A Semana Santa começa com o Domingo de Ramos.
A simbologia da palma refere-se à vitoria, ao renascimento e à imortalidade. Ou seja, os ramos de palma desse domingo, aludindo à entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, prefiguram a ressurreição.
Porém o momento forte da Semana Santa é o Tríduo Pascal. Nele está interligada a lembrança da Paixão e da Ressurreição de Jesus.
O Tríduo começa na Quinta-feira Santa e termina no Sábado Santo com a Vigília Pascal. A Semana Santa só termina com a Segunda Vésperas do Primeiro Domingo da Páscoa.
Na Quinta-feira Santa o símbolo por excelência é a Eucaristia. O pão e o vinho, a mesa e o altar nos reportam para a última ceia de Jesus que, antes de morrer, quis ter este momento particular com seus discípulos e, hoje, com todos nós.
O pão e o vinho, sobretudo na antiguidade, eram a comida e a bebida mais comum para muitos povos. Cristo ao instituir a Santa Ceia se serviu dos alimentos mais comuns para simbolizar sua presença constante.
O pão e o vinho na Santa Ceia são mais que um símbolo. É a presença real e verdadeira de Cristo junto do seu povo.
O lava-pés é, em sua essência, um costume tipicamente judaico, que está ligado à purificação.
A importância do ato não estava em se colocar água numa bacia e lavar os pés daqueles homens, mas em QUEM estava fazendo aquilo. Jesus, com grande humildade, colocou-se na condição de servo e nisso devemos imitá-Lo. "Porque eu vos dei o exemplo, para que, COMO EU FIZ (e não o que eu fiz), façais vós também." (Jo 13.15).
Na Sexta-feira Santa temos o grande símbolo que é a Cruz. Ela representa a dor, o sofrimento, a entrega e a morte de Jesus, que não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida por todos nós.
Jesus celebrou sua páscoa, “passando” através de uma morte dolorosa e humilhante, para chegar à ressurreição gloriosa. Honrando sua cruz nessa celebração da Sexta-feira Santa, adoramos e agradecemos a Jesus por seu amor.
No Sábado Santo, noite da Vigília pascal, temos importantes símbolos da nossa fé.
Em primeiro lugar o Círio Pascal, que está intimamente ligado ao simbolismo da luz e do fogo. É a luz de Cristo que rompe as trevas e ilumina a assembléia, a Igreja e toda a escuridão do mundo.
A palavra Círio vem de cera. Assim como a cera, ao doar-se, alimenta a chama luminosa, do mesmo modo Cristo, como luz do mundo, brota da oferta de sua vida na cruz.
O segundo símbolo é a Palavra proclamada. São nove leituras previstas para essa noite que recorda a toda a comunidade cristã os fatos mais importantes da nossa salvação. Escutamos, através das leituras, como Deus, ao longo da história, foi se manifestando no meio de seu povo.
O terceiro símbolo é a água, um elemento da natureza profundamente ligado à Páscoa. O povo de Israel é um povo salvo das águas e o novo povo de Deus, que é a Igreja, é um povo nascido das águas do batismo.
Nesta Vigília é abençoada a água na qual serão batizadas as crianças, os jovens e os adultos. E para nós, que já fomos batizados, logo depois de renovarmos a nossa fé batismal, a água é aspergida sobre nós, gesto que recorda precisamente o nosso batismo.
Quarto símbolo é novamente a Eucaristia. Que é a conclusão dessa celebração. O momento alto desse Tríduo Pascal.
A celebração da Vigília já é a festa pascal, por isso esse dia também é chamado de Sábado do Aleluia. Palavra que significa literalmente “Louvai a Javé”, ou louvai a Deus, ou louvai ao Senhor. Louvor que nasce do pasmo e da admiração pela presença de Deus.
O Aleluia se tornou a exultação pascal por excelência. A Igreja faz jejum desse júbilo na quaresma exatamente para que possa prorromper no louvor ao Cristo ressuscitado na noite da Vigília pascal.
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