quinta-feira, 28 de abril de 2011

Beatificação de João Paulo II


Por: Dom Bruno Gamberini -  Arcebispo Metropolitano de Campinas - SP

Prezados irmãos e irmãs
No dia 02 de abril de 2005, véspera do 2º Domingo da Páscoa, o “Domingo da Divina Misericórdia”, o Papa João Paulo II, homem de Deus e da Igreja, homem simples do povo, entregou sua alma a Deus, após muitos sofrimentos físicos e depois de quase 27 anos à frente da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.
O lema que o Cardeal Woytila, de Cracóvia na Polônia, tinha escolhido era composto de duas palavras “totus tuus”, início de um hino de louvor e súplica à Santíssima Virgem Maria, a quem o Papa dedicara sua vida e a consagrou.
Todo teu sou, ó Maria! Assim ele viveu e, quando sofreu o atentado que quase o matou na Praça São Pedro, era 13 de maio, Nossa Senhora de Fátima, a quem o Papa atribuiu “a mão que desviou projétil” para que ele não morresse.
Quantos trabalhos e viagens pelo mundo! O Papa João Paulo II foi chamado “o Peregrino de Deus, o Peregrino da Paz”. A muitíssimos países, povos e nações visitou e a todos fazia ecoar as suas primeiras palavras na homilia do início do seu pontificado em outubro de 1978: “Abri as portas para o Senhor!”. E ele ainda reforçava “Abri as portas, ou melhor, escancarai as portas para o Senhor. Não tenhais medo de Jesus Cristo”.
João Paulo II, na sua primeira visita ao Brasil, foi recebido com o canto: “A bênção, João de Deus, nosso povo te abraça. Tu vens em missão de paz. Sê bem vindo e abençoa este povo que te ama. A bênção João de Deus”. E a cada vez que grupos de peregrinos ou mesmo nós, Bispos do Brasil, em Roma, cantávamos este refrão, João Paulo II parava e dirigia um sorriso ou um gesto carinhoso para aquele grupo no meio de tantos outros que o saudavam.
No ano de 2000, o ano do Grande Jubileu e do Perdão, o Papa convidou a todos para entrar no terceiro milênio da encarnação e nascimento de Jesus Cristo, com festas e solenidades, mas sem deixar de lembrar o perdão, a reconciliação com Deus e com os irmãos. Ele mesmo foi ao encontro dos judeus e colocou no muro do templo em Jerusalém o pedido de perdão e reconciliação de toda a Igreja. Convidou as religiões e igrejas cristãs ao encontro da paz e devoção em Assis, pondo em prática os documentos do Concílio Vaticano II, do qual era fiel sustentáculo e incentivador. Durante seu pontificado convidava a todos a buscar e a viver a santidade.
João Paulo II foi o homem da paz ao proclamar contra os que diziam que faziam a guerra em nome de Deus. Ele dizia “Guerra nunca mais! Eu o proclamo em nome da humanidade”. O único que poderia falar em nome de Deus não usurpou este direito e preferiu falar em nome das pessoas e dos pequeninos “Guerras nunca mais”.
No dia do seu sepultamento, juntou-se em Roma uma multidão de mais de quatro milhões de pessoas vindas de todas as partes do mundo. Era bela e inusitada a afluência de tantos jovens no enterro do velho papa.
Na frente da Basílica de São Pedro, junto ao corpo de João Paulo II, os Bispos, Sacerdotes, Religiosos e quantas autoridades de tantos países. Ele, ainda na sua morte, trouxe para junto de si governantes ou representantes de países que estavam em conflitos. O Papa morto ainda falava e ensinava a paz.
O povo aclamava “Santo Súbito”. Seja declarado Santo já, agora. Santo Imediatamente.
O cardeal que presidiu no dia 08 de abril de 2005 a missa Solene de Exéquias, Joseph Ratzinger, foi eleito o sucessor de João Paulo II com o nome de Bento XVI, e será ele, que ouviu a aclamação do povo, “Santo Súbito”, que neste domingo da Divina Misericórdia, 1º de maio de 2011, Dia do Trabalhador, proclamará Bem Aventurado, o Bispo da Santa Igreja, o Papa João Paulo II.
E nós, felizes e sinceros, na verdade da nossa fé, faremos ecoar por todo o mundo: Bem Aventurado João Paulo II.
Rogai por nós.
Amém! Aleluia!
Fonte: Site CNBB

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Símbolos da Semana Santa e Símbolos pascais


A Semana Santa começa com o Domingo de Ramos.


