818, Ars era uma caricatura cristã. A fé não era vista com seriedade. A capela estava sempre deserta, o povo não freqüentava os sacramentos e o domingo era marcado por festas profanas. Aí ele dobrou seu tempo de oração. O Padre Vianney se pôs a rezar, fazer jejuns e penitência. Visitava as famílias e as convidava para a Santa Missa. Ars começou a transformar-se. Alguns começaram a ir à capela. A capela se enchia. Então o pároco fundou a Confraria do Rosário para as mulheres, e a Irmandade do Santíssimo Sacramento para os homens. Diante disso, os donos dos bares e organizadores de jogatinas começaram dura perseguição contra o Padre Vianney.

Ars Virou santuário com peregrinações. Pessoas cultas de outras cidade iam ouvir as homilias do Cura d’Ars. Quando algum padre lhe perguntava qual o segredo de tudo aquilo, o Padre Vianney lhe respondia: “Você já passou alguma noite em oração? Já fez algum dia de jejum?”.

Ele viveu toda a sua vida dedicada a Deus. Ele repousava de 02 a 04 horas no máximo por noite. Quando acordava ia a Igreja, rezava diante do Sacrário e depois ia confessar seus paroquianos. Eram inúmeras as pessoas que vinham se confessar com ele. Ele passou a maior parte de sua vida no confessionário. Chegava a ficar 14 horas confessando os paroquianos. Como era grande o número de pessoas, ele dividiu em vários confessionários, um para mulheres outro para homens, outro para doentes, etc. Ele marcava os horários para cada um.

O Cura d’Ars acreditava no poder da oração e do jejum e na resposta do bom Deus. Ele tinha em sua mente a exortação de São Paulo Apostolo: “Orai sem cessar” (1 Ts 5, 17). Não era orador, não falava com eloqüência, nas homilias perdia o fio da meada, atrapalhava-se, outras vezes não sabia como acabá-las cortava a frase e descia do púlpito acabrunhado. O mesmo acontecia na catequese. No confessionário, porém, estava sua maior atuação. No aconselhamento das pessoas falava do bom Deus de forma tão amorosa que todos saiam reconfortados. Não sabia usar palavras bonitas, idéias geniais, buscava termos do quotidiano das pessoas.

No confessionário viveu intensamente seu apostolado, todo entregue às almas, devorado pela missão, integralmente fiel à vocação. Do confessionário seu nome emergiu e transbordou dos estreitos limites de Ars para aldeias e cidades vizinhas. Os peregrinos que desejavam confessar-se com ele começaram a chegar. Nos últimos tempos de vida eram mais de 200 por dia, mais de 80.000 por ano.
João Maria amava os pobres e ajudava sempre que tinha dinheiro e principalmente na parte espiritual. João Maria gostava muito também de Santa Filomena, e muitos escritores vinham ouvi-lo falar dela, e escreviam vários livros. Um deles é o “Santa Filomena Virgem Mártir” segundo “Santo Cura d’Ars”. Ele queria construir uma igreja para a Santa Filomena, mas não conseguiu, e hoje atrás da sua igreja foi construída uma basílica em honra de Santa Filomena, onde seu corpo incorrupto repousa num relicário.

O seu coração está conservado até hoje em uma capela dentro de um relicário. O padre Vianney transformou o lugarejo de Ars em uma aldeia menos atéia, com mais amor a Deus do que aos prazeres terrenos. Toda vez, antes de começar a Santa Missa, ele tocava o sino, na torre em que ele construiu, para avisar que era hora do cristão rezar, lembrar de Deus. Ele próprio ensinava catecismo para as crianças. João Maria era de estatura pequena, mas de constituição robusta. Sua vida de intenso trabalho, pouca alimentação, jejum e penitência, provocou um enfraquecimento.

Aos 73 anos de idade, na quarta-feira, 03 de Agosto, assina seu testamento, deixando seus bens aos missionários e seu corpo à Paróquia. Às duas horas do dia 04 de Agosto de 1859, morre placidamente. Nos dias 04 e 05, trezentos padres mais ou menos e uma incalculável multidão desfilaram diante do seu Corpo, em prantos, para despedir.

A Igreja, que pela lógica humana receara fazê-lo sacerdote, curvou-se a sua santidade. João Maria Vianney foi proclamado Venerável pelo papa Pio IX em 1872, beatificado pelo papa São Pio X em 1905, canonizado pelo papa Pio XI em 1925 e pelo mesmo foi declarado padroeiro de todos os párocos do mundo, em 1929. Esse é o Santo Cura d’Ars, cuja memória, celebramos no dia 4 de agosto.

Frases do Santo Cura D’Ars
§                     Depois de Deus, o sacerdote é tudo.
§                     Ninguém pode recordar um benefício recebido de Deus, sem encontrar, ao lado desta lembrança, a figura de um padre.
§                     O Sacerdócio é o amor de Nosso Senhor Jesus Cristo.
§                     Quando um cristão avista um padre deve pensar em Nosso Senhor Jesus Cristo.
§                     Se a Igreja não tivesse o sacramento da ordem, não teríamos entre nós Jesus Cristo.
§                     Quem prepara nossa alma para comparecer diante de Deus? O padre.
§                     É o padre quem dá continuidade a obra da redenção na terra.
§                     O padre deve estar sempre pronto para responder às necessidades das almas.
§                     Deixai uma paróquia sem padre por vinte anos, e ai se adorarão os animais.
§                     Quando alguém quer destruir a religião, sempre se começa por atacar e destruir o padre.
§                     Quanto é triste um padre que não tenha vida interior. Mas para tê-la, é preciso que haja tranqüilidade, silêncio e o retiro espiritual.
§                     "O que nos impede de sermos santos, a nós, os padres, é a falta de reflexão e a união com Deus".
Fonte: Wiki CN