A simbologia da palma refere-se à vitoria, ao renascimento e à imortalidade. Ou seja, os ramos de palma desse domingo, aludindo à entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, prefiguram a ressurreição.

Porém o momento forte da Semana Santa é o Tríduo Pascal. Nele está interligada a lembrança da Paixão e da Ressurreição de Jesus.

O Tríduo começa na Quinta-feira Santa e termina no Sábado Santo com a Vigília Pascal. A Semana Santa só termina com a Segunda Vésperas do Primeiro Domingo da Páscoa.

Na Quinta-feira Santa o símbolo por excelência é a Eucaristia. O pão e o vinho, a mesa e o altar nos reportam para a última ceia de Jesus que, antes de morrer, quis ter este momento particular com seus discípulos e, hoje, com todos nós. 
 
O pão e o vinho, sobretudo na antiguidade, eram a comida e a bebida mais comum para muitos povos. Cristo ao instituir a Santa Ceia se serviu dos alimentos mais comuns para simbolizar sua presença constante.

O pão e o vinho na Santa Ceia são mais que um símbolo. É a presença real e verdadeira de Cristo junto do seu povo.

Outro rito da Quinta-Feira Santa é o lava-pés.

O lava-pés é, em sua essência, um costume tipicamente judaico, que está ligado à purificação.

A importância do ato não estava em se colocar água numa bacia e lavar os pés daqueles homens, mas em QUEM estava fazendo aquilo. Jesus, com grande humildade, colocou-se na condição de servo e nisso devemos imitá-Lo. "Porque eu vos dei o exemplo, para que, COMO EU FIZ (e não o que eu fiz), façais vós também." (Jo 13.15).

Na Sexta-feira Santa temos o grande símbolo que é a Cruz. Ela representa a dor, o sofrimento, a entrega e a morte de Jesus, que não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida por todos nós.

Jesus celebrou sua páscoa, “passando” através de uma morte dolorosa e humilhante, para chegar à ressurreição gloriosa. Honrando sua cruz nessa celebração da Sexta-feira Santa, adoramos e agradecemos a Jesus por seu amor.

No Sábado Santo, noite da Vigília pascal, temos importantes símbolos da nossa fé.

Em primeiro lugar o Círio Pascal, que está intimamente ligado ao simbolismo da luz e do fogo. É a luz de Cristo que rompe as trevas e ilumina a assembléia, a Igreja e toda a escuridão do mundo. 

A palavra Círio vem de cera. Assim como a cera, ao doar-se, alimenta a chama luminosa, do mesmo modo Cristo, como luz do mundo, brota da oferta de sua vida na cruz.

O segundo símbolo é a Palavra proclamada. São nove leituras previstas para essa noite que recorda a toda a comunidade cristã os fatos mais importantes da nossa salvação. Escutamos, através das leituras, como Deus, ao longo da história, foi se manifestando no meio de seu povo. 

O terceiro símbolo é a água, um elemento da natureza profundamente ligado à Páscoa. O povo de Israel é um povo salvo das águas e o novo povo de Deus, que é a Igreja, é um povo nascido das águas do batismo.

Nesta Vigília é abençoada a água na qual serão batizadas as crianças, os jovens e os adultos. E para nós, que já fomos batizados, logo depois de renovarmos a nossa fé batismal, a água é aspergida sobre nós, gesto que recorda precisamente o nosso batismo. 

Quarto símbolo é novamente a Eucaristia. Que é a conclusão dessa celebração. O momento alto desse Tríduo Pascal. 

A celebração da Vigília já é a festa pascal, por isso esse dia também é chamado de Sábado do Aleluia. Palavra que significa literalmente “Louvai a Javé”, ou louvai a Deus, ou louvai ao Senhor. Louvor que nasce do pasmo e da admiração pela presença de Deus.

O Aleluia se tornou a exultação pascal por excelência. A Igreja faz jejum desse júbilo na quaresma exatamente para que possa prorromper no louvor ao Cristo ressuscitado na noite da Vigília pascal.

Todos esses símbolos são importantíssimos em todas as celebrações pascais, pois elas nos dão o sentido da morte e ressurreição do Senhor. Eles criam em nós uma mística que deve envolver toda a nossa vida de cristãos. 

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Sugestões litúrgicas para dinamizar as celebrações da Páscoa de 2011



ABRIL e MAIO 2011 – TEMPO PASCAL – ANO A

1º Domingo da Páscoa (23-24 Abril 2011)

1ª Leitura: Atos dos Apóstolos 10, 34.37-43: Comemos e bebemos com ele depois que ressuscitou dos mortos.
Salmo 118 (117): Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos!
2ª Leitura: Colossenses 3, 1-4: Esforçai-vos para alcançar as coisas do alto, onde está Cristo. (seqüência)
Evangelho: João 20,1-9: O tumulo vazio.



- Frases temáticas:
Páscoa do Senhor, nova criação e novo êxodo.
Ressurreição: Vida nova para todos!
Sejamos anunciadores da ressurreição!
- Espaço celebrativo
A cor litúrgica para o dia de hoje é o Branco.
A seqüência da segunda leitura pode ser cantada.
Destacar o círio pascal e a pia batismal usando muitas flores e a cor branca nas vestes e toalhas.
- Procissão de entrada
Trazer o círio pascal aceso acompanhado de crianças com vestes brancas, elas podem trazer flores, balões brancos e/ou bandeirinhas brancas.
- Ato penitencial
Pode ser substituído pelo Rito de aspersão com a água que foi abençoada na Vigília Pascal. Esse rito ajuda a comunidade a aprofundar sua consagração batismal.
- Hino de louvor
Durante o Glória tocar os sinos, campainhas, etc.
- Liturgia da Palavra
O Lecionario pode ser trazido solenemente em procissão, acompanhado pelas crianças ou jovens.
O Evangelho pode ser cantado ou encenado. Onde for possível usar aromas ou incenso, retomando o gesto afetuoso das mulheres.
- Ofertório
Trazer em procissão alguns símbolos pascais, como o cordeiro, os sinos, a vela, os ovos, e/ou outras lembrancinhas que serão distribuídas no final da celebração.
- Liturgia eucarística
Cantar o prefacio, com o Santo e as demais aclamações.
- Pai-nosso
Convidar a assembléia a rezar ou cantar de mãos dadas
- Abraço da paz
Pode ser feito com uma saudação de Feliz Páscoa.
- Ritos finais
Benção final própria para essa solenidade, conforme p.522 do Missal.
Despedida: “Ide em paz e o Senhor vos acompanhe, Aleluia, Aleluia”.
No final poderá ser distribuído aos participantes um cartão, um ovo de páscoa, ou algum outro símbolo dessa ocasião, desejando Feliz Pascoa.
- Observações finais
Adaptar essas dicas à realidade da comunidade.
Tomar o cuidado para não sobrecarregar a celebração de símbolos.
Usar as frases temáticas em cartazes espalhados pela Igreja, na porta de entrada ou trazê-los nas procissões de entrada, da Palavra ou do ofertório




2º Domingo da Páscoa (30 Abril – 01 Maio 2011)

1ª Leitura: Atos dos Apóstolos 2, 42-47: Todos os que abraçavam a fé viviam unidos e colocavam tudo em comum.
Salmo 118 (117): Dai graças ao Senhor, porque ele é bom; eterna é a sua misericórdia!
2ª Leitura: I Pedro 1, 3-9: Pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, ele nos fez nascer de novo para uma esperança viva.
Evangelho: João 20,19-31: Aparição a Tomé.



- Frases temáticas:
A paz esteja convosco
- Espaço celebrativo
A cor litúrgica para o dia de hoje é o Branco.
Destacar o círio pascal, a pia batismal, além da mesa da Palavra e da Eucaristia, usando muitas flores e a cor branca ou amarela.
- Acolhida
Na celebração do dia 1 de Maio valorizar a participação dos trabalhadores nas leituras, preces, ofertório, etc.
- Procissão de entrada
Convidar alguns trabalhadores presentes na assembléia para entrar com a imagem ou ícone de São José Operário e depositá-lo num altar próprio.
- Ritos iniciais
Se o círio pascal não for trazido na procissão de entrada, seja acendido solenemente, acompanhado com um canto pascal.
Quem preside dê à saudação inicial uma Tonica mais pascal, festiva e alegre, se possível, cantando-a.
- Ato penitencial
Merece destaque, pois na liturgia da Palavra de hoje Jesus deu à Igreja o poder de perdoar pecados. Pode ser substituído pelo Rito de aspersão com a água que foi abençoada na Vigília Pascal, ou realizado após a homilia.
- Hino de louvor
Durante o Glória tocar os sinos, campainhas, etc.
Durante o canto uma jovem, vestida de branco, pode percorrer pela assembléia agitando a bandeira da paz. Quem preside pode pedir que a assembléia agite os folhetos.
- Liturgia da Palavra
O Lecionario pode ser trazido solenemente em procissão.
O Evangelho pode ser encenado ou dialogado.
- Profissão de fé
Como neste dia deve ser dado destaque ao momento da profissão de fé, pedir que a assembléia estenda a mão em direção ao círio pascal enquanto se canta ou reza o Creio.
- Liturgia eucarística
Cantar as resposta da Liturgia eucarística e as demais partes fixas, como Cordeiro, Doxologia, etc.
- Abraço da paz
Poderá ser feito após o Evangelho.
Um jovem entra com um cartaz com os dizeres: A paz esteja convosco!
- Comunhão
Onde for possível distribua-se em duas espécies.
- Ritos finais
Onde for oportuno, abençoar as carteiras e trabalho.
- Referência
PEREIRA, José Carlos. Liturgia: sugestões para dinamizar as celebrações. Petrópolis: Vozes, 2009.




3º Domingo da Páscoa (7-8 Maio 2011) – Dia das mães

1ª Leitura: Atos dos Apóstolos 2, 14.22-23: Não era possível que a morte o dominasse.
Salmo 16 (15): Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto a vós felicidade sem limites!
2ª Leitura: I Pedro 1, 17-21: Fostes resgatados pelo precioso sangue de Cristo, cordeiro sem mancha.
Evangelho: Lucas 24, 13-35: Discípulos de Emaús.



- Frases temáticas:
O ressuscitado manifesta-se na eucaristia.
Partilhar a eucaristia, partilhar o pão.
Fazei arder o nosso coração.
De repente, nossa vista clareou!
- Espaço celebrativo
A cor litúrgica para o dia de hoje é o Branco.
Destacar o círio pascal, a pia batismal, além da mesa da Palavra e da Eucaristia, usando muitas flores e a cor branca ou amarela.
- Procissão de entrada
Um cartaz ou uma faixa com a frase: “Ele está no meio de nós”, dá o tom da celebração de hoje.
Convidar as mães para participarem da procissão.
- Acolhida
Valorizar a participação das mães em toda a celebração.
- Liturgia da Palavra
Realizar a procissão da bíblia, acompanhada por um quadro ou uma gravura relacionada aos discípulos de Emaús.
A primeira leitura seja feita por um senhor de idade e a segunda por uma jovem.
O Evangelho pode ser encenado, dialogado, ou cantado.
- Profissão de fé
Rezar o símbolo niceno-constantinopolitano. Se for usado o símbolo dos apóstolos, seja cantado.
- Liturgia Eucarística
Cantar as aclamações e o amém final da Oração Eucarística, além do prefácio e do Santo.
Em consonância com o Evangelho, valorizar, no momento eucarístico, o símbolo do pão. Pode ser usado pão ázimo.
Nas comunidades onde não for celebrada a Santa Missa pode ser realizada a bênção do pão e sua partilha entre todas as pessoas presentes.
- Cordeiro de Deus
Pode ser cantado enquanto o sacerdote realiza, de modo visível para todos, o gesto da fração do pão.
- Comunhão
Se for com pão ázimo, seja realizada em duas espécies.
- Ritos finais
Benção solene da Páscoa, conforme indicado no Missal, p. 523. Convidar todas as mães presentes na assembléia para se aproximar do altar para receber a benção.
Fazer uma breve homenagem às mães, se possível, com distribuição de lembrançinhas.
Onde for oportuno, abençoar e distribuir pães no final da celebração.
- Lembrete
Dia 13: Nossa Senhora de Fátima.
- Referência
PEREIRA, José Carlos. Liturgia: sugestões para dinamizar as celebrações. Petrópolis: Vozes, 2009.




4º Domingo da Páscoa (14-15 Maio 2011)

1ª Leitura: Atos dos Apóstolos 2, 14a.36-41: Deus constituiu Senhor e Cristo a este Jesus que vós crucificastes.
Salmo 23 (22): O Senhor é o pastor que me conduz; para as águas repousantes me encaminha.
2ª Leitura: I Pedro 2, 20b-25: Se voltem ao pastor de vossas vidas.
Evangelho: João 10, 1-10: O Bom Pastor.



- Frases temáticas:
Eu sou a porta das ovelhas.
Pastores, guias dos irmãos.
Jesus, o Bom Pastor.
Como uma mãe, Deus cuida de nós.
- Espaço celebrativo
A cor litúrgica para o dia de hoje é o Branco.
Destacar o círio pascal, a pia batismal, além da mesa da Palavra e da Eucaristia, usando muitas flores e a cor branca ou amarela.
Em lugar de destaque, um ícone de Jesus como Bom Pastor.
- Procissão de entrada
Apresentar cartazes com as diversas vocações na Igreja: sacerdotes, religiosos (as), catequistas, agentes de pastoral, ministros da eucaristia, etc.
- Ato penitencial
Pode ser substituído pelo Rito de aspersão. Como sinal de reconciliação, todos as chamados a se cumprimentarem com o Abraço da paz.
- Liturgia da Palavra
Um jovem vestido como pastor, rodeado de crianças com cartazes com figuras de ovelhas, entra com o Lecionário e o entrega ao presidente da celebração. Esse mesmo grupo pode rodear a mesa da Palavra durante a proclamação do Evangelho.
A primeira leitura poderá ser dialogada (narrador e Pedro). Seria bom que a parte de Pedro fosse decorada.
Após a homilia, alguém que abraçou uma vocação pode ser convidada para dar um testemunho pessoal.
- Ofertório
Junto com as ofertas podem ser levadas ao altar símbolos da vocação missionária: crucifixo, terço, bíblia, entre outros.
Ou ainda crianças podem levar símbolos que representam o pastor e sua vida, como o cajado, ovelha, terra, cantil, bíblia, etc.
- Liturgia Eucarística
Cantar as aclamações e o amém final da Oração Eucarística, além do prefácio e do Santo.
- Abraço da paz
Seja realizado como expressão de comunhão fraterna.
- Ritos finais
Benção solene da Páscoa, conforme indicado no Missal
Onde for oportuno distribuir, no final da celebração, bilhetes com frases que retomem o Evangelho juntamente com a figura do Bom Pastor e suas ovelhas. Esse pequeno símbolo representa que nós somos a ovelha e que Jesus deve ser o nosso Bom Pastor.
- Referência
PEREIRA, José Carlos. Liturgia: sugestões para dinamizar as celebrações. Petrópolis: Vozes, 2009.



5º Domingo da Páscoa (21 - 22 Maio 2011)

1ª Leitura: Atos dos Apóstolos 6, 1-7: Escolheram sete homens repletos do Espírito Santo.
Salmo 33 (32): Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos!
2ª Leitura: I Pedro 2, 4-9: Vós sois a raça escolhida.
Evangelho: João 14, 1-12: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida.



- Frases temáticas:
Jesus, o caminho, a verdade e a vida!
Quem vê Jesus, vê o Pai.
Somos um povo em marcha.
- Espaço celebrativo
A cor litúrgica para o dia de hoje é o Branco.
Continuar destacando o círio pascal, a pia batismal, além da mesa da Palavra e da Eucaristia, usando muitas flores e a cor branca ou amarela.
- Procissão de entrada
Uma jovem traz um quadro ou um ícone com a face de Jesus, que depois pode ser depositada junto ao círio pascal.
- Acolhida
É bom que, neste tempo, a saudação inicial mantenha uma tônica pascal festiva, e, o quanto possível, seja acompanhado de um gesto de acolhida e de paz.
- Ato penitencial
Apresentar pedidos de perdão relacionados com a falta de disposição em doar um pouco da própria vida pela comunidade, pelas causas da justiça e solidariedade.
As respostas (Senhor, tende piedade de nós) sejam cantadas.
O sacerdote pode ainda fazer a aspersão da assembléia.  
- Liturgia da Palavra
A primeira leitura seja feita por um senhor, o salmo cantado, a segunda leitura por uma jovem e o Evangelho pode ser dialogado: um narrador, o celebrante diz as falas de Jesus, um jovem as de Tomé e um senhor as de Felipe.
- Profissão de fé
Em dois coros: 1- Homens, 2- mulheres.
- Liturgia eucarística
Como se trata de uma oração proclamada pro quem preside, é importante que seu tom de voz, os gestos corporais e a atitude interior expressem o sentido de ação de graças.
O prefacio, o santo, as aclamações e o Amém final sejam cantados.
- Comunhão
Em sintonia com a mensagem do Evangelho. Sugestão: “Vós sois o caminho, a verdade e a vida, o pão da alegria descido do céu...”
 - Ritos finais
Benção solene da Páscoa, conforme indicado no Missal, p. 523.
- Observações finais
Adaptar essas dicas à realidade da comunidade.
Usar as frases temáticas em cartazes espalhados pela Igreja, na porta de entrada ou trazê-los nas procissões de entrada, da Palavra ou do ofertório.
- Referência
PEREIRA, José Carlos. Liturgia: sugestões para dinamizar as celebrações. Petrópolis: Vozes, 2009.




6º Domingo da Páscoa (28 - 29 Maio 2011)

1ª Leitura: Atos dos Apóstolos 8, 5-8.14-17: Impuseram-lhes as mãos, e eles receberam o Espírito Santo.
Salmo 66 (65): Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, cantai salmos a seu nome glorioso!
2ª Leitura: I Pedro 3, 15-18: Sofreu a morte na existência humana, mas recebeu nova vida pelo Espírito.
Evangelho: João 14, 15-21: Eu rogarei ao Pai e ele vos dará outro defensor.


 - Frases temáticas:
Jesus ressuscitado, testemunhado pelos cristãos que se amam.
Continuai conosco Senhor.
A comunhão do Espírito Santo esteja convosco.
Convidados a dar razão da nossa esperança.
- Espaço celebrativo
A cor litúrgica para o dia de hoje é o Branco.
Continuar destacando o círio pascal, a pia batismal, além da mesa da Palavra e da Eucaristia, usando muitas flores e a cor branca ou amarela.
- Acolhida
Ensaiar os cânticos, especialmente o refrão do salmo, antes do inicio da celebração. Deixar um breve instante para a oração pessoal e depois entoar um refrão meditativo invocando o Espírito Santo.
- Procissão de entrada
Trazer o círio pascal aceso.
- Ato penitencial
Fazer um momento de silencio prolongado convidando a assembléia a rever a caminhada da semana no âmbito da vida humana e cristã. Refletir se, como cristãos, sentimo-nos realmente como uma família, onde cada um se preocupa com os outros, onde há carinho e aconchego. Pedir perdão pelas vezes que não agimos deste modo.


- Liturgia da Palavra
Preparar bem os leitores. Uma jovem lerá a primeira leitura, uma mulher a segunda. Procurando valorizar os momentos de silencio para que a comunidade interiorize-as.
- Preces
A resposta pode ser cantada.
- Pai-nosso
Cantado e de mãos dadas.
- Abraço da paz
Valorizar o abraço da paz como expressão de comunhão e amor fraterno.
- Ritos finais
Neste ultimo domingo de Maio pode ser feita uma homenagem Maria como a Coração de Nossa Senhora realizada pelas crianças e jovens da catequese.
- Avisos finais
Sejam dados de forma dinâmica e marcante para que os fiéis possam se lembrar deles depois.
- Canto final
Durante todo este mês de Maio o canto final pode ser dedicado a Nossa Senhora.
- Bênção Final
Solene da Páscoa, conforme indicado no Missal, p. 523.
- Referência
PEREIRA, José Carlos. Liturgia: sugestões para dinamizar as celebrações. Petrópolis: Vozes, 2009.

Páscoa: Passagem para uma vida nova!

A Páscoa Judaica
     Para entendermos a Páscoa cristã, vamos, sinteticamente, buscar sua origem na festa judaica de mesmo nome. O ritual da Páscoa judaica é apresentado no livro do Êxodo (Ex 12, 1-28). A palavra “Páscoa” significa “passagem”. O anjo exterminador “passou” diante das casas dos hebreus, isto é, não entrou pelas portas pintadas com o sangue do cordeiro. Houve “passagem” também pelo Mar vermelho e pelo deserto, da terra da escravidão do Egito para a terra que Deus tinha prometido. Páscoa significa, portanto, já no Antigo Testamento, passagem da vida de escravos para uma vida em liberdade.
     A Páscoa judaica é uma das mais importantes festas do calendário judaico, ela é celebrada por oito dias e comemorada com um rito todo particular. Anualmente, conforme a ordem recebida por Moisés (Ex 12, 21-28) os hebreus celebravam a Páscoa que começava no princípio do décimo quinto dia de Nisã, com a refeição sacrificial, quando um cordeiro ou um cabrito inteiro era assado e comido pelos membros duma mesma família com ervas amargas e pães ázimos (sem fermento); nessa ocasião o chefe da família contava a história da redenção do Egito.
     Os sacrifícios significavam expiação e dedicação; as ervas amargas faziam lembrar da amargura da servidão egípcia; os pães ázimos simbolizavam a pureza (Lev 2, 11).

     A Páscoa de Cristo.
     A festa da Páscoa passou a ser uma festa cristã após a última ceia de Jesus com os apóstolos, na Quinta-feira santa (Mt 26, 17-20), essa última ceia é considerada como a refeição ritual que acompanha a festividade da Páscoa judaica. Ao celebrar a Páscoa Jesus institui a NOVA PÁSCOA, a Páscoa da libertação total do mal, do pecado e da morte numa aliança de amor de Deus com a humanidade.
     Cristo é o Cordeiro de Deus (Jo 1, 29), pois se sacrificou uma vez por todas em prol da salvação de toda a humanidade. Hoje, ao celebrarmos a Páscoa, não ofertamos o sacrifício de um cordeiro e nem nos alimentamos com pães sem fermento, porque Cristo já se deu em sacrifício uma vez por todas (I Cor 5, 7; Ef 5, 2), como cordeiro pascal para nos libertar de tudo aquilo que nos oprime. Essa á Nova Aliança de Deus realizada pelo sangue de seu Filho (Mc 14, 24), aliança, agora não só com um povo, mas com todos os povos.

     A Páscoa para a Igreja.
     Para nós cristãos a Páscoa simboliza a morte vicária (substitutiva) de Cristo, ou seja, Jesus morreu em nosso lugar para nossa redenção. Sendo a festa magna da Igreja Católica, pela  Páscoa celebramos a ressurreição de Jesus, ou seja, sua vitória sobre a morte e a desesperança (Rm 6, 9). É a festa da nova vida, a vida em Cristo ressuscitado. Por Cristo somos participantes dessa nova vida (Rm 6, 5).
     A Páscoa é o tempo do Aleluia que ressoando constantemente quer exprimir a alegria da nova criação, ou seja, o dia em que todas as coisas se tornaram novas. A celebração pascal é uma celebração antecipada dos bens do céu, “do tempo da alegria que virá em seguida, do tempo do repouso, da felicidade e da vida eterna” (Sto. Agostinho).
     Na primeira carta aos coríntios Paulo estabelece a conexão entre pregação, fé e ressurreição: “E se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é sem fundamento, e sem fundamento também é a vossa fé. E se Cristo não ressuscitou, a vossa fé não tem nenhum valor e ainda estais nos vossos pecados”. (1Cor 15, 14. 17). Assim sendo, a missão da Igreja é anunciar a fé no Jesus ressuscitado.

     Porque a data da Páscoa não é a mesma todo ano?
     A data cristã da Páscoa foi fixada durante o Concílio de Nicéia, em 325 d.C., como sendo o primeiro domingo após a primeira lua cheia que ocorre após o dia do Equinócio, que é quando o sol passa por sobre a linha da Equador, data que ocorre entre os dias 22 de Março e 25 de Abril.
     A Quaresma se inicia na Quarta-feira de cinzas, 46 dias antes da Páscoa e termina no Domingo de Ramos, quando se inicia a Semana Santa. Os cinquenta dias depois da Páscoa são de certo modo uma festa ininterrupta abrangendo sete domingos, sendo o sétimo o Domingo da Ascenção do Senhor. O tempo Pascal se encerra no quinquagésimo dia com o Domingo de Pentecostes.

     Nossa Páscoa.
     Desde os primeiros tempos a Igreja celebra a Páscoa como comemoração da passagem de Cristo desta vida terrena para a vida da glória, através da sua morte e ressureição. Para nós a Páscoa é o nosso definitivo êxodo do mundo do pecado e da escravidão para uma vida de justiça e de amor, isto é, de libertação da escravidão do mal para a vida de filhos de Deus. Portanto, nesta Páscoa somos chamados a viver uma vida nova em Cristo Jesus. Essa renovação devemos buscar continuamente até realizarmos um dia a nossa passagem definitiva desta vida para a outra vida, a eterna.
Seminarista Marcio Canteli